11: comando Lennon

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Lennon 📍

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Lennon 📍

Levantei o fuzil no segundo que vi uma cabeça apontando em cima da laje, até estranhei quando vi maior cabelão loiro. Foi ai que percebi a Amanda arregalando aqueles olhão azul. Me levantei indo na direção dela que abriu um sorriso tímido olhando para os outros caras.

—Tá fazendo o que aqui maluca? —Ela balançou a cabeça negando e me olhando de cima em baixo. —Sentiu saudades?

—Saudades foi pouco, vida. —Arqueei as sobrancelhas no mesmo instante estranhando. Só então percebi ela olhando na direção do menor. —Falei pra eles que era sua namorada, acho melhor continuar atuando né?

—Tu falou o que? —Me segurei pra não soltar uma risada marota, mas mesmo assim fui recebido por tapas.

Mina me vê como um saco de pancadas, tenho certeza. Vou acionar a lei José João.

—Passou na televisão que você tinha sido preso... —Realmente, quase fui preso, mas consegui me livrar dessa cana com a maior facilidade. Dinheiro, tudo se compra com dinheiro.

—Ficou preocupada? Não imaginei que teus sentimentos por mim são tão intenso, vida. —Ela revirou os olhos e sorriu se aproximando.

—Fiquei preocupada mesmo. —Dessa vez eu sei que ela não tá mentindo, simplesmente por tá olhando no fundos dos meus olhos.

Me perco aqui. Fiquei travadão igual um retardado só olhando para os detalhes do seu rosto. A mina parece uma boneca, toda perfeitinha. Parece ter sido até esculpida pelos deuses.

—Como teu pai tá? —Troquei de assunto me afastando dela e puxando o ar que me faltou.

—Descansando. Ele fez uma cirurgia. —Ela se sentou do meu lado na laje, no chão mermo sem se importar com nada. —Quando passou na televisão seu nome senti um gelo no peito.

—Por quê? —Martelava na minha cabeça qual o motivo de ela não me querer em cana.

—Tu me salvou hoje, Lennon. Não só eu, mas o meu pai também. E se tem uma coisa que eu não sou, é ingrata. Pode ter certeza que vou te agradecer pelo resto da minha vida por isso. —Nem prestei atenção no resto, só ouvi a parte do "resto da minha vida". —Por que tá rindo igual um psicopata?

—Caralho, tô rindo assim? —Ela deu risada. —Só tô pensando em umas paradas. E o Soares? Não falaram nada dele até agora.

—Merda! Quase me esqueci disso. —Ela se virou pra mim rapidamente dando tapas leves no meu braço. —Ele fugiu.

—O quê? Como? —O cara tava todo arrebentado, não tinha como sair dali.

PERDIÇÃO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora