036 - POV TOM

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— Que porra é essa Rachel? - digo sentindo meu sangue começar a esquentar.

Rachel larga a nota da hora e me olha assustada.

— Tom... eu posso explicar — ela diz se levantando

— Eu não quero ouvir porra nenhuma. Você quer acabar com a sua vida? É isso?

— Você diz como se nunca tivesse usado. - ela esbraveja.

— Não. EU NUNCA USEI CARALHO NENHUM DE DROGA A NÃO SER MACONHA. - digo gritando e vejo que ela fica mais vermelha ainda.

— Você não pode me dizer o que eu posso ou não usar Kaulitz, a porra da vida é minha e se eu to usando é porque EU quero e sei das consequências, eu não sou mais criança. - ela aponta o dedo na minha cara.

— Gente pelo amor de Deus, tá todo mundo olhando. - Aika diz e percebo que o som da boate foi abaixado e toda a pista está com os olhos no camarote

— Quer saber? Cansei dessa porra. - digo derrubando as garrafas de cerveja no chão e saio sem olhar para trás.

— CARA ESPERA AI - Aika grita vindo atrás de mim e olho de relance, vejo Georg e Bill vindo também.

Ando ainda mais rápido até chegar ao estacionamento do subsolo onde estão fechado somente para nós. Dou um soco no carro e não sinto nada, o ódio que estou sentindo não é nada comparado com a decepção que estou sentindo em relação à Rachel.

— Tom, você precisa voltar lá e falar com ela. - Aika me diz.

— Eu não quero nem olhar pra cara dela, fazem o favor de levar ela pro quarto de algum de vocês se não vamos brigar feio. - digo sentindo minhas palavras com ódio puro.

— Tom.... ela está passando por um momento difícil. - Aika rebate.

— Fodasse Aika, sabe o que foi preciso fazer pra você pelo menos se afastar dessa porra? Você precisou ficar inconsciente por QUATRO DIAS e não sabíamos se você iria sobreviver. Você acha que eu quero essa merda pra Rachel? Você acha que eu quero lidar com isso de novo?

— Como assim de novo? - Aika pergunta e Georg e Bill se entreolham.

— Quando éramos pequenos... - Bill começa. — Nosso avô teve uma overdose de cocaína logo depois de chegarmos do nosso jogo de beisebol, iríamos ficar na casa dele aquela noite... - ele diz com a voz embargada. — Mas quando chegamos á casa dele, ele já estava morto, havia espuma saindo da boca dele e Tom entrou em choque, eu que consegui ligar para polícia e para nossos pais...

— Ah meu deus Tom. Me desculpa. - Aika tenta chegar perto de mim e eu me afasto.

— Eu não quero falar com ninguém agora. - digo pegando a chave do carro da mão do Georg. — Vejo vocês amanhã no hotel. - digo e entro no carro.

— TOM VOCÊ PRECISA FALAR COM ELA. - Aika grita pela janela fechada e finjo não ouvir, saio o mais rápido possível de dentro do estacionamento e vou em
velocidade máxima para o hotel.

Se a Rachel está achando que eu vou aceitar essa merda que ela tá fazendo, ela tá muito enganada. Ela pode ser o amor da minha vida, mas se ela não parar com isso, vai doer; mas não vamos ficar juntos, não quero perder outra pessoa para essa droga maldita.

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora