Capítulo 30

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Clarissa's Point Of View.

Segundas parecia realmente pesadelos pelos olhos de qualquer ser humano da minha idade ou de qualquer idade, nos adolescentes enchíamos a cara íamos em festas e passávamos o fim de semana todo com uma dor de cabeça insuportável sem conseguir lidar direito com a pressão que uma segunda feira trazia, eu gostava de pensar que com segundas feiras vinham novas oportunidades, ou começávamos a semana bem ou destruímos qualquer chance de um fim de semana instável.

Eu não gostava da solidão, eu odiava a solidão, ultimamente por um ímpeto que eu mal entendia comecei a tentar driblar esse sentimento roubando os uísques caros que meu pai guardava em seu armário o álcool ajudava a dormir e com a ressaca eu andava lidando muito bem para alguém que só bebia o vinho da igreja.

O que me deixava pior que nas segundas feiras eram os domingos, meu pai nunca estava em casa depois do horário do culto e eu até poderia agradecer por isso mas ainda estava sozinha, ter minha mãe presente era como não ter, ela não falava comigo ela sempre estava presa no mundinho de Catarine Smith e eu não podia fazer nada em relação a isso, a muito tempo eu havia desistido de competir com seus caprichos por atenção.

E também tinha os cultos, eu gostava de ir a casa de Deus de rezar no altar e agradecer e pedir coisas que eu sabia que ele não poderia fazer, mas as coisas ficam meio obsessivas quando preciso passar o domingo todo dentro da igreja, em cultos, palestras... como se essas pessoas não tivessem vida, e eu duvidava que tinham além de se mostrarem fiéis perante a Deus aos outros, já que todos nós sabíamos que ninguém ali realmente estava na casa de Deus para agradecer.

— Estávamos pensando em te introduzir mais na comunidade — Ela dizia sem parar concordo tomando um pouco de vodka de dentro da garrafa florida, o gosto era melhor do que aquela conversa — Jonah disse que estão precisando de alguém para cuidar da fé dos jovens, você sabe como anda a cabeça dessa molecada hoje, só pensam em sexo e dinheiro, agradeço todo dia por Deus ter me dado uma garotinha tão especial quanto você.

A garotinha especial que estava gostando de uma garota e enchendo a cara dês das seis da manhã dentro do culto, que exemplo ótimo Clarissa Smith estava dando para nova geração.

— Se você diz — Respondo apoiando a cabeça no vidro.

— Sim Clarissa, eu já dei seu nome, talvez que consiga te tirar da escola na parte da noite às quartas... seria ótimo.

Caterine não conseguia superar o fato de que em dois anos eu iria embora daquela cidade infernal, e ela não podia fazer nada a respeito já que até meu pai concordava comigo, isso a enfurecia por isso ela sempre tentava pelo pior caminho o da negação, foi a mesma coisa quando papai a traiu.

Catarine desce do carro interrompendo nossa conversa maravilhosa, ela sai ajeitando os cabelos loiros volumosos e com um jeito manda eu descer também, respeito fundo errando a maçaneta umas duas vezes antes de conseguir ficar de pé e tentar manter minha cara de boa moça, funciona por que ela nem nota meus olhos fechando.

- Clara, você devia ter vindo mais arrumadinha filha, olha o jeito que você se veste, parecendo um trapo com essas roupas velhas, na verdade quando começou usar esse tipo de roupa.

Aponta para o croped preto e um pouco manchado de Margo, eu precisava desesperadamente refazer todo meu guarda roupa.

— Vou mandar a Susan jogar essas roupas e fazer uma limpa no seu armário — Ei, talvez Susan me encontre lá — Tem que aprender a se vestir como uma mulher, como sua mãe  — Diz com desdém e joga os cabelos por cima do ombro retocando o batom usando um espelho e portátil.

— Só vamos logo, mãe.

— Temos que conversar sobre essa sua nova atitude mocinha, sou sua mãe quero um pouco mais de respeito vindo de você.

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