16 - Reciprocidade

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• ● Mei Yagi POV

Depois do Tamaki separar o nosso beijo, eu não conseguia parar de sorrir.

Confesso que fiquei um pouco triste que paramos de nos beijar, mas estou feliz que beijamos.

Antes de me beijar, quando ele virou o rosto, eu entendi que ele se sentia envergonhado, até eu me sentia também, então apenas encostei a minha cabeça no seu ombro, sentindo a frustração no meu peito.

Ainda que fosse difícil pra ele e que eu pudesse compreender isso, era frustrante. Eu quase tomei os lábios dele por isso, mas tive medo de assustá-lo.

Então ele tomou a iniciativa e foi simplesmente mágico. Aquele beijo repleto de sentimentos fizeram o meu coração acelerar como nunca antes.

Eu não achei que ele beijasse tão bem, visto que ele nunca teve uma namorada.

Eu acabei tocando na cintura dele durante o beijo. Eu estava desejando ele de tantas formas, eu queria tê-lo mais perto, mais do que apenas os nossos corpos se encostando.

Talvez isso tenha deixado ele assustado e por isso ele se afastou.

De qualquer maneira, me sinto feliz. Não esperava que realmente fosse acontecer algo nesse jantar.

Ele ainda não tinha olhado pra mim depois de nos separarmos, e estava encolhido na sua cadeira.

– Tudo bem? – Pergunto enquanto toco o seu ombro.

O seu corpo estremece – S-Sim... muito bem. E-Eu só me sinto envergonhado. – Ele fala baixo, me fazendo sorrir.

As suas roupas ainda estavam molhadas. Não tanto quanto antes, mas estavam, e a chuva ainda não tinha acabado.

– Você quer ficar mais? Eu recebi autorização da escola pra ficar aqui.

– Eu queria, mas eu não tenho autorização pra dormir fora... – O seu tom de voz era triste.

Espera. "Dormir"? Ele quer dormir aqui!?!?

As minhas bochechas coram. Ele realmente pensou na possibilidade de dormir comigo? Eu quero! Eu quero muito.

– N-Não quero ir embora, Mei... – Ele ainda falava baixo comigo.

– Também não queria que você fosse. É tão bom com você. – Encosto a minha cabeça no seu ombro de novo.

– Com você também...

Solto um sorrisinho – Posso te emprestar as roupas do meu pai e um guarda-chuva.

Ouço Tamaki resmungar, o que me fez olhar para o seu rosto e dar um beijinho na bochecha dele.

Nos levantamos da mesa e fomos para a sala. Tamaki pacientemente esperou que eu buscasse as roupas do meu pai no segundo andar.

Peguei o menor número que tinha e Tamaki foi até o banheiro para se trocar.

Quando ele voltou, vi que as roupas ficaram grandes nele. Eu ainda tinha um pinguinho de esperança de que serviriam.

Mas ele estava uma graça, como sempre.

– V-Você tem alguma sacola pra eu colocar as minhas roupas? – Ele segurava as suas roupas úmidas.

– Você pode deixar aqui. Eu lavo pra você.

As bochechas dele se tornaram tão vermelhas quanto as chamas das velas que nos acompanhavam no jantar.

– N-Não quero incomodar...

– Não vai, eu prometo. – Pego as roupas das suas mãos e as coloco no banheiro.

Você é o meu sonho - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora