30: expansão

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Amanda Salles 🍫

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Amanda Salles 🍫

Despertei passando as mãos ao meu redor, procurando por seu corpo na extensão da cama. E abri os olhos quando não o senti. Levantei a cabeça piscando algumas vezes tentando me acostumar com a claridade. E só então me sentei na cama levantando os braços para cima sentindo meus seios doloridos. Olhei para o espelho na minha frente observando meu corpo completamente nu e a barriga tentando se ajustar ao tamanho normal. Senti o peito apertar e sensação do vazio se alastrar. Eu me sentiria assim pelo resto da minha vida... Nunca voltaria ao normal.

—Acordou? —Lennon passou pela porta do banheiro com a toalha amarrada na cintura. —Tá com fome?

—Sempre tô... —Sussurrei com a voz falha. Ele rapidamente veio na minha direção selando nossos lábios em um beijo rápido. —Tô com bafo.

—E daí? —Ele balançou os ombros e deixou a toalha cair vestindo uma cueca que eu nem sabia que tava dentro do meu guarda-roupa. —Vamo descer pra comer.

—Vou só tomar um banho, bem rapidinho.

Me levantei da cama indo para o banheiro deixando a água gelada cair sob meu corpo. É estranha a sensação de ter voltado para esse casa. Foram poucos meses, mas pareceram anos. E dias que que pareciam meses. Agora eu me sinto congelada sem ter ideia do que fazer. Nos últimos dias Caveira não voltou a aparecer. Nos primeiros dias depois que saí do hospital aguardei ansiosamente que ele viesse cobrar o nossos combinado. Eu realmente queria morrer.

Mas agora... O ódio tem dominado cada vaso sanguíneo do meu corpo. Como eu poderia deixar a morte deles dois passarem? Como eu poderia só simplesmente morrer?

...

—Pai... —Sussurrei passando por meu pai e me sentando na cadeira.

—Se resolveram? —Sua voz grave matinal me fez estremecer. Ele parecia estar mais sério do que o comum. —Então agora o que vocês são?

—Pai! —O repreendi recebendo um olhar de desaprovação. Mas Lennon pousou seu braço em meu ombro me lançando um olhar calmo.

—Família. Sinceramente Alencar, tô pouco me fodendo se eu e tu somos igual óleo e água. Mas a Amanda agora é minha família, mãe do meu filho e se ela quiser dos futuros que podem vir. Eu não vou pedir ela em casamento agora porque tenho um par de coisa pra resolver antes de colocar uma aliança no dedo dela. —Permaneci em silêncio apenas vendo os dois se encararem. —Principalmente colocar uma bala na cabeça do Caveira. Pela Lara, pelo meu filho e principalmente pela minha mulher que ainda tá aqui do meu lado.

—É meu último voto de confiança, Lennon. —Meu pai se levantou o encarando friamente. —Não faço isso por você, faço pela minha filha. Porque sei que ela não te deixaria de lado nem se eu a arrastasse do país. E te digo, se an Amanda sofrer mais um problema, eu mesmo enfio uma bala na sua cabeça. Mesmo que isso signifique eu passar o resto da minha vida na cadeia, pela minha filha eu faço qualquer coisa.

PERDIÇÃO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora