Capítulo 22

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Juniper's Point Of View.

Uma garota quase sem roupa vem até a linha de partida desfilando, e aponta a arma pra cima, aperto o volante entre as mãos sentindo o velho Mustang ronronar como um gatinho sobre minha mãos, meus olhos estão atentos na pista e estou pronta para acelerar.

A garota atira para cima e os carros saem em despapados, solto o pé do freio e meu corpo bate contra o banco de couro, sorrio para mim mesma sentindo a famosa sensação, eu era viciada em drogas e de vez em quando em adrenalina isso me deixava bem e eu precisava ganhar, talvez parte de mim queria ganhar pela garota que estava vendo tudo em uma área quase vip, outra parte por que eu era ótima em ganhar essas coisas, por mais que eu disse-se que nunca queria me associar a esse mundo de alguma forma eu sempre acabava me metendo em enrascadas como essa.

Como fazia muito tempo  que eu não corria estava meio enferrujada, troco a marcha e piso mais ainda no acelerador, ultrapasso dois e me concentro em continuar, por um descuido de não considerar a pista tão bem noto a curva se aproximando e acabo perdendo velocidade, alguns carros passam a minha frente e eu xingo baixinho.

Me recomponho e ultrapasso eles de novo, a corrida pode ter durado horas ou minutos eu não tinha como saber tudo que eu sabia era que eu estava na frente e teria a glória de ser de novo a pessoa mais jovem a ganhar essa porcaria, isso não afetava nada na minha vida mas ajudava no meu ego.

Por pouco tempo acho mesmo que posso ganhar, talvez até Júpiter fique um pouco orgulhoso de como sou uma ótima motorista de racha se é que isso é possível, sinto outro carro se aproximar e quando está do meu lado ele bate na lateral, o volante vida e eu saiu da pista, o carro rodopeia um pouco antes de bater contra uma árvore, meu rosto vai para frente e se choca contra o volante, sinto cheiro de fumaça e gasolina, isso não era bom, nem um pouco.

— Puta que pariu — Resmungo, eu não seria o orgulho de Júpiter e eu já previa a próxima discussão na hora do jantar, e eu merecia isso quando aceita e pedi ajuda de outro traficante.

El Diablo já havia feito negócios com minha família por um tempo foi bem próximo aos Johnsons, mas como todos os outros fez algo que enfureceu Júpiter e acabou com a pareceria em meses, mas eu ainda insistia em manter pessoas assim próximas, como Marco por exemplo.

Tento não pensar nisso, e em poucos segundos noto um carro se aproximando, a primeira a descer é Clarissa, ala tenta abrir a porta e Chicago a puxa para trás com facilidade.

Ele abre a porta e tira meu cinto com cuidado, me puxando pelo braço, resmungo de dor sentindo que o mundo estava muito claro para madrugada, ainda não era de manhã por que tudo estava tão claro?

Sou praticamente carregada até o carro dele, Clarissa acompanha com os olhos ele me puxando ensanguentado pela estrada, meu olho fica mais sensível quando uma luz em na minha direção.

— Você teve uma concussão, e sua perna tá fodida.

— Eu tô bem — Tento levantar mas ele me segura.

— Uma concussão Junie, fica parada.

— Eu to parada porra.

— Se tá xingando tá melhor.

— Juniper. — Clarissa se aproxima receosa do banco de trás do carro que estava sentada.

— Eu to bem Clarinha. — Dou um sorriso de dentes vermelhos, vejo seus olhos marejarem — Relaxa, eu tô bem — Digo, a menina me abraça, jogando os braços sobre meus ombros fico sem reação — Ai — Resmungo de dor nas costelas.

— A gente precisa ir para um hospital — Ela diz preocupada.

— Nem pensar — Chicago vai até o banco do motorista.

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