23 - Tentativa de fuga

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[QUARTA-FEIRA - 02:00 AM]

Não consegui dormir com o Tomura ao meu lado.

Tinha medo de que ele estivesse fingindo estar desacordado e só esperando que eu abaixasse a guarda para me atacar como um predador.

Para ter certeza, acariciei a sua face com leveza. O seu rosto se aconchegou na minha palma e ele grunhiu baixo.

Ele parece realmente estar dormindo.

Observo o seu rosto por um tempo. Ele estava tão sereno e tranquilo.

Lembranças vieram na minha mente. Essa não é a primeira vez em que dormimos juntos. Sempre costumava ser confortável e acolhedor.

Mas agora não. Agora tudo está vazio e sem cor. Eu não consigo sentir conforto em me deitar na mesma cama que o Tomura, não consigo sentir o meu coração preenchido pelo seu amor como antes.

Me levantei da cama lentamente, tentando evitar que ela rangesse.

Olhei uma última vez pro Tomura. Ele ainda dormia.

Saí do quarto e andei pelo corredor. Em uma das portas pude ver Toga e Twice dormindo em dois colchões no chão.

Ele roncava enquanto a Toga estava abraçada em um urso de pelúcia gigante.

Em outro quarto estava o Dabi. Ele estava deitado em um sofá e a televisão estava ligada. A sua volta tinham algumas latas de cerveja e ele estava sem camisa, me dando a visão do seu corpo costurado.

Ele também parece estar dormindo.

Havia mais um quarto, mas esse estava com a porta fechada. Eu podia ver uma luz roxa saindo da parte inferior da porta. Imagino que o Kurogiri esteja ali.

Todos parecem estar dormindo. Essa é a minha chance.

Fui até o karaokê e lá estava o Bakugō. Ele estava desacordado.

Me agachei a sua frente e comecei a chamar o seu nome sussurrando, mas não adiantou, então dei o tapa mais forte que eu consegui na sua face.

Os seus olhos arregalaram e ele estava prestes a gritar, mas eu coloquei um dedo na frente da sua boca, pedindo por silêncio.

– Sua desgraçada, você ficou maluca!? – Ele falava sussurrando.

O silêncio que pairava dentro desse prédio me assustava. Eu tinha medo de alguém aparecer.

– Vamos sair daqui. – Digo.

– Sair como? Todas as saídas devem estar trancadas.

– É só explodir a porta. – Digo, enchendo a coisa metálica, que prendia as suas mãos, com água.

– O que tá fazendo? – Ele pergunta, ficando com as mãos submersas dentro daquilo.

– Você vai guardar segredo, né? – Pergunto, e ele revira os olhos.

Eu estava usando a minha individualidade sem permissão, afinal.

Aquele objeto se enchia cada vez mais, quase transbordava, mas eu focava a água somente nos buracos em que as suas mãos estavam, não deixando que ela saia.

Devido a pressão pela quantidade de água que só ia aumentando em um espaço tão pequeno, aquele objeto de metal explodiu e fez um barulho alto.

– Vamos dar o fora. – Bakugō pega no meu pulso, mas, ao mesmo tempo, o Tomura aparece.

Ele estava sonolento e parecia não compreender totalmente o que estava acontecendo.

– O que vocês- – Antes que o Tomura pudesse terminar, o Bakugō explodiu ele no rosto.

– MORRE, SEU FILHO DA PUTA! – Bakugō grita, me arrastanto enquanto ainda me segurava pelo pulso

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– MORRE, SEU FILHO DA PUTA! – Bakugō grita, me arrastanto enquanto ainda me segurava pelo pulso.

Ele estava prestes a explodir a porta para sairmos, quando chamas azuis nos rodearam dentro daquele karaokê.

Senti o meu braço queimar e acabei gritando por isso, mas logo ele se regenerou.

– Caralho, eu sabia que pegar esses pirralhos ia dar merda. – Dabi diz, apagando o fogo azul do seu próprio braço.

Aquelas chamas logo se dispersaram.

– Você não vai tirá-la de mim... – Tomura diz. Ele parece tomado pela raiva.

Bakugō explodiu dentro daquele karaokê, fazendo aqueles que estavam a nossa volta serem jogados contra as paredes.

Ele chutou a porta com toda a força que tinha e, em apenas um chute, ela se abriu.

Ele estava prestes a me arrastar para fora quando um portal surgiu sob os seus pés e fez com que ele fosse teleportado a outro lugar.

A minha pele gelou e em um reflexo eu tentei sair pela porta, agora quebrada, mas um portal apareceu na minha frente e, quando eu vi, eu estava dentro do karaokê de novo, de frente para o Kurogiri.

Ele me agarrou em seus braços e eu tentava me debater contra o seu corpo.

Até que um pensamento veio a minha cabeça. Eu já tinha usado a minha individualidade, então não faria diferença se fizesse de novo.

Faço surgir água pelo meu corpo, mas, antes mesmo que eu pudesse atacá-lo, eu senti um golpe forte na minha nuca, o que me fez desmaiar.

• ● Tomura Shigaraki POV

Levanto do chão após ter levado uma pancada forte na cabeça por tê-la batido na parede depois da explosão daquele garoto.

Moleque maldito. Eu tratei ele bem depois de convidá-lo a se juntar a Liga e o que eu recebo em troca são golpes.

Assim que me levantei, vi o corpo da Mei desabar no chão, e o Dabi estava nas costas dela.

– O que você fez? – Pergunto, indo até ele, consumido pela raiva.

– Botei ela pra dormir. Essa garota tá dando problema. Já que não você não quer matá-la, você não acha melhor deixar ela ir- – Dou um soco no rosto dele antes que ele termine.

– Ela não vai embora daqui, seu cretino. Qual a parte do "ela faz parte da Liga agora" você não entendeu?

Ele limpa o seu nariz que sangrou – Só tô dizendo porque não quero me foder depois por causa de um maluco carente.

Pego brutalmente no rosto do Dabi com 4 dedos, ameaçando encostar o quinto.

– Fecha essa boca. – Mando, e o solto.

Olho para a Mei. Ela já estava nos braços do Kurogiri e ele apenas esperava por uma ordem.

– Leva ela pro quarto. – Ordeno, e quando Kurogiri se vira para adentrar o corredor, Toga e Twice estavam ali espionando.

Ao ter o meu olhar neles, eles saem correndo.

Suspiro. O moleque conseguiu fugir, mas foi por teleporte, então ele não sabe onde fica esse lugar.

Pelo menos eu espero que não.

🧤 [23/08/2023]

Por favor, cliquem na estrelinha ⭐️

Capítulo capengo, mas é porque tô com sono, tá? 😭😭

Até o próximo capítulo 💞

Você é o meu sonho - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora