[QUARTA-FEIRA - 02:00 AM]
Não consegui dormir com o Tomura ao meu lado.
Tinha medo de que ele estivesse fingindo estar desacordado e só esperando que eu abaixasse a guarda para me atacar como um predador.
Para ter certeza, acariciei a sua face com leveza. O seu rosto se aconchegou na minha palma e ele grunhiu baixo.
Ele parece realmente estar dormindo.
Observo o seu rosto por um tempo. Ele estava tão sereno e tranquilo.
Lembranças vieram na minha mente. Essa não é a primeira vez em que dormimos juntos. Sempre costumava ser confortável e acolhedor.
Mas agora não. Agora tudo está vazio e sem cor. Eu não consigo sentir conforto em me deitar na mesma cama que o Tomura, não consigo sentir o meu coração preenchido pelo seu amor como antes.
Me levantei da cama lentamente, tentando evitar que ela rangesse.
Olhei uma última vez pro Tomura. Ele ainda dormia.
Saí do quarto e andei pelo corredor. Em uma das portas pude ver Toga e Twice dormindo em dois colchões no chão.
Ele roncava enquanto a Toga estava abraçada em um urso de pelúcia gigante.
Em outro quarto estava o Dabi. Ele estava deitado em um sofá e a televisão estava ligada. A sua volta tinham algumas latas de cerveja e ele estava sem camisa, me dando a visão do seu corpo costurado.
Ele também parece estar dormindo.
Havia mais um quarto, mas esse estava com a porta fechada. Eu podia ver uma luz roxa saindo da parte inferior da porta. Imagino que o Kurogiri esteja ali.
Todos parecem estar dormindo. Essa é a minha chance.
Fui até o karaokê e lá estava o Bakugō. Ele estava desacordado.
Me agachei a sua frente e comecei a chamar o seu nome sussurrando, mas não adiantou, então dei o tapa mais forte que eu consegui na sua face.
Os seus olhos arregalaram e ele estava prestes a gritar, mas eu coloquei um dedo na frente da sua boca, pedindo por silêncio.
– Sua desgraçada, você ficou maluca!? – Ele falava sussurrando.
O silêncio que pairava dentro desse prédio me assustava. Eu tinha medo de alguém aparecer.
– Vamos sair daqui. – Digo.
– Sair como? Todas as saídas devem estar trancadas.
– É só explodir a porta. – Digo, enchendo a coisa metálica, que prendia as suas mãos, com água.
– O que tá fazendo? – Ele pergunta, ficando com as mãos submersas dentro daquilo.
– Você vai guardar segredo, né? – Pergunto, e ele revira os olhos.
Eu estava usando a minha individualidade sem permissão, afinal.
Aquele objeto se enchia cada vez mais, quase transbordava, mas eu focava a água somente nos buracos em que as suas mãos estavam, não deixando que ela saia.
Devido a pressão pela quantidade de água que só ia aumentando em um espaço tão pequeno, aquele objeto de metal explodiu e fez um barulho alto.
– Vamos dar o fora. – Bakugō pega no meu pulso, mas, ao mesmo tempo, o Tomura aparece.
Ele estava sonolento e parecia não compreender totalmente o que estava acontecendo.
– O que vocês- – Antes que o Tomura pudesse terminar, o Bakugō explodiu ele no rosto.
– MORRE, SEU FILHO DA PUTA! – Bakugō grita, me arrastanto enquanto ainda me segurava pelo pulso.
Ele estava prestes a explodir a porta para sairmos, quando chamas azuis nos rodearam dentro daquele karaokê.
Senti o meu braço queimar e acabei gritando por isso, mas logo ele se regenerou.
– Caralho, eu sabia que pegar esses pirralhos ia dar merda. – Dabi diz, apagando o fogo azul do seu próprio braço.
Aquelas chamas logo se dispersaram.
– Você não vai tirá-la de mim... – Tomura diz. Ele parece tomado pela raiva.
Bakugō explodiu dentro daquele karaokê, fazendo aqueles que estavam a nossa volta serem jogados contra as paredes.
Ele chutou a porta com toda a força que tinha e, em apenas um chute, ela se abriu.
Ele estava prestes a me arrastar para fora quando um portal surgiu sob os seus pés e fez com que ele fosse teleportado a outro lugar.
A minha pele gelou e em um reflexo eu tentei sair pela porta, agora quebrada, mas um portal apareceu na minha frente e, quando eu vi, eu estava dentro do karaokê de novo, de frente para o Kurogiri.
Ele me agarrou em seus braços e eu tentava me debater contra o seu corpo.
Até que um pensamento veio a minha cabeça. Eu já tinha usado a minha individualidade, então não faria diferença se fizesse de novo.
Faço surgir água pelo meu corpo, mas, antes mesmo que eu pudesse atacá-lo, eu senti um golpe forte na minha nuca, o que me fez desmaiar.
• ● Tomura Shigaraki POV
Levanto do chão após ter levado uma pancada forte na cabeça por tê-la batido na parede depois da explosão daquele garoto.
Moleque maldito. Eu tratei ele bem depois de convidá-lo a se juntar a Liga e o que eu recebo em troca são golpes.
Assim que me levantei, vi o corpo da Mei desabar no chão, e o Dabi estava nas costas dela.
– O que você fez? – Pergunto, indo até ele, consumido pela raiva.
– Botei ela pra dormir. Essa garota tá dando problema. Já que não você não quer matá-la, você não acha melhor deixar ela ir- – Dou um soco no rosto dele antes que ele termine.
– Ela não vai embora daqui, seu cretino. Qual a parte do "ela faz parte da Liga agora" você não entendeu?
Ele limpa o seu nariz que sangrou – Só tô dizendo porque não quero me foder depois por causa de um maluco carente.
Pego brutalmente no rosto do Dabi com 4 dedos, ameaçando encostar o quinto.
– Fecha essa boca. – Mando, e o solto.
Olho para a Mei. Ela já estava nos braços do Kurogiri e ele apenas esperava por uma ordem.
– Leva ela pro quarto. – Ordeno, e quando Kurogiri se vira para adentrar o corredor, Toga e Twice estavam ali espionando.
Ao ter o meu olhar neles, eles saem correndo.
Suspiro. O moleque conseguiu fugir, mas foi por teleporte, então ele não sabe onde fica esse lugar.
Pelo menos eu espero que não.
🧤 [23/08/2023]
Por favor, cliquem na estrelinha ⭐️
Capítulo capengo, mas é porque tô com sono, tá? 😭😭
Até o próximo capítulo 💞
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Você é o meu sonho - Tamaki Amajiki
FanfictionDepois de passar 1 ano longe de tudo e de todos, após um passado traumático, você finalmente voltou a sua rotina de estudos, entrando em uma escola para futuros super-heróis a pedido do seu pai. Tudo parecia perfeito. Você conseguiu um namorado, ami...