22 - Eu preciso dormir

994 120 27
                                    

Eu me sentei em um sofá que tinha ali. Eu estava de frente para o Bakugō.

– O que aconteceu com ele? – Pergunto enquanto observava o seu corpo desacordado.

Eu desejava por tudo nesse mundo que ele ainda estivesse vivo.

– A gente colocou ele pra dormir. Ele é muito agressivo. – Tomura se senta ao meu lado no sofá, repousando a sua cabeça sobre o meu ombro.

Eu não sabia se devia me afastar. Em todas as suas tentativas de aproximação eu fazia isso e tenho medo de que ele comece a se sentir frustrado e desconte isso em quem não devia...

– Você é tão cheirosa... – Ele sussurra na minha orelha.

Kurogiri vem até mim com um prato em sua mão, que continha um sanduíche.

Ele para na minha frente e fica me encarando com os seus olhos amarelos e tenebrosos, esperando que eu pegue o sanduíche que ele fez pra mim.

O meu estômago se embrulhou ao ter o seu olhar em mim, fazendo toda a minha fome se esvair.

Mas eu acabei pegando o sanduíche, juntamente do prato.

Eu estava prestes a morder quando senti uma ânsia me invadir, ao mesmo tempo em que sentia a pele do Tomura contra a minha, o que fez eu colocar o sanduíche de volta no prato e ambos em cima de uma mesinha que havia do lado do sofá.

Resmungos vindos do Bakugō chamaram a minha atenção. Ele estava acordando.

Assim que ele abriu os olhos, seu olhar veio diretamente a mim.

– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? – Ele começa a gritar – NÃO ME DIGA QUE TÁ COM ELES?

– Não estou...

– ME SOLTEM, SEUS LIXOS! EU NÃO AINDA NÃO MUDEI DE IDEIA SOBRE NÃO ME JUNTAR A VOCÊS! – Ele se debatia na cadeira que estava amarrado.

– Shigaraki, o que a gente faz com o moleque? – Dabi pergunta a ele.

– Deixa ele gritar. – Tomura se aconchega em mim.

– O Shiggy parece feliz... – Toga solta uma risadinha.

Bakugō não escondia nem um pouco a sua expressão de repugnância em relação ao Tomura.

– Ele não tem pra onde ir e ninguém vai escutá-lo daqui. – Tomura continua.

Ele também não conseguia usar a sua individualidade, visto que as suas mãos estão imobilizadas por um objeto aparentemente de metal.

Caso contrário, acho que ele ignoraria as regras.

– Seus merdinhas, deixem a gente ir embora! Se machucarem a Mei, eu mato vocês! – Bakugō ainda falava.

Tomura se levanta do meu ombro e olha diretamente pra ele.

– Toga, apaga o garoto. – Ele manda, o que fez Toga ir para as costas do Bakugō.

Ele se debateu, mas ela o perfurou com uma agulha que se ligava a um tubo, e logo aquele tubo foi se preenchendo com um líquido vermelho.

Ela estava tirando sangue dele.

Lentamente os olhos dele foram se fechando e ele desmaiou, o que fez ela parar.

– Adoro quando tenho estoque novo! – Ela sorria.

– Por quanto tempo a gente vai ter que ficar aqui de babá? Eu tenho coisas melhores pra fazer. – Dabi reclama.

– Se você quiser, você pode ir embora. Se for pra reclamar, era melhor nem ter vindo. – Tomura responde com ignorância.

– Eu vim porque achei que faríamos algo de útil, não sequestrar crianças aspirantes a herói. – Dabi retruca.

Você é o meu sonho - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora