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POV: KIMBERLY SOL

De tanto gritar e chorar, acabei pegando no sono, não sabia se tava de noite ou de dia pois a onde eu estava era tudo fechado.

Depois de um longo tempo acabei acordando, quando acordei continuei tentando achar um jeito de sair dali, mas logo uns cara entro na minha sala, eles colocaram uma outra algema em mim e me levaram para outro lugar. Eu não fiz nada pq sabia que não ia conseguir fugir pois primeiro eu tinha que observar o lugar para poder achar alguma forma de sair dali.

Comecei a observar o lugar, as paredes todas eram brancas, e cada porta tinha uma cruz, tinha umas salas que tavam abertas, uma estava um homem algemado deitado em sua cama, as paredes onde ele estava, estava cheio de desenhos estranhos, na outra sala tinha uma mulher também algemado que estava parada olhando para mim. Aquele lugar cada vez se tornava mais assustador, depois de um tempo andando pelos corredores, chegamos em um lugar mais aberto, onde tinha gramados e uma cantina ao lado.

Eles logo me colocaram na fila onde tinha umas pessoas para eu poder comer.

-Eu não quero comer, não estou com fome~ -Falo baixo pois minha garganta estava arranhando muito.

-Você não tem escolha -Um deles fala e logo eles saem.

Fiquei olhando para todos os lados, tinha apenas dois guardas por ali, mas avia câmeras para todo o lado, o local estava cheio de pessoas loucas e de tudo qualquer idade, menos criança. Logo avistei que um dos guardas tinha umas chaves com ele.

-Garota!

-Ham -Eu falo olhando para frente e logo vi que era a minha vez de pegar a comida.

-Vai querer o que?

Eu olho para o que tem de comer e só tinha uma sopa bem estranha, um purê de batata e outro negócio bem estranho.

-Eu vou querer só o purê~ -Eu falo pegando um prato e ela logo coloca para mim.

Em seguida arredei para o lado, e tinha uma outra mulher, ela tiro a minha algema e colocou uma pulseira bem apertada.

-Pra que isso?~

-Se você tentar fazer alguma coisa essa pulseira vai começar a esquentar até queimar o seu braço

-Mas isso é errado~

-Aqui não

Assim que ela fala isso, imediatamente eu me sento em um canto para comer em quanto todos ficavam olhando para mim.

-Esse lugar é perfeito para pessoas tipo a Lerry~ -Eu falo resmungando.

Eu fico mexendo na comida um tempão para fazer hora, enquanto isso observava cada mínimo detalhe daquele lugar, vi que tinha uma porta que estava com um cadeado bem trancada, talvez aquele guarda tivesse com as chaves daquela porta.

Depois de um tempo joguei a comida fora sem que alguém percebesse, assim que eu ia tentar da uma volta para ver se achava mais alguma saída, uma mulher com uns cara atrás dela veio até mim.

-É essa aqui -Ela fala e os cara pega no meu braço me levando até um local.

-Me solta!~ -Eu falo tentando me soltar mas logo a gente chega em uma sala vazia onde tinha uma cadeira com umas algemas e uma luz, parecida com a que os dentista usa, e outra que tinha um cara sentado.

Eles me coloca na cadeira e me prende nela.

-Bom dia Kimberly -O moço fala com um sorriso forçado na cara. -Bom, se sinta à vontade para me contar tudo sobre você

Eu olho bem para cara dele, tipo: sério isso?

-Sério isso?~ -Eu pergunto.

-Me conte mais sobre você, eu sou o seu amigo agora -Ele ainda fala com um sorriso forçado.

Aquele cara tava me dando era medo, tô achando que é ele que precisa ser internado.

-Se eu contar você me ajuda?~

-O que eu puder fazer, eu vou te ajudar

-Então me tira daqui e chama a polícia~

-Não é assim que funciona as coisas Kimberly

-O que aquela doida te falo?~

-Você tá se referindo a sua mãe?

-Ela não é a minha mãe!~

-Calma Kimberly, você passou por muita coisa, tá tudo bem você agir desse jeito

-Cala boca seu velho, sabe de nada e ainda vem com essa "eu sou seu amigo", ah vai tomar no cu seu arrobando, tem nada melhor pra fazer não é? Vai ser internado também, pq sua cabeça tá pior doque a minha! -Eu falo já puta com aquilo tudo, e minha voz finalmente volta ao normal.

-Bom, a sua mãe..

-Ela não é minha mãe porra

-Bom, a Lerry me disse que você está vendo coisas e falando coisas que não são verdades, e que sempre tenta achar uma forma de destruir a vida de alguém, e fica se vitimizando em tudo e também ela disse que já te pego se alto mutilando

-É o que! Véia doida da porra! Só pq quando eu fui obrigada a ajudar ela a fazer a comida, sem querer eu me cortei com a faca, vai te lasca vai, pela amor de Deus, se esse lugar aqui é pra cuidar de gente doida o povo que ajuda devia ser normal né, não doido igual os paciente!

-Ela disse também que você tento se matar ontem

-Que!?!? Foi aquela véia que quase me mato! Olha o estado do meu pescoço! Meu braço tava preso! Como eu ia me enforcar! Isso é coisa que até criança percebe né! Pelo amor!

-Ela disse que não tava aguentando te ver daquele jeito, então te soltou por alguns minutos mas logo você surto e tento se matar, aí ela teve que te prender de novo

-Nosso Deus! Tem câmera em todo lugar menos na sala que eu tô é!?

-Infelizmente a sua câmera estava estragada ontem mas já concerto ela agora pouco

-Tá, mas você não vai chamar a polícia não?

-Já falei que as coisas não funciona assim

Vi que aquilo não iria adiantar em nada, aquele cara não tava acreditando em nada do que eu falava.

-Você tem namorado? -Ele me pergunta.

-Não

-Nenhum ficante? Nada?

Fiquei pensativa, mas claramente não ia falar do Tom, vai que eles pega ele também.

-Não

Ele ficou me perguntando um tanto de coisa estranha, até que depois de um tempo ele pega uns remédios e uma vacina.

-Pra que isso??? -Eu pergunto.

-Abre a boca

-Que??? Pra que???

-Pra você toma os remédios

-Remédio de que??

-Sem perguntas Kimberly

-Há mas você pode né!

-Abre se não vou ter que te força

Logo abri e engoli os remédios pois ele conferiu a minha boca para ver se eu realmente tinha engolido.

Logo ele me deu uma vacina, não tinha como eu lutar contra aquilo pois estava presa.

Só senti meu corpo amolecendo e meus olhos fechando.

Live, laugh, love | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora