32 - O Dormitório da 3-A

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[03:10 PM]

Assim que as aulas acabaram, Aizawa pediu para que eu esperasse que todos saíssem da sala pra ele poder falar comigo.

– Você já falou com o seu pai? – Ele pergunta.

– Ainda não.

– Então fale. Ele está muito triste por não ter contato com você.

Escutar isso fez o meu coração doer.

– Eu fui informado sobre a confusão no corredor. Você está bem?

Assinto com a cabeça, inesperadamente recebi um abraço do Aizawa logo depois.

– Sinto muito por ter escondido aquilo de você, mas era assunto de família.

– Você é praticamente da família, pelo menos da minha parte. – Retribuo o seu abraço.

Eu via ele quase como um segundo pai.

Ele se afasta de mim – Todos nós gostamos de você. Não pense que, por ser filha do All For One, a gente te vê menos como alguém importante pra nós.

Assinto, sentindo a mão do Aizawa ser colocada sobre a minha cabeça em uma demonstração de carinho.

Saí da sala e Bakugō estava escorado na parede ao lado da porta.

Suas costas e a sola de um de seus pés estavam encostados na parede enquanto ele mexia no celular.

– O que tá fazendo? – Pergunto a ele – Você quer falar com o professor Aizawa?

– Tava te esperando. Não que eu me preocupe com você, mas eu pensei que talvez aqueles idiotas pudessem te perturbar de novo, então vim garantir que não fariam.

Isso me fez sorrir. Talvez no fundo ele seja um pouco amável.

– Então nós vamos juntos? – Me refiro a volta aos dormitórios.

– É. – Ele diz seco, se desencostando da parede e começando a andar.

Ele estava quieto o caminho todo, o que não era muito normal vindo de uma pessoa tão barulhenta.

– Você tá bem?

– Por que não estaria!? – Ele pergunta em alto e grosseiro tom.

– É que você tá quieto.

Ela me olha feio e revira os olhos logo depois, não dando muita atenção a mim.

– Desculpa se estou te incomodando. Só pensei que talvez estivesse acontecendo alguma coisa, já que você está diferente.

Ele dá de ombros, fazendo questão de evitar o contato visual.

– Não é da sua conta, tá legal? Pare de se preocupar comigo. – Ele ainda era rude.

Acabei me sentindo frustrada por isso. Quer dizer, não que o Bakugō esteja no topo da minha lista de pessoas que quero fazer amizade, mas eu achei que eu ao menos podia me dar bem com ele.

– Eu me importo com você. Não entendo porque você tem que ser tão rude o tempo todo. Além do mais, foi você quem veio atrás de mim, pra começar.

Ele bufa enquanto revira os olhos.

Ele bufa enquanto revira os olhos

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Você é o meu sonho - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora