SEVEN

15 3 0
                                    

Voltei, mas aquela parada, não sei se vou permanecer porque movimento nenhum, dá pra ouvir os grilos nessa estória, mas vou insistir mais um pouquinho, vem comigo!
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

...

Estávamos já jantando, só comemos besteira hoje, então não negamos nada.

MJ: Lilian, a sua comida é esplêndida! Muito obrigada pela oportunidade de prová-la.

Li: Não exagera.

Eu: É boa mesmo Lilian, só acho que alguém vai vir aqui agora só pra comer.

MJ: Não vou discordar. - nós rimos maia ainda.

Meu pai chegou, na hora, Maju se ajeitou, ela tinha um medo de conhecer meu pai, a família dela tem bem mais condição que a minha.

Ma: Cheguei, boa noite! - ele veio até a mesa, nos cumprimentar. — Olha só, vejo uma cara nova por aqui.

MJ: Oi senhor Galdino, sou Maria Julia, muito prazer. - eu pus a mão na boca pra não rir alto, ela empurrou meu ombro.

Ma: Mas quanta formalidade, nem parece a menina que manda áudio gritando pra minha filha. - não aguentei e gargalhei alto, muito alto. Ela me empurrou de leve. — Não precisa de tudo isso, é um prazer lhe conhecer, eu ouço muito de você aqui em casa.

MJ: Me diz que é bem, ela tem tendência a falar mal de mim.

Eu: Por que será?

Ma: Ela fala bem de você sim. Agradeço pelo que faz por ela, viu? - ela olhou pra mim sorridente.

MJ: Nada mais que a obrigação de melhor amiga.

Meu pai começou a fazer um monte de perguntas sobre ela, e eles se deram muito bem e eu fiquei bem feliz.

MJ: Muito obrigada por me receberem, mas eu tenho mesmo que ir, o uber já está vindo.

Li: Tudo bem, mas na próxima vem pra ficar aqui.

MJ: Com certeza, ah e eu vou aparecer mais pra arrastar essa menina pra sair.

Ma: Pode vir, ela só sabe ficar em casa.

Eu: Eu fico fazendo meus rabisco, respeitem minha arte! - brinquei.

MJ: O carro chegou, amiga. A gente se fala depois. - me abraçou. — Foi um prazer tio, tia, Tetêu - piscou pra ele que ficou sem graça.

Ma: Volte sempre.

Li: Pois é, vem dormir aqui.

MJ: Vou falar com a chata, tchau gente, obrigada. - ela foi.

Ma: Legal sua amiga, filha.

Eu: É, ela é incrível mesmo, doida, mas incrível.

Li: Adorei ela.

Eu: Que bom. Eu vou pro quarto gente, vocês se importam?

Li: Não, pode ir querida. - dei boa noite pra eles e fui pro quarto, repassei o dia já deitada na cama, ainda conversei mais um pouquinho com Maju que me chamou pra ir a casa dela no sábado.

Antes de dormir, minha mente voltou no vendedor de matte e na sua reação comigo. Será que eu fiz alguma coisa errada pra ele? Ele não é de falar, nem de sorrir ou então não comigo, mas não importa, como eu disse talvez ele estivesse num dia ruim.

Sexta a noite, decidi andar um pouco pela praia, estava a fim de fazer uns rabiscos, eu amo desenhar, era um hobbie que eu amava, ia parar no quiosque que vi no outro dia. Vesti um short jeans claro com um cropped simples de alcinha branco e um kimono longo de tecido leve na cor laranja e uma sandalia franciscana de duas fivelas, aquelas sandalinhas de Jesus, deixei o cabelo solto normal.

Já estava avisado que eu iria à praia, estava sozinha em casa, não precisava avisar ninguém. Saí com meu caderno de desenho, falei com seu Chico e fui em direção ao Quiosque Light, era bem clean com folhas de palmeira em volta, mesas em tom amadeirados.

Não estava cheio, então escolhi uma mesa e me sentei, um garçom veio me abordar pedi apenas um suco. Abri meu caderno e comecei a olhar ao meu redor pra achar uma fotografia perfeita pro meu desenho.

Roxy off

Menina da Praia ☀️🎤Onde histórias criam vida. Descubra agora