Prolongo.

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— É verdade?— a adolescente ruiva que acabava de terminar o ensino médio pergunta, ao segurança de seu cunhado. — É verdade que ela está grávida?

— É — sem dar tempo para o segurança se justificar continua.

— Quando pensava em me dizer?— pergunta com lágrimas nós olhos. A garota, alta de corpo robusto pergunta triste.

— Eu ia contar para você...e não foi algo planejado, estou sempre tentando ter sua atenção mas tú sempre me vens com desculpa de escola.— o segurança tem vinte e poucos anos, após sua formação no ensino médio ele foi para academia de miliares e por não gostar muito de andar nas fileiras da morte certa, decidiu trabalhar para particulares.

— A escola está em primeiro lugar na minha vida e tú sabes bem Stanford — ela disse num tom que não devia dizer, e ela sabia que iria se arrepender, mas aquela era sua verdade.

— Sim. É exatamente por isso que não deu certo, porque eu preciso de uma mulher que me ame, que me coloque como prioridade, e você...eu me enganei, você ainda não é uma mulher, você é uma menina que ainda não sabe o que é à vida. — aquela também era a verdade de Stanford, estavam os dois sendo sinceros naquilo que necessitavam ou no que lhes era prioridade, mas de forma cruel.

A garota olhou para ele magoada, sentiu se diminuída, apesar do que disse anteriormente tinha esperanças de se acertarem e talvez se darem mais uma chance. Mas essa esperança acabava de morrer.

— Sim, você tem razão Stanford, não tem como isso dar certo. Eu sou uma menina, sou nova, ainda quero explorar, conhecer o mundo, estudar muito mais, então não há espaço para romance na minha vida. Não há espaço para você. Não conseguirei dar-te o que necessitas. — ele não disse nada, era a primeira vez que era rejeitado, e esse nem era o pior de seus problemas, porque ele gostava realmente da ruiva. E ela, aquele era o seu primeiro amor, e talvez seu último, se continuasse se fechando para tudo. — Adeus Stanford.

— Adeus Sheid. — ela se levantou, se esquecendo que era da responsabilidade do segurança do seu cunhado lhe levar para casa, ela pegou num táxi e voltou para casa de sua irmã.

Enquanto isso no táxi, tirou seu celular e reveu as os e-mails que recebeu a uma semana atrás. Foi admitida para duas faculdades nacionais e uma internacional, se não fosse pelo calor do momento e a briga que teve com Stanford iria fazer faculdade em seu país para ficar perto da família. Mas como estava magoada, optou por se manter mas distante possível.

(...)

— Como foi com sua garota?— a morena perguntou mal Stanford chegou ao apartamento que eles dividiam.

— Péssimo Marisa, péssimo. Como esperava que ela recebesse essa informação? De boa? Engravidei minha melhor amiga — revirou os olhos tirando o seu terno — enquanto a garota que eu amo só quer saber de estudar. No que isso seja mau, mas eu preciso de atenção, preciso me sentir amado e odeio ser um segredo.

— Eu te entendo Ford, eu te entendo você sabe disso. — a morena, alta, magra de olhos castanhos estava na cozinha olhando para seu melhor amigo compartilhando do mesmo sentimento de arrependimento. — Eu ainda não tive coragem de contar ao meu namorado e eu sei que ele não vai me perdoar. Tenho certeza disso.

— Que merda...se eu pudesse recuar o passado...

— E se...e se eu disser que o filho é dele — Marisa se aproxima de Stanford desesperada — Eu não quero o perder.

— Nós os dois iremos assumir a responsabilidade da merda que fizemos, e essa criança irá carregar o meu sobrenome. Se acha que não irá conseguir cuidar dela, tudo bem, mas essa criança é uma  Pines, é minha filha e nem você e nem ninguém irá me tirar o direito de cuidar dela.

O Que Me TorneiOnde histórias criam vida. Descubra agora