Capítulo 27

115 13 0
                                    

Juniper's Point Of View.

A semana passou em um estalar de dedos novamente, e quando me dei conta já era quinta feira e eu estava atrasada pra aula de educação física como sempre, eu já disse que à maconha me deixava levemente lenta e lesada? O box sempre foi para autodefesa não era algo que fazia com frequência eu até tentei participar do clube mas era exaustivo ter um rotina com horários e exercícios físicos, e depois da semana de folga de qualquer exercício físico eu me acostumei mal. Pulo o muro da quadra com certa dificuldade e surjo ali, como se já estivesse desde o começo, agradeço pela habilidade do professor em ficar cego quando precisava lidar com algum de nós

— Juniper Johnson — Ele me chama.

— Eu — Pergunto sentando na arquibancada tentando não parecer tão ofegante.

— Não respondeu a chamada por que?.

— É, que eu não tava prestando atenção — Mordo o lábio inferior.

— Hum, mais atenta da próxima vez, por favor — Diz marcando meu nome no livro, ele queria muito acreditar nisso, ja que minha habilidade de enganação era horrível.

— Ei, Junie — Margo vem até mim —Você tá tão sumida, saudades de você — Passa a mão sobre meu braço.

— É, eu tô sumida de você se não notou dormimos no mesmo quarto e eu evito ver você.— Desvio do seu toque.

— Eu não vim aqui com essa intensão, sabe você nem transa tão bem assim.

— Nossa meu ego — Coloco a mão no peito e me levanto — Pena que não tenho isso.

— Todo mundo tem um ego.

— O meu é inabalável deveria saber melhor — Dou uma piscadela pulando dps degraus de uma vez até chegar no centro da quadra, eu não deveria estar jogando mas eu fiquei meio entediada em ter vindo, então já que estou aqui o que pode dar de errado não é?

— Hoje vamos jogar queimada — O professor diz e uma reclamação coletiva das meninas se tornam conta — Hm, vamos ver, Juniper — Aponta pra mim, eu o olho — London — Aponta pro babaca da turma— Dois times, anda.

— Clara — Ele diz,e encarando como um certo desafio, reviro os olhos para ele enquanto começo montar meu time um a um.

E assim, ficamos com onze em cada time e o massacre começa, estava começando a achar que era pessoal para London já que a casa dez jogada dele onze era em mim, e teria me acertado mas por algum milagre divino não acertou, e eu só continue desviando só para irritar ele, já que eu não estava mais nem um pouco afim de continuar com aquela idiotice.

Faltava cinco minutos pra aula acabar, de um lado da quadra London e Thompson andavam furiosos por estarem em desvantagem numérica e do outro lado estava eu, Margo e Kira.

Dou de ombros quando pego a bola para ninguém específico e mira em direção ao meio das suas pernas, ele com certeza não esperava que por um acaso do destino ele iria tropeçar nos próprios sapatos e escorregar, tombar para trás e cair gemendo de dor com as mãos no meio das pernas.

Eu adorava o universo.

— Ah, sua merdinha — Ele se levanta e vem até a minha direção bufando, e não dou nenhum passo para tras. — O professor realmente nota dessa vez e é obrigado a interferir, Thompson também já está puxando o amigo para trás e o impedi de qualquer idiotice que ele tem em mente.

— Ei calma London — O professor diz da arquibancada vindo em nossa direção.

— Você não pode fugir de mim para sempre Juniper.

— Eu não estou fugindo de você, eu estou bem aqui — Cruzo meu braços.

— Chega vocês dois, antes que eu os mande para direção, agora London vai esfriar a cabeça um pouco, e Srta. Johnson tá dispensada direto para o quarto, sem desvios dessa vez.

— Como o senhor desejar.

Dou um sorriso irônico saindo pela porta do fundo, noto os olhos de Clara me queimarem, ela não se envolveu na briga, ela se levantou e nos encarou preocupada mas não tomou um lado, se isso era ruim ou não eu não tinha ideia.
[...]

— Margo decidiu passar a semana com a Kira — Clara avisa entrando no quarto, levanto o corpo para vê-la melhor, estava de ponta cabeça ouvindo música e lendo.

— Sabe o que eu gostaria? Se a Kira dormisse com a gente.

— Juniper. — Chama minha atenção.

— Você também gostaria, eu sei que sim.

— Não gostaria, ela é minha melhor amiga.

— Sabe, eu não entendo como vocês se tornaram amigas...

— Nos conhecemos dês de sempre, o pai do Margo é da polícia como o meu.

— Pera? O que? — Me sento na cama e ela gargalha.

— Deveria ver sua cara...

— Haha muito engraçado.

— O pai da Margo foi meu pediatra enfim longa história, nossos pais gostam de ver baseball juntos — Seu sorriso morre aos poucos e ela me encara com olhos brilhantes — Sabe nunca conversamos sobre o que rolou ontem.

— Eu te contei que meu irmão me bateu, não tem muito mais coque falar.

— Não sobre isso Junie...

— Não precisamos estragar as coisas sabe? Só deixa rolar tudo bem? — Me levanto e me aproximo dela tocando seu queixo de leve.

Eu não sabia até onde poderia ir com ela, se eu podia beija-lá quando eu quisesse já que eu queria muito poder beija-lá se eu poderia abraçar ou tocar sua mão ou só conversar, eram tantas barreiras que eu não estavam acostumada a isso, eu não gostava de relacionamentos muito antes de Margo eu tinha vontade de correr quando eu pensava sobre isso, nunca namorei de fato e eu nem sabia se isso poderia ser considerado um namoro.

— A gente pode sei lá, ir de vagar? — Tiro a mão do seu rosto mais ela segura entre os dedos ainda parados na sua bochecha — Sei que provavelmente deve ter um ritmo mais acelerado e eu não quero que mude por causa de mim mas...

— Eu não tenho um ritmo acelerado meu ritmo é mais lento que o seu, eu só finjo muito bem, eu só finjo ok? Não se preocupe com isso, não me deve nada Clara — Me aproximo e dou um beijo em sua bochecha ela cora e eu sigo meu caminho até o banheiro.

Eros Onde histórias criam vida. Descubra agora