007 - POV RACHEL, PART I

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Não consigo dormir e depois das mensagens do Tom eu perdi meu sono completamente, eu não entendo oque estão acontece. Talvez meus sentimentos estejam confusos, quando eu disse para ele que eu nunca tinha visto ele de forma romântica ou sexual eu estava falando a verdade. Mas depois dos dois beijos e da forma que ele me encara toda vez que apareço arrumada demais está começando a mexer com a minha cabeça.

Se eu pudesse evitaria ele e todos que envolvem o Tom pra sempre, mas eu aceitei fazer parte dessa farsa, aceitei entrar nessa furada com ele e agora não tem como voltar atrás. Meus pais voltam daqui dois dias e Alex já me disse que meu pai está furioso por saber que estou namorando meu melhor amigo de infância pela tv e não por mim, talvez eu esteja encrencada com ele mas não consigo pensar nisso quando não consigo tirar a cena do Tom e Crescentia se comendo no meio do corredor onde qualquer um poderia ver, onde EU vi toda essa palhaçada.

Eu não to nem ai que ele é conhecido como "moleque piranha" "o pegador da Tokio Hotel" se ele assumiu que estava namorando pra se safar dessas babaquices que ele faz e acaba vazando na mídia ele no mínimo tem que segurar o pau dele dentro da calça. Já que eu to servindo como uma válvula de escape pra essas merdas devo ser no mínimo respeitada.

Vejo meu relógio de cabeceira dar duas, três, quatro da manhã e eu continuo rolando de um lado para o outro. Que inferno de menino, eu sabia que isso iria acabar estragando nossa amizade, só aceitei porque eu boba como sempre tento tirar ele das merdas que ele faz, sempre foi assim.

Quando tínhamos sete anos, ele resolveu pular o muro do colégio onde estávamos no segundo ano do "maternal" e acabou quebrando a escada do zelador e o braço. Pra tentar safar ele, joguei meu all star pelo muro e disse que ele ia apenas tentar pegar para mim. Bill queria contar a verdade e eu não deixei, talvez ele sempre tenha me visto dessa forma, apenas pra apaziguar as merdas que ele se mete.

Acabo pegando no sono perto das seis da manhã quando não estava mais me aguentando de sono. Acordei com meu celular tocando e vejo que são quase cinco da tarde e a festa é às 20:00. Vejo que é Tom me ligando e apenas recuso a ligação e me levanto.

Todo um banho demorado e sigo para meu guarda roupa para decidir a roupa da festa de hoje.

Visto um top praticamente transparente sem sutiã, caso o ar da casa da festa esteja ligado todos verão que tenho piercings nos dois seios. Uma calça cintura baixa mas larga do jeito que sempre uso, meu all star cano alto preto e algumas pulseiras e aneis pretos também.

Faço a mesma maquiagem que sempre uso, sombra rosa ou roxa nos olhos e bastante lápis de olho. Não lavei meu cabelo então ele continua liso. Meu celular toca novamente e vejo que é Gustav, pedi para que ele viesse me buscar antes do Tom resolver aparecer por aqui, passo um pouco de perfume e desço correndo pois agora ele está buzinando igual um maluco.

Assim que abro a porta dou de cara com a última pessoa que eu queria ver hoje. Tom está vestido como sempre, roupas verdes e brancas largas, bandana e boné na cabeça e com aquele sínico sorriso de lado.

— Podemos conversar antes de você ir? Gustav já me disse que irá te levar para festa. - ele diz me encarando.

Gustav buzina de novo e Tom se vira e dá o dedo do meio para ele.

— Desculpa, mas eu preciso mesmo ir. - me desvencilho dele e corro pro carro, quando entro Gustav devolve o dedo do meio para ele e grita que ele é um babaca.

Talvez eu também sou uma, deveria entrar e conversar com ele pois esse namoro é de mentira, não to entendendo o porque estou tão chateada pela cena que eu vi ontem. Prometo para mim mesma que nessa festa eu vou beber para conseguir esquecer isso e tirar Tom da minha cabeça.

Demoramos uns quarenta minutos para chegar ao local da festa e pelo oque eu ouvi do Bill conversando com Angel uma garota que ele trouxe com ele, a festa é do primo do Gustav, um famoso DJ alemão e que é famoso por dar as melhores festas de Munique.

— Você está linda pirralha. - Gustav me diz enquanto desço do carro.

Por mais que ele seja apenas dois anos mais velho que todo mundo aqui, desde que nos conhecemos ele me chama de pirralha e confesso que gosto desse apelido.

— Já não posso dizer o mesmo de você né, custava vestir algo melhor? - digo rindo e fechando a porta e ele apenas dá de ombros porque sabe que estou brincando.

Bill sai agarrado com a Angel do carro e já adentra a casa como se fosse sua, talvez eles já vieram alguma vez aqui. Gustav e Georg nem se quer me perguntam se eu vou com eles, apenas entram na casa e pegam uma cerveja no balcão ao lado da entrada. Por mais que eu viva em festas com minha irmã e minhas amigas, me sinto deslocada aqui.

Pego um energético e vou para o canto da sala observar o pessoal, nunca vi tanta droga e bebida em um só lugar. Vejo um cara me observando e tento não ficar reparando nele também, até que ele é bem gato.

— Oi, me chamo Endrick e você? - tenta gritar por cima da voz

— Me chamo Rachel, prazer. - dou um sorriso tímido, odeio flertar e talvez eu não saiba fazer isso.

— Você é bem gata, tá sozinha? Te vi chegando sozinha e queria saber se quer ir lá fora fumar um e talvez dar uns beijos. - ele diz meio grogue.

— Ela namora e eu acho bom você dar o fora daqui — eu conheço essa voz até se eu estivesse em coma e é claro que eu sei que é o Tom.

Endrick apenas dá de ombros e sai de perto dando espaço para Tom se aproximar mas eu nego com a cabeça pedindo pra ele parar. Não quero conversar com ele sobre esse assunto agora ou eu sou capaz de desmoronar aqui mesmo e ele entende isso pois apenas se afasta.

Acabo fazendo amizade com duas garotas que são americanas e estão cursando moda e dança na faculdade de Munique, onde eu entro no próximo semestre. Perdi as contas de quantos shots viramos e o tanto que gritamos ao som de Guns n Roses à plenos pulmões. Sinto um olhar sobre mim e sei que é do Tom mas essa noite irei ignorar a existência dele.

— Sério eu PRECISO ir ao banheiro se não eu vou morrer. — Clair uma das americanas diz e seguimos ela para que não vá sozinha e acabe acontecendo algo, isso é meio que uma regra de todas as garotas em festas, nunca deixe sua amiga sozinha.

— Você viu que o gostoso guitarrista do Tokio Hotel está aqui? — Emma a segunda menina diz. — Mais pelo o que eu ouvi quando fui buscar mais cerveja é que ele deu fora em todas as meninas hoje, talvez essa história de namoro seja verdade.

Apenas dou um sorriso para ela, graças aos deuses elas não me reconheceram pela última entrevista da Tokio Hotel, confesso que não gosto de toda essa falta de privacidade que os meninos tem e não estou acostumada com isso.

Emma entra no banheiro com a Clair e eu fico perto da sala de bilhar esperando as duas. Fico observando a festa até meus olhos encontrarem quem de fato eu quis observar a noite inteira.

Tom estava me olhando mexendo naquele maldito piercing que eu relutei tanto em gostar quando ele colocou, eu sabia que ele estava ficando bêbado só pelo jeito que estava sentado. Mas pela forma que ele estava me encarando realmente parecia que ele me desejava, que ele não me meteu nessa furada apenas para se safar. Realmente parecia que ele me queria, ele olhava cada curva do meu corpo e eu já estava me sentindo quente.

Meus mamilos estava começando a doer e eu sabia que ele estava encarando meus piercing já que meu top era praticamente transparente. Ele começa a caminhar lentamente até mim e eu tenho vontade de gritar, só não sei se é porque quero fazer coisas com ele ou pra ele se afastar.

— Se você ficar me encarando dessa forma mais cinco minutos, eu irei te dar o que você não está conseguindo colocar em palavras e te garanto que será a melhor noite da sua vida. - Tom sussurra em meu ouvido. — Eu sei o que você quer e te garanto, quero tanto quanto você, mas só vou fazer algo quando me pedir.

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora