18: ditado de maloqueiro

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Lennon 📍23:47

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Lennon 📍
23:47

Foda-se! Quero o caralho de todo mundo sabendo desse cara e o papo tá dado, se alguém tiver escondendo esse filho da puta eu vou encher de bala. —Falei irritado.

—Não é assim, Lennon. —Marechal se escorou na parede soltando um suspiro pesado.

—Como não é assim? O cara mandou uma mensagem me ameaçando e tu quer que eu faça nada? —Perguntei indignado pela postura dele.

—A mensagem não foi pra tu. Foi pra aquela mina. E sinceramente Lennon, tu tá na merda. —Marechal se aproximou da mesa pegando um baseado. —Acha que o Caveira não sabe de onde aquela mina veio? Ele tava bolando maior plano contra o Alencar e tu acha mesmo que ele não sabe que ela é filha dele? Tu tem merda na cabeça?

—Eu já falei pra tu não falar sobre isso aqui. —Puxei o ar com força e me sentei.

—Não tô te reconhecendo. Tu nunca foi de mexer em vespeiro e olha só tu todo maluco agora. Quantas ameaças já fizeram pra tu? Até a cabeça de um menor já jogaram na tua porta e tu deu risada. —Ele tem razão. Nunca me importei com as ameaças, mas agora eu tenho algo pra proteger. —Que chá de buceta foi esse que essa mina te deu?

—Tu não entende, Marechal. —Ele deu risada.

—Não entendo mermo. Tá parecendo um cachorro atrás dela. Tá pra nascer mulher que vai colocar coleira em mim assim, tá maluco. —Dei uma risada leve sabendo que um dia ele iria pagar com a língua.

—Não importa o futuro, eu quero pensar no presente. E nesse momento o Soares fez uma ameaça direta pra mim e pra ela, não vou deixar ele tocar nela. Então faz o que eu tô mandando e agiliza o comunicado. —Outra vez ele me encarou, mas logo concordou e saiu da sala.

Me joguei naquela cadeira desconfortável fechando os olhos por uns segundos, só precisava relaxar a mente, mas óbvio que isso não ia durar. Uma pilha de coisa pra resolver, carregamento pra organizar, viciado pra cobrar. A firma nunca para, imagina quem comanda ela. Mas hoje é um dia que eu não to com pique, to cansadão e a única coisa que eu quero é dormir. Mas como não tinha essa opção peguei um baseado e acendi fumando enquanto olhava os relatórios no papel.

—Tá parecendo uma chaminé agora. —Levantei o olhar vendo o Carioca entrar na sala dando risada. —Toda vez que te vejo tá com um na boca.

—Torra meus neurônios hoje não. Solta a voz, o que tu quer? Pra tá aqui essa hora enchendo o saco, tem coisa... —Ele puxou a outra cadeira e se sentou.

—Fiquei sabendo de umas paradas. Soares meteu o pé pra São Paulo por algum motivo, bem antes de soltar o comunicado pra geral. —Soltei a fumaça tentando entender qual seria o próximo passo daquele merda. —VT não conseguiu achar nada do rastro do cara e tu já sabe...

—Se o VT não achar nada, ninguém acha. —Carioca balançou a cabeça concordando. —Então o próximo passo é aguardar.

—Aguardar? Quer esperar o cara chegar e botar uma arma na tua cara? —Não quero isso, mas o que posso fazer. A única coisa é esperar e ver o que acontece.

PERDIÇÃO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora