Capítulo 25

111 13 2
                                    

Clarissa's Point Of View.

Entramos no carro e ela dá partida furiosa, antes do Alex explicar por onde sairmos. Bom, espero que ela saiba sair daqui, por que eu não estava nem um pouco afim de passar mais cinco minutos nesse lugar.

— Margo? — Ela bufa irritada — O que a Junie quis dizer?

— Junie? Desde quando vocês estão tão íntimas assim? — Me olha com uma expressão irritada e eu me encolho no banco.

— Não estamos, é que todos a chamam assim e eu... — Me corta.

— Eu sou uma idiota — Bate com as mãos no volante com força.

— Ow, ow, ow, calma lá — Tento amenizar — Só não mata a gente antes de chegarmos em casa — Peço.

— Quer saber? Nós vamos pra balada — Diz virando a esquina.

— O quê? — Pergunto surpresa  — Você ficou maluca? A gente tem aula amanhã.

— Foda-se a aula Clarinha, eu preciso beber — Ela para em frente a primeira boate que encontramos.

— Você só pode estar doida, eu não vou entrar — Cruzo os braços — Você ao menos sabe onde a gente tá? Porque eu não.

— Eu vou me divertir, você vem ou vai ficar se fazendo de santa dentro desse carro, a gente sabe que você não é mais santa  — Tento relevar o que ela disse já que eu conhecia bem seu gênio de quando está a irritada, ela da meia volta e abre minha porta puxando o meu braço— Ah, mas você vai sim.

— Mas que porra.

Digo sendo arrastada até a entrada de uma boate que eu nunca havia ido, já que eu nunca havia ido em boate alguma na minha vida, como uma pessoa claramente desequilibrada.

[...]

Margo pagou uma nota para estarmos aqui dentro e pagaria mais uma nota tendo em vista o tanto de álcool que ela consegui-o consumir em tão pouco tempo, observo em silêncio eu precisava de uma daquelas também depois da revelação que eu tive com o pior sexo que alguém já deveria ter feito, mas eu sou a responsável daqui então tento manter minha mente sóbria.

— Quer uma Clarinha? — Sinto sua voz embargada.

— Não, e você devia parar de beber Margo.

— Nossa! — Exclama deitando a cabeça na mesa — Eu tô tão triste e apaixonada, agora eu acho que é sério e ela não me quer, tudo bem que quando ela me queria fui uma babaca com ela, mas agora tudo mudou e ela fica se fazendo de difícil.

— Mas vocês não estão namorando? — Pergunto confusa.

— Não de verdade — Choraminga— Eu não aguento mais, ela só sabe falar em você é isso é um saco sabia?

— Quê? — Suas palavras me atingem em um baque, eu travo.

— É isso, a menina que eu gosto.. — Dá uma pausa levantando a cabeça — Gosta de você.

— Quê? Como..? — Repito não acreditando.

Era impossível, a gente só briga e ela é uma idiota, eu fui uma babaca com ela e disse em todas as letras que ela iria para o inferno por ser quem era e eu não era aquilo que ela achava que eu era, eu disse para ela que não queria que não podia, toda noite que ia dormir eu rezava para Deus tirar os pensamentos que eu tinha sobre ela... e agora Margo vem com essa?

— "Clarinha pra lá" "Clara pra cá" "Ptaricinha isso" ela nem tem um apelido fofo para mim, e te chama de todos — Imita a voz da Juniper — Eu não aguento mais, eu só queria namorar com ela, acho que esse "teatro" — Ergue os dedos fazendo aspas — Serviu só pra me iludir mais.

— Calma, é só vocês conversarem e.. — Ela bate com a mão na mesa.

— NÃO — Grita, se não fosse a musica alta os outros olhariam o escândalo, o barmen já deveria estar acostumado com isso já que não se moveu— Por que a Rose não deu espaço pro Jack? Tinha bastante espaço pros dois, e o DiCaprio morreu no mar gelado... e caramba, o amor é uma droga.

— O Jack morreu, o Dicaprio ta vivo. — Digo com meio sorriso dando alguns tapinhas na suas costas — Está na hora de voltar, não acha? — Pergunto e ela me abraça, mesmo tendo passado tinha minutos.

— Vamos embor..— O vomito corta sua fala e acerta diretamente em minha blusa.

— Senhor, me dê paciência pra mim não cometer um homicídio essa noite — Suspiro — Eu vou no banheiro limpar isso, fica aqui, ok? — Concorda com a cabeça.

[...]

Marco dorme um sono tranquilo no colchão no chão, eu me recusava a dormir com ela tão bebada ao meu lado, eu dei uma banho rápido nela e tomei um logo em seguida, não foi complicado para pegar no sono já que estava exausta dês de ontem, acho que mais psicologicamente do que fisicamente, toda essa história com Juniper estava consumindo cada neurônio ainda útil do meu cérebro.

As questões eram as mesmas, de vez em quando Deus de vem quando meus pais, a vida que ela levava o peso do sobrenome que ela carregava, eu não queria admitir mas eu realmente desejava dez vem em quando que Juniper fosse um garoto, poderia continuar com o lance das gangues e das drogas e da maconha em excesso, mas seria mais fácil lidar com esse problemas sem lidar com o problema dela ter o mesmo gênero que o meu.

Eu sei o qual homofóbica eu estava parecendo agora, mas meus costumes meus ideias cresceram comigo e era fácil eu aceitar quando era com os outros, cada um tinha sua vida e eu aprendi que não tinha direito algum em interferir nas decisões dos outros, como nunca interferir nos de Margo, ela era minha melhor amiga e tinha essas inclinações.

Eu queria conversar com ela sobre, mas eu não podia por que envolvia alguém que ela tentava desesperadamente amar só para não ficar sozinha de fato, era triste mas era a verdade.

Eu queria rezar queria pedir mais uma noite para que Deus me desse a bom senso de tirar esses pensamentos horríveis da minha cabeça, mas eu não podia, por que eu realmente estava começando a gostar de ter tais pensamentos com essa garota específica, essa garota que andava roubando minhas noites de sono e minha sanidade pouco a pouco eu me tornava de Juniper e ela mal sabia a verdade.

Eros Onde histórias criam vida. Descubra agora