'18'

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Soraya Thronicke...


_Cuidado Simone, olha a cabeça, abaixa_ falei com calma.

_Certo mamãe_ falou brincando.

_Deixa eu colocar o cinto_ Janja olhava toda a cena sorrindo.

_Do que você tanto rir, Janja?_ Simone perguntou.

_É que vocês são lindas assim_ falou.

Entrei no carro de Janja, ficando no banco de trás, coloquei o cinto, e pus as mãos sobre a coxa, Janja entrou e deu partida no carro, indo direto pro prédio que Simone mora.

Percebia os olhares, e até mesmo da Janja, pelo retrovisor, baixei minha cabeça, comecei a rolar a minha aliança no dedo, sorri ao lembrar do dia do nosso casamento.

_Ei soso, tudo bem?_ Janja me tirou dos meus devaneios.

_Está sim, estou cansada_ fui sincera.

_Anjo, minha presença está incomodando você?_ dessa vez foi Simone que perguntou.

_Acho que eu não estaria aqui se você estivesse me incomodando, sisa_ eu estava sendo sincera.

As duas amigas se olharam rapidamente, vi Simone soltar uma lufada de ar, encostou a sua cabeça na janela, o silêncio pairou.

_Estão entregues, senhoritas Thronicke Tebet_ brincou Janja.

_Deixa eu te ajudar_ falei, já saindo do carro.

Abri a porta pra Simone, tirei seu cinto, pedi pra ela segurar em meu ombro, colocou sua perna direita primeiro pra fora, e tomou impulso para sair.

_Obrigada amor_ agradeceu.

_ aqui soso, a chave_ me entregou.

Disse que não iria subir porque precisaria ir pro seu trabalho, pois já estava atrasada, me deu a mochila que estavam algumas roupas da Simone, que ela usou nos dias que passou no hospital, uma semana, na verdade.

_Vem, vamos subir_ agradecemos a Janja pela ajuda, e ela saiu dali.

Subimos as escadarias, caminhamos até o elevador, entramos, apertei para o nosso andar, e as portas se fecharam.

_Está sentindo sono?_ perguntei.

_Um pouquinho _ respondeu.

Ficamos em silêncio novamente, olhei a receita que de dois remédios que foram passados pra ela, por dores que ela viesse a sentir, precisava comprar ainda hoje.

_Entra amor_ abri a porta, lhe dando passagem.

_Ei tete_ Simone chama a deusdete assim as vezes.

_Oi meu amor_ ela abanava o rabinho, toda feliz.

Só agora, depois de um mês, que estou vendo a minha filhinha, já que a mesma não quis ir comigo quando eu sair daqui.

_Quer um banho agora, ou depois?_ lhe olhei.

_Acho que vou tomar um agora, pra descansar depois_ falou.

Você é minha (simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora