VIDA NA ALDEIA

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Não demorou muito para a gangue se adaptar a sua nova vida na reserva indígena. Dentre todos os novatos, Jack certamente era o mais empolgado com as novidades, pois agora havia outras crianças com quem brincar e vários potrinhos adoráveis que logo se tornaram seus amigos.

Enquanto os homens aprendiam novas habilidades de caça e pesca com os índios, as mulheres ajudavam nos afazeres diários, mas a maior mudança de rotina certamente foi para os cavalos, pois agora eles corriam livres pelas planícies. Sendo o caçula da tropa, Viserys ainda se sentia meio inseguro em ficar longe de Marilia o dia todo, mas logo percebeu que teria mais tempo para namorar com Visenya.

Vaemond e Maggie também tiveram momentos românticos, enquanto Boaz e Nuvem Branca puderam se conhecer melhor. Observando os casais apaixonados, Bob comentou com Silver Dollar:

‒ Do jeito que as coisas estão indo, vamos ter um monte de potrinhos para cuidar por aqui.

‒ Relaxa, amigo. Não vão faltar babás para cuidar deles.

Com o consentimento de Chuva Caindo, Charles começou a namorar com Lua Crescente. Várias mulheres da tribo estavam encantadas pelos solteiros da gangue, principalmente por Arthur, mas ele não lhes dava atenção, pois tinha uma paixão secreta por Sadie, mas sempre escondia isso.

Marilia fez vários amigos na tribo e toda vez que olhava Águia Voando nos olhos, seu coração disparava e o sangue se aquecia, mas felizmente, eram sintomas passageiros. Para se distrair e aumentar suas habilidades em combate, ela aprendeu a atirar com arco e seu talento era impressionante para alguém que só estava começando.

Sr. Pearson logo aprendeu algumas receitas com as mulheres da tribo e o cardápio diário ficou bem mais interessante, para alívio de Susan, que vivia reclamando de sua comida. Tilly e Mary Beth aprenderam novos jeitos de se enfeitar, deixando seus noivos encantados.

Certa manhã, Jack estava brincando com os potros, quando Pequeno Rio apareceu com Chuva e comentou sorrindo:

‒ Parece que você e esses carinhas já se dão muito bem, não é?

‒ Sim. Eu adoro brincar com eles.

Agachando-se diante do menino, ele propôs:

‒ O que acha de escolher um deles para ser seu cavalo?

‒ O quê? É sério, tio?

‒ Sim, é sério. Pode escolher qualquer um deles.

‒ Mas como posso escolher? Eu gosto de todos!

Chuva achou graça em sua inocência e o afagando com a ponta do focinho, disse:

‒ Pois então, deixe que um deles te escolha.

Confuso, Jack ficou parado entre os potros, até que um Appaloosa leopardo pintado chegou perto e encostou a cabeça em seu ombro. O menino ficou muito feliz e o abraçou com carinho, pois ele era um de seus favoritos, até que Pequeno Rio perguntou:

‒ Qual vai ser o nome do seu amiguinho?

‒ Daeron. Era o nome do personagem de uma história que a tia Mary Beth me contou uma vez.

‒ Boa ideia.

Muito empolgado, Jack abraçou o rapaz e lhe agradeceu pelo lindo presente. Em seguida, ele foi apresentar seu novo amigo aos pais e todos os seus tios e tias da gangue.

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