Você é o meu sonho - Tamaki Amajiki

47 - Então é isso?

Eu fiquei parado o tempo todo na frente da porta daquela sala onde a Mei entrou.

Não ouvi gritos ou coisa parecida, então talvez tenham cuidado bem dela...

A porta abriu nas minhas costas e eu quase caí dentro da sala.

– Shigaraki, – Overhaul fala sério – você podia ter ido embora se quisesse.

– Eu quis ficar pra ter certeza de que vocês fariam direito.

Olho nas costas do Overhaul. A Mei estava ali, sentada e amarrada numa cadeira. Seu corpo estava repleto de cortes e ela estava ensanguentada.

Ver aquilo fez o meu sangue ferver e uma raiva me invadir, o que fez eu tentar ir pra cima do Overhaul, mas seus parceiros me seguraram.

– Seu desgraçado! Você disse que seria cuidadoso com ela! – Grito rente ao rosto dele.

– Fomos cuidadosos com ela. Não vê? Os cortes foram feitos com precisão e milimétricos, nem mesmo ficarão cicatrizes por causa da individualidade dela.

Observo a Mei por um tempo. Ela estava desacordada e com o rosto pálido, nem mesmo a sua boca estava rosada. Aqueles cortes sangravam e o sangue escorria pela pele dela devagar.

– Por que ela não tá se regenerando? – Pergunto. A minha calma fez os homens me soltarem.

– Injetamos uma pequena dose de substância anuladora de individualidade apenas pra caso ela acordasse.

– E a substância de regeneração vai funcionar?

– Vai. Nós já começamos a produção.

– E vocês vão fornecer doses a Liga como o combinado pela Mei, certo? – Olho de maneira fria pra ele. Ele me observou por um tempo antes de responder:

– ...Claro.

[08:40 PM]

• ● Mei Yagi POV

Acordo com o corpo extremamente dolorido.

Ao abrir os olhos, pude perceber que já não estava mais naquela sala de antes e que também estou deitada.

Eu não lembro do que aconteceu. Colocaram uma máscara de oxigênio no meu rosto e eu comecei a sentir sono, então apaguei.

Os meus sentidos começaram a voltar e só assim pude sentir algo molhado deslizando pela minha pele, e que ardia nos lugares onde passava.

Isso fez eu me assustar e tentar levantar, mas fui segurada por alguém.

– Calma, eu ainda não terminei! – Um homem, cujo as suas mechas de cabelo tinham formato de flecha, fala comigo.

Me deitei outra vez, por incentivo dele, e deixei com que ele continuasse passando o pano molhado com um líquido ardido nos meus ferimentos.

– Eu não deveria estar me regenerando?

– Não se preocupe, a sua individualidade ainda está aí. Está vendo? – Ele me mostra o meu braço, no qual continha inúmeros cortes se regenerando lentamente.

Respirei fundo em alívio. Achei que tinham feito alguma coisa com o meu poder.

– Precisamos da sua individualidade, então não faremos nada que prejudique ela. – Como se lesse os meus pensamentos, o homem diz. Ao notar o meu olhar curioso sobre ele, ele fala comigo – Meu nome é Hari Kurono. Acho melhor você começar a se acostumar comigo. Sou eu quem vou ficar de olho em você na maior parte do tempo.