Amanda é a típica filha de pais ricos que vive na área nobre do Rio de Janeiro, mas graças às suas amizades logo tudo mudaria. Ao mentir para o seu pai -um juíz renomado e conhecido- que iria dormir na casa de uma amiga, de repente ela se viu em um...
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Amanda Salles 🍫 Dia seguinte...
Me sentei no sofá devorando um pedaço de chocolate com pão, um pequeno vício desde criança. Lennon estava também sentado ao meu lado assistindo o que passava no jornal. Parcialmente irritado com as reportagens constantes sobre as invasões na Maré. Pelo o que ele dizia Marechal tinha um longo caminho para apaziguar as coisas e ainda corria o risco da polícia dominar tudo. Mordi o último pedaço do pão virando o meu rosto para ele observando seu pescoço com a veia saltada e seu maxilar travado.
—Que foi? Quer mais pão? —Ele virou o rosto e rapidamente selei nossos lábios fazendo ele soltar uma risada leve. —Ihhh... Qual foi loirinha?
—Nada. —Virei o rosto voltando a observar a matéria, mas ele agarrou minhas bochechas trazendo meu rosto para perto do seu e selou nossos lábios em um beijo demorado.
—Tu tá bem? —Ele perguntou lambendo os próprios lábios, provavelmente sentindo o gosto do chocolate.
—Hum... acho que sim. —Pisquei algumas vezes e se aproximou retirando uma mecha do cabelo do meu rosto. —E você?
—Tô feliz de tá contigo, independente da situação. —Sorri levemente tocando sua cintura.
—Ah, o que era aquele plástico na sua costela? Fez outra tatuagem também? —Antes que ele pudesse me responder a porta foi aberta e meu pai passou por ela igual um furacão vindo em nossa direção.
—O que aconteceu? —Lennon se levantou assustado.
—Vocês precisam ir! —Ele gritou exasperado puxando do bolso alguns papéis e entregando para o Lennon. —A polícia tá vindo pra cá.
—Por que? —Perguntei confusa.
—Todo mundo recebeu a notícia que tu não tá fechando com ninguém, Lennon. Então se tu cair na cadeia...
—Eu tô morto. Merda... —Lennon jogou a cabeça para trás fechando os olhos.
—Sobe Amanda, faz uma mala com algumas coisas. Rápido! —Meu pai gritou mais uma vez me fazendo correr escada a cima.
Nem sequer tive tempo de respirar ou tentar entender toda a situação. Apenas entrei no quarto abrindo uma mala pequena jogando qualquer roupa que eu visse pela minha frente. Olhei pela penteadeira pegando três porta retratos, um com a minha mãe e meu pai, outro com a Lara e um com o Lennon beijando minha barriga. Enfiei dentro da mala sentindo meus olhos arderem.
Toda essa situação merda estava fodendo com a minha cabeça. Eu não tive tempo para nada, não pude desabar, nem sequer de descansar minha cabeça. Porque sempre que eu me deito para dormir me vem aquele desgraçado do Caveira tentando algo. Então tudo se tornou perturbador de mais pra mim.
...
—Pra onde a gente vai? —Perguntei assim que meu pai parou com o carro em frente ao aeroporto.
