Eros

Capitulo 47

Clarissa's Point Of View.

Seis dias.

Exatamente a seis dias que Juniper não vinha à escola novamente e não me mandava mensagens e não me ligava nem mesmo para Kira. Resolvi não interferir no seu "espaço" como fiz da última vez, porem depois de seis a dias me dei por vencida e resolvi conversar com a Pandora, nossa mais nova professora de artes.

— Oi. — Digo, havia chagado mais cedo em sua aula só para isso, ela está arrumando suas coisas e não me olha nos olhos, isso é pelo Juniper digo a mim mesma respirando fundo.

— Olá. — Ela me dá um sorriso falso levantando finalmente os olhos.

— Eu queria saber..— Mordo o lábio inferior nervosa.

— Bem, a Juniper está bem um pouco traumatizada mas ela vai superar isso como já superou dezenas de vezes.

— Traumatizada?

— É, ela vai ficar bem, tem que esperar o tempo dela como todo mundo está fazendo, esperando o tempo da Juniper — Noto um pouco de irritação em seu tom de voz, se por mim ou pela prima eu não consegui entender muito bem.

— Sabe que dia ela volta pra escola, ou...?

— Hoje.

— Hoje?.

— É, Hércules me mandou mensagem que ela vai aparecer na primeira aula. — Vejo os alunos entrarem aos poucos, continuo parada — Ela vai vir Clarissa eu não tenho mais informações do que isso.

Aposto que ela tinha, mas com certeza não estava nem um pouco disposta a compartilhar, concordo com a cabeça e vou até o meu lugar.

Minhas atenção estava fixada na porta de madeira de carvalho escuro, qualquer detalhe me parecia interessante até o risco que estava no batente do primeiro ano quando London arremessou uma tesouro naquela direção em uma piada que saiu do controle, London eu não pensava no garoto a um bom tempo e ele até parecia ter me dado um tempo, o que era bom, muito bom.

Todo mundo entra menos a Juniper, fico ansiosa bato meus pés no piso de madeira, Pandora não parece preocupada em ministrar sua aula, e evitar a qualquer custo me olhar, eu também não gostaria de me olhar nesse momento, eu estava um pilha de nervos, se passou uns vinte minutos quando a porta se abriu de novo e Juniper entrou, ela estava diferente eu sentia isso no seu caminhar e o fato de que pela primeira vez na minha a gravata estava certa em seu pescoço, isso não parecia um bom sinal.

— Desculpa o atraso — Fala para a prima.

— Tudo bem, sente-se, por favor. — Diz apontando para carteira vazia, Juniper concorda e caminha até lá sem olhar para mim nem ao menos um sorriso, foram seis dias era como se ela estivesse morta.

E agora ela estava ali na última carteira viva e presente mas não parecia tão presente assim.

[...]

Enquanto sirvo meu almoço, London e seus amigos idiotas aparecem atrás de mim, tento dar a volta na mesa e desviar, pra evitar uma possível discussão. Mas ele me impede, e aparece na minha frente, justo quando eu disse que ele me deu paz.

— O que você quer?

— Não é óbvio? — Sorri, eu permaneço séria.

— Preciso ler seus pensamentos ou você vai falar? — Digo irônicamente.

— O baile, Clara. — Fico quieta, esperando London continuar. — Não combinamos de irmos juntos? Sua mãe até me ligou.

— Minha mãe? — Ele coloca a mão no meu ombro.