Juniper's Point Of View.
O parque estava quase vazio uma hora dessas porque a maioria das crianças estavam na aula, Sant correu até um dos escorregadores, e Clara e eu ficamos observando de longe.
— Tá acontecendo alguma coisa, Junie? — Clara pergunta entrelaçando nossos dedos.
— Tá tudo de boa. — Digo com meio sorriso. — Por que não tá no colégio?
— Minha mãe me buscou, os pais de London foram em casa conversar.
— Tá falando sério? — Pergunto surpresa.
— Tô falando, sabe, é muita cara de pau eles falarem algumas coisas como se o filho deles fossem perfeito. E minha mãe aceitar aquilo numa boa. — Respira fundo.
— Talvez devesse contar para eles o que London fez.
— Se eu contar, ele conta da gente e isso não me parece uma opção..— Ela pensa um pouco. — Pelo menos não agora.
— Eu não estou te pressionando a nada patricinha, e sim se meu irmão e seu pai descobrirem estamos fodidas. —
— Deveríamos fugir. — Clara diz inesperadamente.
— Não teria coragem.
— É sério, juntamos nossas coisas o velho impala e metemos o pé de River. O mundo é grande poderíamos, ir para qualquer lugar.
— E para onde iriamos? — passo as mãos sobre seu pescoço. — Se tivéssemos granas e não um irmão traficante é um pai policial.
— Tem o Brasil eu sempre quis conhecer o Brasil, também tem Xangai, aliás eu tenho uma amiga de lá... O nome dela é Lesth Shesven.
— A modelo? Como conhece ela? — Vou me aproximando aos poucos da sua boca.
— Meu pai me levava em modelos da Victoria's Secret, e um dia a conheci em um coquetel... — Ela para de falar quando eu dou um selinho inesperado nela.
— Quer dizer que conhece Kendall Jenner também? — Pergunto me afastando um pouco, ela fica vermelha.
— Só de vista, por quê?
— Ela é meu crush até hoje.
— É sério, devíamos ir embora daqui, fugir do preconceito desse povo e da guerra que nasceu.
— Eu iria adorar, de verdade. — Olho pro Santiago que corria livremente pelo parque, sinto saudades dessa época, quando ainda me permitiam ser feliz.
— Então, por que não fazemos?
— Precisamos de muita grana para isso, e eu não posso mexer na minha conta até eu ter dezoito.
— Faz dezoito ano que vem.
— É muito tempo.
— Então damos um jeito, nem que nós roubamos um banco e depois fugimos. — Ela aperta meu braço esperançosa.
— E o Sant?
— Voltamos por ele, ou o levamos também. — Ela sorri contra meus lábios
— É uma boa ideia. — Comento dando pequenos beijos no seu rosto — Minha irmã adoraria a ideia do sequestro.
— É uma ótima ideia. — Ela agarra meu pescoço e me abraça com ternura.
Atrás dela vejo Brazil de longe, o garoto estava sentado no banco acenando para mim.
— Patricinha, pode olhar o Sant por um momento?
— Onde vai? — Ela desconfia se afastando, aperto seus dedos.
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Eros
RomanceClarissa Smith tinha a vida perfeita ou pelo menos todos achavam que sim, tinha um namorado bonito uma família boa uma típica garota da igreja, mas tudo muda quando Juniper Jhonson que é o oposto dela decide aparecer em sua vida. Uma garota que vem...