Os dias haviam se passado como o normal, e para a felicidade de Lucien, o normal havia se tornado bom. Trocava cartas diariamente com sua amada, trabalhava fervorosamente como o de costume e em geral, se sentia bem.
Em uma manhã, Vassa havia pego seu relatório e observações para a festa de Rua em comemoração ao dia da Deusa do amor, e então, após ler tudo, o dispensou.
- Tudo bem, Lucien. Pode ir embora, eu consigo daqui.
Lucien a olhou sem entender.
- O que? Por quê? Eu quero ajudar.
- É, mas eu quero muito resolver isso sozinha porque já terminei tudo. Então, pode ir!
Vassa deu as costas e foi embora. Conhecendo o amigo com conhecia, sabia que ele falaria por horas os porquês de querer ficar e ajudar. Lucien, desarmado, sentiu uma luz brilhar quando se lembrou de que na última carta enviada de sua parceira, ela dizia estar em casa, arrumar algumas coisas e aquilo fez Lucien se animar.
Ele então, pegou os documentos que precisaria resolver no dia seguinte e atravessou para seu quarto. Lá, fez as malas e guardou os documentos junto a algumas penas e tinteiros lacrados.
Após descer, foi direto para a cozinha, onde começou a cozinhar.
Bom, Lucien não era tão bom na cozinha, mas se esforçou o suficiente para aquela refeição sair pelo menos saborosa. Batata amanteigada, arroz e carne bem passada. O vinho era de ótima qualidade e a sobremesa era uma torta de groselha que ele havia comprado, porque bem, doces não eram seu forte.
Ele tinha comprado em Fred, o amigo de Elain e ele ficou muito feliz ao ser recebido como um amigo. Com um braço, tapinhas nas costas e perguntas do cotidiano, como:
- Como você está? E a vida? Toma cuidado, o sol ultimamente anda quente, passe protetor!
Ele perguntou de volta e como sempre, Fred havia sido simpático como a anos, ninguém era.
Ao chegar na casa de Elain, seus pensamentos foram para longe de Fred ao vê-la. Ela havia começado a montar uma cerca e apenas uma parte estava pronta, porém, ela nesse momento se encontrava no chão, ao lado da casa, arando a terra, um livro apoiado na parte alta da cesta, as mãos nuas na terra. O cabelo coberto por um chapéu grande, o rosto suado e o corpo coberto por uma camisa para sol, um macacão cor de rosa e sapatos velhos.
Havia um pouco de terra em seu rosto e ela parecia exausta, mas estava linda.Ao vê-lo passar pela cerca incompleta, ela se levantou imediatamente e deu passos a frente um sorriso gentil e saudoso iluminado seu rosto e pelos Deuses, foi ali.
Foi ali que Lucien entendeu que estava completamente rendido de amores por sua parceira e que não a deixaria independente de qualquer coisa. Ela falava algo, mas ele não ouvia nada. Apenas via a boca dela se mexer e a observava junto a paisagem. O sol brilhando sobre ela, os raios de sol em seus cabelos e os olhos brilhando. Os lindos olhos de sua parceira brilhando por ele.
- Oi, que surpresa maravilhosa! Desculpa, eu não posso te abraçar, porque estou imunda de terra.
Ela se sentia uma tola.
Estava coberta de suor e terra, usando trapos enquanto o macho mais lindo de todos estava diante dela. Seu parceiro.Usando um casaco escuro, calças discretas e uma camisa social com gravata, ele parecia algo entre um Lorde e um Feérico superior.
O sol brilhava em seus lindos cabelos ruivos, banhados pelo sol, enquanto seus olhos fitavam seu rosto corado, suado e sujo de terra.Ela não soube ao certo se ele ouviu sua última fala, mas se ouviu, não deu atenção, pois se aproximou dela, a ergueu com os braços em sua cintura e beijos seus lábios.
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Corte de Luxúria e Segredos
FanfictionCom um erro tudo pode mudar para Elain Archeron e Lucien Vanserra. As vezes, tudo só precisa de um empurrãozinho, ou no caso deles, um pouco de esclarecimento. Após verdades serem ditas, amizades são celadas e parcerias aceitas, mas, a paz não dura...