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Assim que desceram as escadas, Jurian segurou Lucien pelo ombro braço livre e em seguida, o sentaram, e Elain tomou seu lado. Vassa e Jurian se sentaram frente a frente, e apesar do silêncio, Lucien sabia o que viria a seguir.

- Então, Elain... -Começou Vassa.

Lucien suspirou e todos o olharam, a amiga fingindo estar confusa.

- O que foi?

- Por favor, não me envergonhe agora, eu estou doente...

Vassa pós a mão no peito.

- Eu jamais faria isso.

Ela virou para Elain e a expressão mudou para interesse, enquanto a Archeron do meio apenas bebia seu vinho.

- Então, Elain, você pensa em casamento?

Ela quase engasgou.

- É uma romântica? Você lê romances com que frequência?

Elain mordeu o lábio com suavidade.

- Eu não sei sobre o casamento, mas, sim! Eu sou uma romântica incurável.

- Tem lido algum ultimamente?

- Eu comecei um recentemente, mas, nada de muito especial.

O assunto se estendeu até a sobremesa, quando Vassa e Jurian encheram Elain de elogios, e juntos, levaram Lucien de volta para o quarto. Logo após separar suas roupas, ela o ajudou a ir até a banheira, onde o sentou e deixou que ele se banhasse sozinho.

Quando Elain foi até o quarto destinado para ela, tomou um banho e então, antes de colocar o pijama, Elain se admirou no espelho.

Com a pequena mesada que Feyre e Rhys lhe davam, a mesma comprava o necessário e então, devolvia a casa e então, com a parte de seu trabalho, pagava as parcelas de sua casa.

Antes, se sentia quebrada e machucada, mas agora, se olhando no espelho, se sentia forte e poderosa. As peças íntimas que estavam em seu corpo ajudavam, e se sentir limpa sempre era um prazer.

Seus cabelos estavam soltos e arrumados, o corpo coberto por uma lingerie vermelha e um hobby claro com algumas flores pequenas na barra. Naquele momento, Elain manteve o hobby aberto e por algum motivo ridículo ela havia passado algo um batom e por isso agora seus lábios estavam cobertos por um forte tom de vermelho.

Ela sabia que a achavam bonita, e apesar de em alguns dias dias não achar, seguia a vida. Porém, em alguns momentos, quando parava para se olhar e não se comparava com suas irmãs, todo seu amor próprio ia até o sol e voltava.

Aquele era um daqueles momentos.

Enquanto se olhava no espelho, se mexendo de todos os lados para ver suas curvas e seus melhores ângulos, Lucien lhe veio a cabeça, e ela sorriu, luxuriosa.

Seu parceiro era um macho lindo, e pensar nele, em determinados momentos, especialmente nas solitárias horas noturnas, lhe davam sensações diferentes.
Suas mãos vagaram da cintura as coxas, enquanto Elain fingia que eram as mãos de Lucien e suspirava, desejosa.

Ela tinha muita pouca experiência, mas, com aquele macho, ela seria capaz de ir a todos os lugares e fazer todas as coisas.
Estar com Lucien era diferente de como havia sido com Graysen, ou até mesmo com Azriel. Graysen lhe passava a falsa segurança e a imagem de ser perfeita, enquanto com Azriel, era algo como ser vista através de um espelho, de algo falso, mas com Lucien, ela se sentia confiante, forte, brilhante e real. Ele a olhava como uma mulher de verdade, e aquilo era tão assustador enquanto provocante.

Ela ainda se olhava no espelho quando ouviu algo cair e se lembrou de Lucien, e enquanto, sem esperar, foi até lá.
Ao chegar na porta de seu banheiro, bateu na porta, nervosa.

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