— O que tem nós dois? - Rachel me pergunta se soltando de mim
Respiro fundo e me sento no sofá ao lado da mesa. Não sei como iniciar essa conversar e nem sei qual rumo isso aqui vai tomar.
— Você lembra que há quase duas semanas atrás, quando estávamos no México de tudo que aconteceu? - ela afirma com a cabeça. — Quando eu te peguei usando aquilo, meu mundo caiu. - sinto minha voz ficar embargada. — Você deve achar que eu terminei o nosso relacionamento porquê estava de cabeça.
— Eu achei que você estava sendo imprudente... - ela diz com a voz baixa.
— Posso até ter sido, principalmente porque você estava em um momento tão vulnerável como aquele e te deixei sozinha, e peço desculpa. Mas a verdade é que eu não quero lidar com isso, eu não quero ficar preocupado quando estiver em turnê se quando o show acabar você vai estar viva ou se vou receber uma notícia pela tv que você foi encontrada morta pelos policiais de onde você estiver.
Eu paro para encará-la e ela está me olhando sem nenhuma expressão.
— Eu e os meninos conversamos sobre colocar você e a Aika aqui, porque nos importamos com vocês duas. - respiro fundo. — Mas nós não podemos fazer tudo por vocês, para vocês deixarem esse vicio, vocês tem que querer.
— E se não conseguirmos? - ela pergunta
— Em relação a nós dois, eu não sei o que vai acontecer. Mas iremos ajudar vocês sempre que pudermos e sempre que vocês quiserem.
— Eu não quero viver em um relacionamento que a pessoa tenha vergonha do que eu tenho.
— Meu deus Rachel. Não é vergonha. - me levanto nervoso. — Eu jamais teria vergonha de você porra, eu tenho medo. MEDO DE PERDER O AMOR DA MINHA VIDA. TÁ DIFÍCIL ENTENDER ISSO?
— SE VOCÊ NÃO QUISESSE ME PERDER, NÃO TERIA ME DEIXADO SOZINHA NAQUELE QUARTO HÁ UMA SEMANA ATRÁS, VOCÊ FOI COVARDE. COMO VOCÊ SEMPRE FOI. - ela levanta gritando.
— Eu não fui covarde Rachel e sinto muito que você pense isso. - abaixo minha voz e me sento novamente no sofá. — Eu só não estou pronto para perder outra pessoa importante para mim, paras drogas.
Ela respira fundo e se senta na outra ponta do sofá, ficamos em um silêncio tenso por pelo menos cinco minutos.
— Eu te amo. - ela diz tão baixo que eu quase não escuto. — Eu também não quero perder você Tom, mas... isso tudo é tão difícil para mim, estou aqui tanto por você, quanto por mim e eu não sei se consigo. - ela diz limpando uma lágrima de seu rosto.
— Rachel... não vou mentir para você, meus planos era vim aqui e dizer que estávamos definitivamente acabados, que eu iria ajudar com o pagamento da clínica e com o que você precisasse. Coloquei na minha cabeça que ainda não estamos preparados para ter um relacionamento e talvez que deveríamos nos curar e criar maturidade longe um do outro. - levanto e sento ao lado dela. — Mas eu não consigo... não consigo ficar longe de você e não consigo imaginar esse relacionamento acabando.
— Não sei o que você quer que eu diga Tom... Se você espera que eu me declara com mil palavras lindas, eu sinto muito em te decepcionar. A maior prova de amor que eu posso te dar, é que eu estou nessa clínica, disposta a mudar por nós e tentar salvar nosso amor.
Fico a encarando e não sei o que responder, ela tem razão, essa é a maior prova de amor que alguém possa me dar. A puxo sem que ela tenha algum reflexo para meu colo.
— Eu senti sua falta. - digo dando um beijo casto em seus lábios.
— Obrigada por não desistir de mim. Eu te prometo que não irei desistir da reabilitação. - ela puxa as tranças da minha nuca e me beija. Eu estou onde deveria estar, com o amor da minha vida, e nem ela irá conseguir me tirar daqui um dia.
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My boyfriend | Tom Kaulitz
Teen FictionApós a banda Tokio Hotel explodir de uma semana para outra, Tom Kaulitz precisa aprender a lidar com a fama e com tudo que anda aprontando. Seu agente fica com dor de cabeça depois de todo show porquê Tom some com duas ou mais garotas. O problemáti...