AMEAÇA IMINENTE

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Durante aqueles últimos 2 meses, o Coronel Favours ficou tramando um ataque a reserva Wapiti, que seria um verdadeiro massacre. Cada vez mais desconfiado de Gabriel, ele mandou que vigiassem seus passos e acabou descobrindo seu romance com Rosa, o que só aumentou seu ódio pelos índios.

Furioso, ele quis matar o rapaz com suas próprias mãos, mas felizmente, o Capitão Monroe conseguiu protegê-lo. Ambos acabaram jogados na prisão por vários dias, até que na noite anterior ao ataque, eles aproveitaram a distração do guarda e fugiram, indo direto para a reserva.

Chegando ao seu destino, os dois encontraram Marilia e Karen de guarda juntamente com Roy. As moças ficaram surpresas com a visita fora de hora, até que o corvo questionou Gabriel:

‒ Por onde andou todos esses dias, rapaz? Já se esqueceu da Rosa?

‒ Claro que não. Eu e o capitão estávamos presos e só conseguimos escapar esta noite.

‒ O Coronel Favours arranjou 100 homens para atacar a aldeia amanhã ao meio-dia. Ele quer exterminar os índios e quem os ajudar! ‒ o capitão avisou apavorado.

‒ Aquele verme desprezível! Ele vai se ver com a gente! ‒ Karen rangeu os dentes enquanto empunhava sua espingarda.

‒ Calma, Karen, não é hora de perder a cabeça. Roy, vá chamar os índios, que eu chamo o resto da gangue. ‒ Marilia orientou.

‒ Deixa comigo.

Alguns minutos depois, todos se reuniram no local e ficaram à par da situação. Mantendo a calma, Chuva Caindo disse:

‒ Mesmo tendo nossos guerreiros e o apoio da Gangue Van Der Linde, ainda precisaremos de nossos irmãos da tribo Lakota para garantir a vantagem numérica. Quem irá até eles para pedir seu auxílio?

Houve vários voluntários para a missão, mas Marilia deu um passo à frente e declarou:

‒ Chefe, eu posso ir com a Daenerys até lá. Ela é mais rápida que qualquer cavalo e nunca se cansa. A ajuda virá depressa.

Olhando a moça nos olhos, o chefe prendeu uma pena de águia em seus cabelos e disse:

‒ Você é uma verdadeira guerreira, minha jovem. Que os deuses te acompanhem em sua jornada.

Fazendo uma breve reverência, Marilia foi buscar Daenerys e ambas partiram velozes como o vento. A noite estava escura como o breu, mas a unicórnio iluminava o caminho com o brilho que emanava de seu corpo.

Chegando a aldeia Lakota, as duas se depararam com dois guerreiros armados com lanças montando guarda na entrada. Ao verem a moça montada na unicórnio fosforescente, eles acharam que fosse alguma divindade e se prostraram diante dela, mas ela esclareceu:

‒ Eu venho em nome do chefe Chuva Caindo da tribo Wapiti e preciso falar com o chefe Lakota. É uma emergência.

Como era tarde da noite, toda a aldeia já estava dormindo, mas logo acordaram para receber a notícia trazida por Marilia. Diante do chefe, ela contou sobre o ataque do Exército e pediu sua ajuda em nome dos Wapitis.

Louvando sua determinação e coragem em ir procurá-lo no meio da noite, ele convocou seus melhores guerreiros para a batalha, até que Pocahontas declarou:

‒ Eu também vou, papai.

‒ Que loucura é essa, minha filha?

‒ Quando eu me casar com o Águia Voando, os Wapitis também serão meu povo. Tenho que ajudá-los quando mais precisam.

Não conseguindo escapar do olhar implacável da filha, o chefe teve que ceder, até porque ela era uma excelente guerreira, capaz de lidar com qualquer situação. Guiados por Marilia e Daenerys, os Lakota foram para a aldeia Wapiti, onde foram recebidos por Chuva Caindo.

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