09: morte

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Recomendação de música.

Amanda Salles 🍫

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Amanda Salles 🍫

Já era noite, me perdi completamente quando pensei que não iria demorar. Não posso nem culpar a bebida, já que a única coisa que tomei o dia todo foi água e Coca-Cola. Mas também tô feliz de ter ficado, nunca comi tanto churrasco na vida. Minha barriga tá prestes a explodir e morrendo de vontade de comer algo doce.

A maioria das pessoas já tinham ido embora, só os mais próximos do Carioca e da Lara estavam, mas aos poucos eles também estavam saindo.

—Mabel? —Perguntei depois do cara dizer o vulgo dele. —Por causa daquele biscoito mabel?

—É bolacha mabel! —Ele quase gritou meio alterado pelo álcool e eu dei risada.

—Nem adianta discutir, ele não aceita que é biscoito. —Lennon se sentou colocando o braço ao redor do meu pescoço. Se eu não fosse eu e visse essa cena, até poderia jurar que parecemos um casal. Percebi que ele adora essa parada de toque físico, cara não desgruda de mim.

—Merma coisa... —Marechal disse pegando um pedaço de carne.

—E o seu? Por que Marechal? —E então Lennon deu risada.

—É o sobrenome dele, Amanda. Quando não é um vulgo engraçado é porque não teve história. —Ele passou a mão no meu cabelo.

—E o seu? Por que Lennon? Todo mundo usa um vulgo e tu usa o teu nome mesmo. —Perguntei curiosa olhando para ele.

—Eu sou manchado, não tenho motivo pra usar um vulgo. —Não entendi o que ele quis dizer e devido a minha cara ele logo percebeu. —Meu pai tá nesse mundo, então por que eu mentiria se todo mundo já sabe?

—Mas tu se disfarçar não ajudaria a te deixar menos vulnerável nesse mundo? —Ele negou. —Tipo, seu pai tem inimigos, eles podem te encontrar com facilidade. Mas se tu tivesse se escondido antes, talvez...

—Nada fica escondido pra sempre, Amanda. —Ele me interrompeu e logo depois olhou para o Marechal.

—Tudo um dia aparece e é quando menos esperamos. —E então o Marechal completou.

Não sei se eu estou ficando maluca ou aquilo se resumiu a minha situação, como uma indireta. Mas ver o Lennon me olhando coloquei um sorriso amarelo no rosto. Não ia dar uma de maluca e fazer eles perceberem que eu entendi.

—Nossa, tá tarde... —Peguei o meu celular vendo umas 5 ligações perdidas do meu pai. Me levantei no mesmo instante com os olhos arregalados. —Merda...

PERDIÇÃO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora