079 - POV AIKA

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— Tem como você parar de bater a merda desse pé? - resmungo para Tom e ele joga os braços para cima em rendição saindo da cozinha

— Amiga eu já te falei pra você ficar calma - Rachel rebate e eu reviro os olhos

— Tenta ficar calma não conseguindo comer, vomitando a cada cinco minutos e com ESSA CRIANÇA GIGANTE CHUTANDO MINHA BIXIGA. Aparentemente vou ter que começar usar fralda porque eu não posso espirar que faço xixi na roupa. - aponto o dedo para ela e percebo que ela está ficando vermelha segurando a risada.

— Ai desculpa - ela diz limpando a única lágrima que escorre — Mas você tá tão linda grávida amiga, mesmo parecendo que tem o mundo dentro de você - ela fala me abraçando por trás — Está preparada para consulta de hoje? - ela indaga e eu respiro fundo.

— Eu poderia estar mais amiga - digo suspirando — Se seu afilhado ou afilhada colaborasse nas consultas, já fizemos três e todas as vez ou está de costas ou com as pernas cruzadas.

— Talvez ele quer fazer surpresa. - Rachel diz e Georg entra na cozinha.

— Ele não pode, apostei 5 mil euros que é menina - Georg diz e Alex entra na cozinha atrás dele, com a barriga enorme de apenas quatro meses. Alex está grávida de dois menininhos e estou apenas com dois meses a mais que ela e meu filho se recusar a deixar eu saber seu gênero.

— Vocês apostaram no meu filho? - pergunto fingindo indignação, eu e Bill apostamos 15 mil que era uma menina também.

— Para de ser sinica - Gustav me acusa assim que entra na cozinha também, minha casa virou o que? — Bill contou que vocês dois apostaram.

— Meu deus que fofoqueiro. - Rachel resmunga atrás de mim.

— E você e o Tom? - me viro para ela — Apostaram quanto?

— Argh - ela pigarreia — Onze mil euros que é menino.

— Eu não entrei nessa aposta - Alex resmunga — Não vale.

— Grávidas não apostam, amor. - Georg dá um beijo em sua bochecha.

— E a Emily Gustav? - pergunto

Gustav conheceu Emily há três meses quando visitou Paris e finalmente começou a namorar, todas adoramos ela, mesmo ela sendo patricinha com a voz mais fina que tudo. Agora todos do grupo estão com alguém e bom, somos uma grande família, uma família maluca e feliz e eu não poderia me sentir mais acolhida em nenhum outro lugar a não ser aqui.

Bill e eu nos mudamos na semana retrasada, a casa está lotada de caixas e por isso todos estão aqui para ajudar arrumar tudo, porque eu não consigo nem enxergar mais o meu pé!!!! ABSURDO!!!!

Meus pais viraram vovôs babões e estou feliz com isso, eu aceito viver com a indiferença deles, mas fico feliz que meu filho irá ter uma aproximação bonita com os avós.

Não compramos uma casa absurda, até porque nos primeiros meses depois que o bebê nascer, eu não quero nenhuma empregada ou babá. Quero curtir minha nova família em paz, então a casa tem apenas sala, cozinha, três quartos e dois banheiros. Onde o pessoal está dormindo? Bom, Alex e Georg estão no quarto de hóspedes porque jamais deixaria uma grávida dormir no chão, agora Rachel, Tom e Gustav tão se virando na sala.

— Ela chega amanhã de manhã - Gustav me responde mordendo uma maçã

— Que pena - faço bico e todos riem — Queria que ela também fosse para a ultrassom.

— Cade o Bill? - Rachel pergunta para Tom assim que ele entra na cozinha

— Está no carro esperando, vamos? - ele se vira para mim, puxando minha bolsa das minhas mãos.

Tom mudou muito nesses últimos meses, ele que sugeriu a pausa na turnê por causa da minha gravidez e da gravidez de Alex. Ajudou Rachel entrar na melhor faculdade da Alemanha e vem sendo um noivo e tanto. A casa deles está em construção, porque bom, ele é um Kaulitz, é óbvio que a casa vai ser um exagero.

O casamento deles está marcado para daqui um ano e seis meses, três meses depois da casa ficar pronta e bom, espero que até lá, ele continue na linha.

O caminho para a clínica da ultrassom é caótico, não sei como eu aturo todos eles juntos e não fiz picadinho de cada um.

— Nervosa? - Bill pergunta apertando minha mão assim que o médico chama meu nome e todos se levantam

— Um pouco - dou um sorriso — Será que hoje ele vai colaborar?

— Espero que sim, quem tá sofrendo com essa gravidez agora sou eu - Tom resmunga atrás de mim.

Tivemos que pagar por uma sala maior na ultrassom porquê todos querem estar presente, o diretor da clínica não gostou muito, mas bom, dinheiro compra tudo não é mesmo?

— Olá Senhorita Aika - o Doutor Anthony me cumprimenta, ele é um senhor na casa dos setenta anos, mas ainda continua sendo um ótimo médico e faz meu acompanhamento pré-natal desde quando eu descobri que estava grávida — Será que esse pequenino irá colaborar hoje? - ele diz colocando gel no instrumento da ultrassom

— Espero que sim doutor - aperto a mão de Bill quando sinto esse maldito gel gelado na minha barriga.

O silêncio se torna pesado na sala, todos estão concentrados na televisão onde estamos escutando o coração batendo rápido e um borrão preto (desculpa filho, se você um dia ler isso, eu nunca consegui decifrar o que era você e o que era borrão preto na ultrassom)

— Bom - O doutor diz — Meu parabéns, é um menino.

Mal tenho tempo de racionar pois todos estão gritando e vindo para cima de mim comemorando. Vejo de relance Tom abraçando Bill que está chorando. Eu não poderia estar mais feliz.

Daqui a três meses, Louis Kaulitz Müller vem ao mundo, meu pequeno Louis.

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora