Capítulo 31

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Juniper's Point Of View.

— Então, aceitou trabalhar na plantação de maconha? Sabe que era exatamente isso que seu irmão queria, né? —Bailey pergunta enquanto caminhamos pelos corredores da escola em direção a próxima aula que acabaria com meu neurônio remanescente, se a maconha não fizesse isso antes.

— Cara, eu não posso ficar sem maconha, sabe como as coisas funcionam para mim, se eu tiver que cavar uns buracos para ganhar mais, eu faço — Digo.

— Não sabe como as coisas funcionam lá Junie, não é só colocar a semente e esperar crescer — Me olha preocupado.

— Eu não sou uma qualquer cara eu sei como funciona — Respondo.

— Não sabe nada, sabado vai saber.

— Sabe quem eu vi sábado a noite - Pergunto mudando de assunto e ele aceita a mudança mesmo me olhando com o mesmo semblante de preocupação que eu tanto odiava.

— Jack? — Supõe.

— Como sabe?.

— Eu sou um gênio, e a gente ainda conversa.

— Conversam?

— Sim Juniper, você não vai me dar sermão de relacionamento.

— Tá, eu só acho que se livrou de uma, ele continua exatamente igual em tudo.

— Seria surpreendente se ele tivesse mudado algo além do corte de cabelo, e tá tudo bem entre a gente  — Diz, ele é o Jack ficavam com frequência, mas Bay acabou se apaixonando e o Jack deu um pé na bunda dele como toda história trágica de romance adolescente — E você já superou a Clara?

— Sem Clarissa, por favor pelo menos pelas próximas cem vidas.

— Eu gostaria de...

— Avisou sim Bay, avisou mas eu não escuto ninguém além das vozes da minha cabeça.

— As vozes da sua cabeça precisam te dar conselhos melhores, isso já tá ficando chato...

— Por que não vai se foder?

— Talvez eu vá mesmo.

Dou um tapa nele e ele sorri, abro o armário e la de dentro uma carta em um envelope rosa cai no chão, me aproximo e noto a letra cursiva bonita de Clarissa.

— Falando no diabo — Meu amigo diz sorrindo.

— Esquece isso — Jogo a carta de volta no armário — Nem fodendo eu vou me envolver de novo com ela, ou qualquer menina daquele jeito, ou melhor qualquer pessoa.

— Mas é aquele jeito que você gosta — Me dá um soquinho no ombro — Quer um conselho? Abre a carta.

— Ela pode enviar uma mensagem se for importante estamos na era tecnológica, e eu também não aceito conselho de quem ainda conversa com o ex.

— Você tava com a Margo.

— As vozes mandaram.

— Vai se ferrar — Ele diz entre gargalhadas e joga os braços em cima do meu ombro e eu também sorrio — Tenho ensaio.

— Com a Clarinha.

— E a Margo.

— Não escute as vozes quando elas mandarem você se matar.

Reviro os olhos e me afasto dele.

[...]

— Finalmente nossa estrela chegou — Kira fala quando entro na sala, do lado dela tirando Clarissa e Margo mais alguns adolecentes me esperavam.

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