Capítulo 49

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Juniper's Point Of View.

QUATRO DIAS ANTES...

— Já se detestou o suficiente? — Meu pai pergunta quando desço as escadas, estavam todos na mesa prontos para o café da manhã exceto Júpiter, eu até preferia o Júpiter do que meu pai então eu já sabia que meu dia seria um inferno.

— Quando vai voltar para seu habitat natural? — Pergunto pegando minha xícara e enchendo de café sem olhar para seus olhos.

— É tão sensível com sua família Juniper. — Diz irônico.

— Não é meu pai. — Rebato. — Não depois que matou minha mãe, junto com meu sogro e me obrigou a matar uma pessoa. — Reviro os olhos e bebo o café em gole só. — Ofícios de vida.

— Quanto mais nutre esse ódio por mim mais se afunda, querida. — Da de ombros. — Nasa vai mudar eu vou continuar sendo seu pai.

— Tá tudo bem, eu não me importo tanto, além do mais hoje é meu dia de sorte. Quem sabe quando voltar veja seu filho favorito, amo vocês família.

Faço o sinal da paz com dois dedos da mão e saio para fora, onde meu primo estava esperando dentro do carro junto com muitos outros, mais um dia de negociações com Sebastian Keyman mais um dia de tortura, meu estômago havia voltado ao normal a dois dias atrás mas eu ainda não conseguia comer nada então eu me intimida de café é maconha.

— Tá pronta pra isso? — Hércules pergunta entregando minha arma, encaro o objeto é minha mente rejeita aquilo, mas não meu corpo meu corpo sabia do que precisava, pego a arma enfiando atrás da calça sem olhar muito.

— Que fofo, fala isso como se eu tivesse alguma opção, já  estou no inferno mesmo tô abraçando o diabo.

— Pelo menos seu humor voltou.

— Isso não é humor Hércules, isso aqui é eu sustando internamento e mostrando da forma que da que no caso é com ironia, agora toca para o inferno motorista.

Mick revira os olhos enquanto Hércules dirigi acompanhando toda comitiva o que era uma galera para uma simples negociação, eu fiz minha parte como prometi a Brazil mas obviamente não deu em nada, eu não tinha dinheiro, respeito a confiança dele nada, eu não tinha nada além de uma arma e um sonho.

Demoramos cerca de meia hora para chegar lá, e quando descemos eu não vejo as drogas e sim armas e mais armas no porta malas.

— Vai com calma com essa é quase maior que você — Ele diz me entregando um rifle.

— Não eu já tenho uma.

— Pega — Ele coloca no meu peito e eu seguro a arma pesada colocando no meu ombro, ela me machuca, e eu tenho vontade de vomitar de novo.

— Cadê as drogas?

— Acho que já sacou o que está acontecendo aqui. — Hércules diz.

— Vamos matar eles? — Pergunto com incerteza.

— Os homens deles, não ele. Keyman ainda é uma figura pública, não queremos ele morto. — Ele carrega a arma. — Agora lembre-se de se proteger e não morrer.

— Hércules eu não tô pronta para matar mais gente.

— Pirralha — Ele para na minha frente o olhar banhado de compaixão e pena, ele segura com firmeza — Fica fora do caminho e atira no chão em qualquer lugar, não precisa acertar alguém ok? só fica fora do caminho e finge que sabe o que tá fazendo.

Concordo desesperadamente com a cabeça me juntando com os homens e mulheres que ficam de frente a frente com os Keymans que chegam logo, minhas mãos estão tremendo e mesmo assim Júpiter insiste em me colocar do seu lado, seguro com força, era fácil notar o meu desespero, mas eu também sabia que os Keymans estavam com medo por que nem notaram que eu estava ali.

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