Capítulo 29

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Clarissa's Point Of View.

Era domingo e eu estava mais uma vez sozinha em casa a solidão estava me corroendo minuto a minuto e o tédio era esmagador, Juniper continuava me ignorando desde sexta e London começou a ficar mais meloso que o normal eu odeio isso, odeio o que estou fazendo para me provar um ponto que claramente já era mais do que questionável, eu queria estar com outra pessoa mas meus preconceitos não me deixavam, e parece que meu orgulho era maior do que eu mesma imaginava o que era uma droga.

Pego o celular, talvez se eu insistisse mais um pouco eu poderia ter o que eu queria, os dois, eu não amava Londo meu nem gostava do garoto, mas minha liberdade dependia do meu relacionamento desastroso com ele.

Pode me responder por favor? Eu já mandei mais de dez mensagens.

Ela visualiza depois de minutos e ignora ficando offline.

Por favor vamos sair, o que acha? Conversar ou não conversar, só me deixa te ver um pouco

A mensagem é enviada e se passam minutos que poderiam ser horas até ela finalmente responder, sinto um alívio quando o celular apita ainda na conversa.

Junie: Onde tá pensando em ir?

Uau você me respondeu, isso é novidade pra mim. Vamos em uma festa?

Achei que queria conversar

Ou não conversar também

Tá, eu conheço um lugar... eu não deveria mas conheço.

Levanto da cama tão rápido que dá uma tontura passageira fazendo com que eu me sente novamente, tomo um banho quente tentando lavar também minhas expectativas com essa saída, não funciona estou ansiosa de mais, na hora de escolher a roupas pego uma das que Margou deixa eu casa eu queria estar bonita para o que estava prestes a fazer.

[...]

— Patricinha — Juniper diz buzinando com o Impala na frente da minha casa, eu reviro os olhos saindo de casa e caminho até o carro dela e entro sentando no banco do passageiro — Que demora da porra, hein.

— Sorte sua meus pais não estarem em casa — Aponto meu dedo no rosto dela, ela dá um tapinha na minha mão — Agora acelera esse trambolho.

— Trambolho? — Arqueia as sobrancelhas surpresa.

— Vai, vai, acelera — Dou um tapa no braço dela, ela liga o carro e arranca com tudo fazendo em bater no encosto do carro.

— Cinto Clarinha por favor.

Era engraçado ela pedir sempre para colocar e sempre se lembrar de colocar o seu na hora de mandar eu colocar o meu, aposto que Juniper Johnson não era o exemplo automobilístico, além de sempre dirigir chapada ela não respeitava nem uma lei de trânsito, ultrapassando sinais vermelhos ou acelerando quando um placa enorme mandava ela parar.

Ela passa por varias ruas e entra em um bairro desconhecido para mim, não importava que eu morava nessa cidade a vida toda eu so me recordava dos bairros mais populares o meu e dos meus amigos, ela desce do carro e não me espera.

— Dá pra esperar? — Pergunto irritada saindo do carro tentando correr de saltos na sua direção, ela para no meio do caminho e eu esbarro nela— Aí — Reclamo.

— Anda logo — Diz grossa e saindo na frente de novo.

A garota bate na porta de uma casa um tanto quanto suspeita o barulho tomava conta de todo quarteirão se não da cidade toda, tirando todo show de luzes coloridas, me sinto desconfortável eu dei a ideia lá anos esperava que ela concordasse e me arrastasse para um lugar desses, já que minha última experiência com uma dessas não foi a melhor coisa que eu já vivenciei.

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