051 - POV AIKA E TOM

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Não sei quando chegam as enfermeiras da clínica ou quando me levantam do chão, vejo elas retirando a Rachel da banheira e grito ainda mais, duas enfermeiras tentam me segurar enquanto tento me soltar para correr até ela.

Sua pele está enrugada por causa do tempo que ela estava dentro da água e seus lábios estão roxos.

— ME SOLTA. - grito e elas me seguram ainda mais forte.

— Ela precisa de cuidados agora Aika. - umas das enfermeiras diz.

— Ela pode estar morta. - a do meu lado esquerdo fala.

— CALA A BOCA, ELA NÃO ESTÁ MORTA. - grito ainda mais e sinto minhas lágrimas no meu rosto, vejo quando deitam ela na maca e grito pelo seu nome, mas depois disso não vejo mais nada, apenas sinto uma picada de agulha no meu braço e minha visão escurece.

POV TOM

Acordo com o barulho do meu celular e do Bill tocando absurdamente alto, quando o meu para de tocar, o dele começa e vice e versa. Olho o relógio e são 3h da manhã aqui em Chicago, me viro para o lado mais meu celular toca novamente, decido atender só para xingar a pessoa que está me ligando a essa hora.

— Alô? - digo irritado.

— Olá senhor Kaulitz. - eu reconheço a voz na hora e meu coração gela. — Precisamos que você e seu irmão venham a clínica imediatamente.

Eu não consigo ouvir o restante do que aconteceu, deixo meu celular cair da minha mão e sinto todo o ar do meu corpo desaparecer. Isso não é pode estar acontecendo né? Ela jamais faria isso com ela mesma, quando eu a vi há duas semanas atrás, ela estava bem, estava feliz. Isso só pode ser mentira.

Pego meu celular do chão e fico encarando o número da clínica para ver se eu não estou tento uma alucinação, ou se estão me passando algum trote.

Vejo Bill levantar e vir até mim, ouço de fundo ele perguntando o que está acontecendo e porque estou sentado no chão às três da manhã. Não consigo responder, meu corpo está em puro choque, não consigo sentir nada. Isso que está acontecendo só pode ser um pesadelo, ela jamais faria isso, ela não iria me abandonar aqui depois de tudo que passamos.

Bill toma o telefone da minha mão e liga para o número da clínica, vejo de relance quando ele se levanta e corre para o quarto do lado onde estão Georg e Gustav.

Vejo eles me levantando e me puxando até o estacionamento, não consigo falar, não consigo ter reação alguma. Isso tem que ser um sonho, eu tinha planos com ela, planos que envolvia um pedido de casamento assim que ela saísse da clínica, planos que envolvem ela vestida de noiva vindo em minha direção em um futuro presente, nunca em nenhum dos meus planos envolvem ela estar debaixo de sete palmos de terra.

Georg me ajuda a entrar no carro e vejo Chicago inteira amanhecendo passar pelos meus olhos até chegar no aeroporto onde estão nosso avião.

Bill tenta ligar para clínica de dez em dez minutos mais ninguém atende. Georg e Gustav tentam puxar assunto comigo mas eu não consigo responder, eu só quero chegar em Londres e ver a minha menina, a minha garota linda com mechas cor de rosa, o amor da minha vida que jurei estar com ela até a morte.

Horas depois pisamos em Londres e o aeroporto particular está cheio de paparazzis, por algum motivo eles apenas querem fazer perguntas, sem flashs, sem câmeras, mas eu quero ir direto para o
hospital e Georg me puxa até o carro enquanto Gustav e Bill despistam ele.

O silêncio do carro é tenso, consigo sentir a tristeza no ar. O caminho até o hospital não é longo, quando chegamos em frente a emergência, pulo do meu lugar antes mesmo do carro estacionar e corro para dentro da recepção no momento em que ouço o nome da Rachel.

— Por favor, os familiares de Rachel Harris - diz uma médica que aparenta ter pouco mais de 60 anos. — Tenho uma triste notícia para dar para vocês.

NOTA DA AUTORA

ELA NÃO MORRE PLMDS, NÃO SOU MALUCA ASSIM!!!!

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora