Soraya Thronicke...
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_Simone, relaxa meu bem, vai dar tudo certo meu amor_ coloquei as mãos em seu ombro.
_Estou nervosa, e se eu não..._ ela já ia repetir a mesma coisa.
_Você vai conseguir Simone, tente relaxar um pouco, hum?_ me sentei ao seu lado.
Era terça à noite, amanhã a Simone teria um encontro para uma reunião com alguns empresários do mesmo ramo dela, de lojas bem conhecidas de suas respectivas cidades, como o Rio, São Paulo, Minas Gerais, e mais duas que não tô lembrada agora.
_Vamos comer alguma coisa_ chamei ela pra cozinha.
Preparei uma macarronda e almôndegas, fui rápido no mercadinho comprar uma coca cola, uma vez no mês não faz mal, acabou que demorei um pouco mais, conversando com o senhorzinho do comércio.
_Tá bem, agora vou indo seu João_ assim era o nome dela.
_Vá com cuidado, senhorita_ ele sempre tão simpático.
_Pode deixar, mande lembranças para dona Antônia_ era o nome da esposa dele.
Deixei o carro passar, e atravessei depressa, olhei no relógio, ia dá oito ainda, Simone já devia estar puta me esperando, ah, mas eu só conversei com o seu João, ela o conhece bem.
_Soraya... er, senhorita Soraya_ alguém me chamou.
_Olá? você é o..._ era o novo porteiro?
_Sou Carlos, irei ficar esse mês na vaga do outro porteiro_ falou.
_Ah bom, muito prazer, Carlos_ me virei para sair.
_Senhorita, um momento_ chamou de novo.
Ele se abaixou atrás do balcão, tirou uma pequena caixa e me entregou, eu tava tão longe em pensamentos que nem lembrei que eram os novos livros que eu já havia pedido.
_Chegou pela tarde_ falou pra mim.
_Ah, obrigada, muito obrigada_ agradeci.
_Deixa que eu te ajudo_ correu até o elevador.
_Obrigada mais uma vez_ entrei na caixa de metal.
Ele não saiu dali, ficou até que as portas se fecharam, mas como ele soube meu nome? como soube que era eu? eu hein, bem, o que importa é que meus livros novos chegaram.
_Oi amor, voltei_ deixei a caixa sobre o sofá e caminhei até a cozinha.
_Soraya, onde você estava hein? por quê demorou?_ sabia que ela estaria zangada.
_Eu fiquei conversando um pouco com o seu João, amor, desculpe_ coloquei o refrigerante na geladeira.
Lavei as mãos, peguei os pratos e talheres e levei para a mesa, voltei até o fogão para pegar a panela e coloquei uma mão na coxa que Simone não parava de balançar.
_Relaxa mulher, vem, vamos comer_ ela já teve uma reunião assim antes, fica desse jeito.
_Vou no quarto ver uma..._ ela ia levantar.
_Para Simone, você já fez isso antes, correu tudo bem, assim será amanhã, senta_ mandei.
