Capítulo 35

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Juniper's Point of view.

— Bem vinda as suas terras, pirralha — Nick diz quando eu e mais uma galera descemos do caminhão, o sol estava quente e eu levantei os óculos escritos sobre meu rosto tentando me proteger das ondas de calor que me agrediam,

— Vai falar que esse não é lugar para mim? — Pergunto acompanhando o garoto pela plantação.

— Não, qualquer lugar que julgue para você é seu, além do mais tá no sangue — Diz apontando para meu braço — Sangue de Johnson, nasceu para plantar maconha e destruir vidas, não é atoa que seu carro chefe é a maconha.

— E como eu to me saindo?

— Você tá.

— Aê galera, silêncio — Um cara alto segurando uma espingarda diz — Sabem bem como funcionam, e para os novatos é só pegar o bagulho, enfiar no saco e mandar para cede, depois se sobrar tempo começamos o plantiu e todos tão liberados para uma rodada por conta do patrão no Olimpo. Então bora moçada, tô de olho, nenhuma gracinha, e passem pela revista — Explica, depois liberam todos para o serviço braçal.

Eu respiro fundo, talvez eu devesse ter aceitado o estágio de ajudante de traficante na área administrativa.

[...]

Quando Bay disse que colher maconha era difícil, eu não acreditei mas vendo agora eu vi a dificuldade, além de estar precisando urgentemente fumar um daquele troço, já estava toda suja e o sol não ajudava, eles não podiam ser igual aqueles traficantes que colocam na estufa e pronto?

A agitação começou depois de uns minutos, Nick olhou para mim e depois para o supervisor que se levantou armado junto com mais três, isso não parecia coisa boa.

— É os capa? — Pergunto.

— Eles não veem por aqui, é pior que isso.

— Só continuem galera — Alguém grita.

Mas ninguém queria continuar depois do tiro, todos se olharam quando um caminhão passou pela estrada e dele desceu uns dez caras armados Nick puxou minha mão enquanto corríamos no meio dos gritos e tiros e mortes ao nosso redor, eu está estática sendo puxada pelo garoto, aquilo não podia ser verdade.

— Vamos, eu conheço um lugar — Ele corre até metade da plantação estava guardada, e abre um pequeno alçapão — Entra.

— Vamos — Puxo ele junto.

— Não posso, tenho que ir para lá — Solta minha mão.

— Ficou maluco? Além de não termos armas, estamos claramente em desvantagem por aqui.

— Eu fiz um juramente Juniper.

— Foda-se o juramento, se acredita de boa, mas agora eu tô mandando entrar na porra do buraco, eu sou uma Jonhson e eu digo que se foda seu juramento.

— Não a certa — Ele pega uma arma de baixo de um barril e carrega — Assim que entrar vai ter um comunicador direto para sede, sua casa, aperto o botão dois, significa emergência.

— Nicolas por favor não vai, eu tô mandando porra — Puxo seu braço.

Ele puxa o braço, eu conhecia Nicolas das poucas vezes que ele ia em reuniões na minha casa, ele não era nenhum figurão ou líder ele era só o Nick um cara engraçadinho que eu gostava de conversa quando nós víamos mas agora ele seria o Nick morto que eu não iria mais rir das piadas.

— Foi mal, nos vemos por ai pirralha— Ele me empurra com força e fecha o lugar, eu caio no chão com um baque silencioso, minhas costas doem e eu preciso tossir com a poeira que sobe, consigo ver o que ela acontecendo através das paredes e dos buracos de bala que lá estão, respiro fundo quando vejo a sombra de alguém se aproximar.

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