Capítulo 37

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Juniper's Point Of View.

O parque estava quase vazio uma hora dessas porque a maioria das crianças estavam na aula, Sant correu até um dos escorregadores, e Clara e eu ficamos observando de longe.

— Tá acontecendo alguma coisa, Junie? — Clara pergunta entrelaçando nossos dedos.

— Tá tudo de boa. — Digo com meio sorriso. — Por que não tá no colégio?

— Minha mãe me buscou, os pais de London foram em casa conversar.

— Tá falando sério? — Pergunto surpresa.

— Tô falando, sabe, é muita cara de pau eles falarem algumas coisas como se o filho deles fossem perfeito. E minha mãe aceitar aquilo numa boa. — Respira fundo.

— Talvez devesse contar para eles o que London fez.

— Se eu contar, ele conta da gente e isso não me parece uma opção..— Ela pensa um pouco. — Pelo menos não agora.

— Eu não estou te pressionando a nada patricinha, e sim se meu irmão e seu pai descobrirem estamos fodidas. —

— Deveríamos fugir. — Clara diz inesperadamente.

— Não teria coragem.

— É sério, juntamos nossas coisas o velho impala e metemos o pé de River. O mundo é grande poderíamos, ir para qualquer lugar.

— E para onde iriamos? — passo as mãos sobre seu pescoço. — Se tivéssemos granas e não um irmão traficante é um pai policial.

— Tem o Brasil eu sempre quis conhecer o Brasil, também tem Xangai, aliás eu tenho uma amiga de lá... O nome dela é Lesth Shesven.

— A modelo? Como conhece ela? — Vou me aproximando aos poucos da sua boca.

— Meu pai me levava em modelos da Victoria's Secret, e um dia a conheci em um coquetel... — Ela para de falar quando eu dou um selinho inesperado nela.

— Quer dizer que conhece Kendall Jenner também? — Pergunto me afastando um pouco, ela fica vermelha.

— Só de vista, por quê?

— Ela é meu crush até hoje.

— É sério, devíamos ir embora daqui, fugir do preconceito desse povo e da guerra que nasceu.

— Eu iria adorar, de verdade. — Olho pro Santiago que corria livremente pelo parque, sinto saudades dessa época, quando ainda me permitiam ser feliz.

— Então, por que não fazemos?

— Precisamos de muita grana para isso, e eu não posso mexer na minha conta até eu ter dezoito.

— Faz dezoito ano que vem.

— É muito tempo.

— Então damos um jeito, nem que nós roubamos um banco e depois fugimos. — Ela aperta meu braço esperançosa.

— E o Sant?

— Voltamos por ele, ou o levamos também. — Ela sorri contra meus lábios

— É uma boa ideia. — Comento dando pequenos beijos no seu rosto — Minha irmã adoraria a ideia do sequestro.

— É uma ótima ideia. — Ela agarra meu pescoço e me abraça com ternura.

Atrás dela vejo Brazil de longe, o garoto estava sentado no banco acenando para mim.

— Patricinha, pode olhar o Sant por um momento?

— Onde vai? — Ela desconfia se afastando, aperto seus dedos.

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