Capítulo 33

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Clarissa's Point Of View.

Juniper acorda assustada novamente estava pingando de suor apesar de todas nossas tentativas de deixar aquele quarto um gelo, nada funcionava ela sempre acordava pingando e desnorteada, quando conseguia dormir, quando dormíamos juntas ela tinha um sono agitado quando dormíamos separadas ela não dormia nada.

— Tudo bem? — Pergunto sonolenta ligando o abajur, ela me pula com faculdade.

Estávamos na quinta feira e já era o quinto surto dela, os meninos me falaram que era por conta da abstinência e que ia passar logo mas não passou, só piorou e eu não podia fazer nada em relação a isso.

— Tá sim amor, por quê não volta a dormir? — Ela caminha até sua escrivaninha e e começa a mexer em algumas coisas sem parar, ela nunca me chamava de amor.

— Junie, sabe que acabou — Digo em um tom carinhoso tentando não a deixar mais estressada, me levanto da cama e noto que Margo nos encarava preocupada — Você usou o extra a dias atrás volta para cama por favor já é tarde.

— Eu não tô com sono, eu só preciso da erva.

— Eu sei, mas não tem — Coloco a mão em seu ombro ela fica tensa.

— Acho melhor eu buscar os meninos — Margo diz se levantando.

— NÃO — Juniper grita mas depois diminui o tom quando nota a expressão no rosto de Margo — Não, eu só preciso de um ar, tá bom? Um ar, aqui tá muito quente, é sufocante.

— Tá fazendo uns três graus.

— Olha para mim — Puxo seu rosto para mim com as mãos — Tá tudo bem, não precisa de mais tá bem?.

— Eu já volto — Ela dá um beijo na minha bochecha, saí do quarto descalça e ainda de pijama pelos corredores ela nunca tinha feito isso antes.

— Devo chamar os meninos — Margo pergunta.

— Sim, manda uma mensagem, vou atrás dela — Digo colocando a jaqueta da garota sobre os ombros e calçando minhas pantufas. Margo faz o mesmo e liga para Bailey, em alguns segundos nós quatro estamos atrás de Juniper.

Eu tentei não beber em situações como essa, já tava virando rotineiro, mas era impossível me manter calma com Juniper naquela situação, o gole da vodka barato corta minha garganta quando jogo a garrafa no lixo, Alex me encara.

— Ela vai ficar bem... não deveria — Começa mas eu o interrompo.

— Eu nunca a vi assim.

— A maconha é o que mantem ela na linha, parece estranho mas Junie é muito ansiosa,hiperativa e explosiva isso dava uma calmada nela — Bay explica.

— Gente, acho que ela tá por aqui — Margo aponta para o banheiro feminino, com a única cabine trancada.

— Junie, tá tudo bem? — Alex pergunta batendo na porta, nenhuma resposta.

— Junie, consegue abrir para gente? — Bailey pergunta ainda no silêncio da garota.

— Juniper ei, a gente vai entrar tá? — Alex diz indo para outra cabine e entrando por baixo em alguns segundos ele destranca a porta e o vejo segurando Juniper por de baixo dos ombros.

Juniper estava com os olhos fechados parece que mal respirava, meu coração acelera e tenho vontade de beber mais e mais para tentar tirar aquela imaginem da cabeça, coisas acontecendo rápido de mais eu não esperava por isso.

— Porra — Bay pega a garota pelo outro lado.

— Isso é cocaína? — Margo pergunta assustada, fazendo a mesma pergunta que eu estava querendo fazer.

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