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O restante do dia havia se passado rápido como o costume. Conversar e então, já era noite. Após dormirem juntos e tomarem café da manhã, Elain passou o dia ajudando Lucien, e assim que terminaram, ela preparou o almoço e limpou o escritório, enquanto ele sozinho, conseguiu arrumar o encanamento da pia do banheiro e do chuveiro. Assim que terminou o último retoque do escritório, ela sorriu orgulhosa para o lindo trabalho que havia realizado.

Havia ficado muito melhor do que ela havia previsto. Ela tinha conseguido lixar e pintar as três mesas e a estante sozinha. Todas ali em um tom de marrom natural. As janelas ela mesma havia retocado com o branco, e nas paredes, a tinta cinzenta se encontrava completamente intacta.

Aos lados da porta, se tinham as outras duas outras mesas. Essas, com gavetas vazias e sem nada encima, exceto dois jarros verdes iguais. Ao lado esquerdo, se tinham um pequeno baú e acima dele, um grande espelho com detalhes amarelos. Ao lado, três estantes e na mesa, alguns tinteiros e penas, todas novas com pesos de papéis, velas e lamparinas. Atrás da cadeira de couro, uma grande janela com uma cortina branca com flores roxas. Ao lado, uma grande estante com livros e potes, e do lado, um sofá pequeno que após a mesa direita, levava para a porta. O lustre de pedras pequenas e o tapete amarelado limpos como o restante do lugar.

Ela estava tão distraída, que mal havia visto Lucien chegar. Ele estava suado, molhado e tão orgulhoso de seu trabalho quando sua parceira estava do dela.

- Ficou maravilhoso!

Ao ouvir a voz dele, ela se virou sorrindo e ao ver o estado dele, seu sorrio caiu e seu coração acelerou, calor passando por todo seu corpo.

Ele estava maravilhoso, o escritório poderia queimar inteiro que ela não se importaria com nada daquilo. Os cabelos dele estavam úmidos pela água que havia respingado nele, ele estava sem a casa, o peitoral também molhado e as calças eram as uni as coisas secas. Suas mãos tinham luvas amarelas, uma de suas bochechas estava suja de graça e na mão direita ele carregava uma caixa de ferramentas vermelhas.

Ao ver que era a causa das bochechas rosadas de sua parceira, uma confiança inesperada tomou conta de Lucien e ele então sorriu para ela. Não um sorriso doce e apaixonado como sempre dava a ela, mas um sorriso forte, sarcástico, único.

Um sorriso Lucien vindo do próprio Lucien.

Ele então se aproximou lentamente, passando a mão livre entre os cabelos, a olhando nos olhos, um coelho sendo encurralado por uma raposa. Uma raposa faminta por ela. Ela já estava encostada na mesa quando ele quase colou seus corpos,
A caixa de ferramentas foi posta na mesa e ele se aproximou ainda mais, a puxando um pouco mais para perto, olhando em volta e então voltando a encarar sua parceira com mais intensidade.

- Você fez um trabalho maravilhoso, meu docinho.

As bochechas de Elain ficaram rosadas e Lucien sorriu mais.

- Ah, por que a vergonha? Não me diga que você não sabe o quanto é doce.

Ela não respondeu e ele então colou seus corpos e eles ficaram frente a frente.

- Você é a coisa mais doce que eu já provei.

Dito isso, Lucien beijou sua parceira. Algo forte e intenso, e ela o retribuiu assim que foi feito, e então, ele deixou a batalha mais lenta e finalizou com um beijo estalado nos lábios dela. Ele então se afastou, ainda de frente a ela quando disse:

- Eu tenho que ir. Preciso de um banho... Porém se quiser me acompanhar, você sabe. Sua companhia é sempre bem vinda, minha Elain...

Ele saiu e ela precisou se sentar. O calor dominando seu corpo, o perfume de seu parceiro entrando pelo seu nariz e pulmões.

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