29 - A faísca do desejo

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[06:00 PM]

Eu tive alta do hospital bem rápido, então voltei pra casa na companhia do Tamaki.

Eu não queria voltar pra escola agora. Provavelmente todo mundo já sabe sobre o que aconteceu e eu não suportaria ter olhares de pena sobre mim.

O meu pai se ofereceu pra vir comigo, mas eu não queria ficar com ele agora.

O professor Aizawa estava nos acompanhando por segurança.

– Como me acharam? – Pergunto ao Tamaki.

– O Bakugō foi teleportado pra um lugar um pouco longe do karaokê, então começamos as investigações por lá, até que achamos aquele prédio.

– E eles foram presos?

Ele me olha, apreensivo – Não... Uns bichos estranhos apareceram logo depois que eu consegui te tirar de lá e os vilões foram teleportados por uma gosma estranha, mas pelo menos o All For One foi preso.

Sinto o meu coração doer. Não quero que o Tomura venha atrás de mim de novo...

– Mei, – Ele pega na minha mão ao notar o meu olhar amedrontado – eu vou te proteger, tá bom? Se tentarem qualquer coisa com você, eu vou estar aqui.

Ver os seus olhos sinceros enquanto seus lábios me diziam aquilo fez o meu interior ficar quentinho.

Aizawa coça a sua garganta, o que fez eu e o Tamaki nos afastarmos.

Chegamos na minha casa.

– Então, acho que é a minha deixa... – Tamaki fala triste.

– Você não pode ficar? – Pergunto a ele.

Seu olhar vai diretamente ao professor Aizawa, que assente com a cabeça, lhe dando permissão.

– O Endeavor e os ajudantes dele já estão chegando. – Aizawa diz – Eles vão ficar do lado de fora da casa, patrulhando pra garantir a sua segurança. Boa noite, crianças. Se comportem. – Ele olha sério pro Tamaki, como se fosse um pai desconfiado.

Aizawa nos deixa sozinhos.

– Bom, vamos entrar. – Digo, abrindo a porta da minha casa.

Tamaki estava todo travado. Acho que ele se sente constrangido com isso.

– O que você quer fazer? – Pergunto assim que entramos dentro de casa.

– E-Eu... – Suas bochechas coram – V-Você tem alguma ideia?

– A gente pode ver um filme, se você quiser. Eu faço pipoca pra nós. – Sugiro, e ele assente com a cabeça.

Acho que ele aceitaria qualquer coisa que eu dissesse.

– Você pode se sentar no sofá enquanto eu faço a pipoca. – Digo, indo em direção aos armários da cozinha.

Peguei um pacote e depositei o milho em uma panela.

Senti o meu corpo ser abraçado enquanto eu estava no fogão e isso fez eu me assustar.

– Você não quer ficar no sofá? – Pergunto, me sentindo imobilizada pelo seu corpo pesado.

– É constrangedor ficar sozinho na casa de alguém... – Ele repousa a sua cabeça no meu ombro.

– Mas é só um pouquinho. Eu já vou ficar com você. – Ouço a pipoca começar a estourar dentro da panela.

Ele resmunga. Não parece convencido em ir para a sala, mas, se ele não for, eu não vou conseguir cozinhar com ele agarrado no meu corpo assim.

Não que fosse completamente ruim. Se eu ao menos não tivesse nada no fogão...

Você é o meu sonho - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora