Capítulo 48

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Clarissa's Point Of View.

Era o dia do baile, e eu estava mais nervosa do que nunca. Menti pra minha mãe que ia com o London, e íamos nos encontrar na escola, para meu pai era impossível mentir, já havíamos passado daquela fase então nem fiz questão de desmentir quando ele perguntou se meu par era Juniper.

Chequei meu vestido e minha maquiagem no espelho mais de seis vezes, estava com um vestido azul rodado azul, porque combinava com meus olhos, como disse minha mãe, quando me ajudou à escolher, ela tinha um bom gosto eu não podia negar.

Com um salto preto no pé, e uma maquiagem bem leve, nada muito extravagante que amargo insistiu que eu usa-se. Esperava ansiosamente por uma mensagem, que me buscaria para irmos ao baile juntas. Meu pai estava sentado na poltrona da sala com um copo de uísque nas mãos ele não me olhava nos olhos o que até parecia estranho mas devido a nossa atual situação nada mais era estranho, e minha mãe perdida no seu próprio mundo em seu quarto como uma adolescente.

— Eu já vou indo, Margo está me esperando. — Aviso ninguém em particular e meu pai concorda com a cabeça.

— Se divirta filha.

— Pai — Viro para ele, e seus olhos vão até mim — Quando eu chegar eu gostaria de conversar com o senhor sobre... o álcool, acho que vai fazer bem para nos dois.

Ele encara o copo, e o deixa de lado me dando um sorriso iluminado algo que eu não via fazia um tempo, eu sentia saudades disso dos seus sorrisos.

— Eu gostaria disso, e Clarinha, você está linda, aproveite bastante.

— Obrigada.

Dou as costas para ele, era extremamente difícil ficar irritada a todo momento com meu pai, ele era a única pessoa que eu se importava de fato ou ao menos fingia muito bem se importar, então eu poderia dar outra chance para ele, tendo em vista que eu estava fazendo exatamente o que ele fez ao esconder todo esse tempo sobre Vênus da minha mãe e da família Jhonson, nenhum dos dois eram santos ou boas pessoas eu acho.

Mas eu estava prestes a mudar isso, eu iria contar para Juniper depois do baile, não importava como isso mudaria as coisas ela merecia saber mesmo isso nos destruindo, eu iria aproveitar cada segundo até não poder mais

[...]

Encaro o Impala parado na esquina com os faróis desligados, Juniper está apoiada no carro com as pernas cruzadas, a vejo pela luz da lua e imagino que ela é a coisa mais bela que meus olhos já viram, ela estava com calças sociais e uma camisa branca de botões com a gravata borboleta ajeitada os cabelos estavam curtos até o ombro, segurava uma embalagem nas mãos e sorriu para mim quando me viu.

— Agora eu sei a diferença entre bela e linda — Sussurra quando me vê.

— Você viu...

— Não crítica minhas cantadas da Disney — Ela sorri — Oi Clarinha.

Corro até ela é me jogo sobre seu corpo, ela me segura com firmeza como se eu fosse a coisa mais preciosa de todo mundo e mais valiosa seu abraço é reconfortante e eu tenho vontade de morar nele por toda a eternidade, eu moraria ali facilmente, ela beija meu pescoço e se afasta para me ver.

— Uau.

— Você também está linda.

— Isso? Kira me vestiu — Ela sorri e eu acompanho por que eu adorava o som da sua risada — Isso é para você.

Ela coloca a flor no meu pulso e eu encaro as pétalas brancas do lírio, sinfônico o aroma que sobe se misturando com o perfume de Juniper, ela beija minha mão e toca meu rosto.

— Aqui vamos registrar esse momento — Ela desbloqueia o telefone e me puxa para perto me abraçando dou meu melhor sorriso para câmera para que aquele momento seja eternizado com minha felicidade por estar com a pessoa que eu amo finalmente.  — Eu me importo muito com você Clarissa Smith.

— Eu também me importo com você Juniper.

Ela da um beijo em meu rosto e abre a porta para mim, entro e ela já está do seu lado acelerando o carro até a escola.

— Como a Lizzy está?

— Com depressão.

— O quê?

— O abandono faz coisas terríveis com nossa mente.

— E a Mads?

— Culpada, ela está disposta a pegar toda culpa do mundo para si e agora que está namorando a filha da Zoe Underhill.

— Pera como assim?

— É uma história longa, mas Madson descobriu a sexualidade com a Elizabeth formam morar juntas não deu nada certo como era de se esperar as duas surtaram, a Lizzy quase usou cocaina...

— Essa parte eu sei, mas a parte dela estar namorando a filha da Zoe Underhill.

— Eu sempre quis conhecer a Zoe quando eu era mais nova, na minha época de vício som basquete feminino...

— Agora pode conhecer.

— Verdade eu posso — Ela acelera mais um pouco.

O carro fica em silêncio por alguns segundos, eu noto como ele estava diferente dês de que nós conhecemos, ele agora tinha uma aquecedor, e no rádio tocava músicas ambientes agradáveis, não fedia mais a nicotina ou maconha e eu nem abri a janela quando entrei, tudo estava diferente e isso era assustador e esperançoso tudo junto ao mesmo tempo, um sentimento que eu não conseguia compreender de início, isso me trouxe à tona outros pensamentos.

— Então eu estava pensando na nossa fuga.

— Estava?

— Acho que devemos esperar mais um pouco, quer dizer nos vimos o que rolou com a Lizzy e a Mads.

— Não somos elas.

— Não, mas ainda somos crianças de certo ponto de vista... e eu não estou querendo dar para trás...

— Ei — Ela agarra minha mão com firmeza — Ta tudo bem ok? Eu não estou com pressa Clara, fica tranquila.

— Você não está brava?

— Eu nunca estaria brava com você ok? eu te amo.

— Eu também te amo.

Não demora muito para finalmente chegarmos ao nosso destino, caminhos até o ginásio de mais dadas, dedos entrelaçados, sorrisos bobos todo esse tipo de coisa que se vê em um casal feliz, ela beija minha bochecha, nós tiramos fotos na entrada e nos juntamos aos nossos amigos, todo mundo feliz, nada para estragar eu estava feliz, mas mesmo assim a calma de Juniper ainda me atormentava e eu não entendia o por que.

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