Roseanne Park é extremamente estressante, principalmente quando ela não sai de jeito nenhum dos meus pensamentos.
— Alô? — Escuto a voz de Jennie falar no telefone. — É a Jisoo — Escuto ela sussurrar.
— Liguei para perguntar se Lisa ainda está aí, mas já tenho a resposta — Falo e escuto apenas Jennie murmurar um uhum.
— Já está vindo? — Jennie pergunta, com um tom que deixa extremamente explícito o quanto ela quer que eu diga que não.
— Daqui uma hora, Kim. — Respondo e desligo, consigo imaginar o sorriso que ela deu.
Está frio aqui fora, ajusto óculos em meu rosto e caminho para o parque que avistei antes de entrar na livraria, me sento embaixo de uma árvore e abro um dos livros que comprei, tentando me concentrar na leitura.
É quase impossível conseguir prestar atenção em qualquer coisa, principalmente quando não consigo parar de pensar em tudo o que disse para Rosé, seu rosto, suas expressões, ela definitivamente não precisava ouvir nada do que eu disse e meu coração realmente se aperta sempre que penso em cada palavra.
Fecho o livro e me encosto no tronco da árvore. Fecho também os olhos para tentar sentir um pouco da brisa fria que bate, assim que os abro novamente, percebo uma loira alta que eles conhecem extremamente bem.
Rosé estava cabisbaixa, talvez por tudo o que eu lhe disse minutos atrás.
Tinha um fone nos ouvidos e uma sacola na mão, se sentou em um dos bancos e parecia travar uma batalha contra seus pensamentos após abrir, fechar e depois do julguei ser meia hora, abrir novamente, grifando partes do livro por um tempo.
Seu rosto estava sereno enquanto fazia aquilo, por muito pouco não levantei e fui até ela pedir perdão, mas bom, eu ainda estava um pouco irritada por ela ter brincado daquela forma comigo, se sabia que não gostava de garotas então por que colocou aquela maldita mão em cima da minha coxa? Por que me olhou com aqueles malditos olhos cheios de vontade?
Bom, isso não importa.
Sou uma pessoa extremamente hipócrita por jogar todas aquelas palavras em Rosé enquanto comprava livros e livros que tivessem quaisquer migalhas de romance para escrever em pedaços de papel e deixá-los em seu armário.
Acho que posso jogar a culpa nessa cidade por me deixar estupidamente patética, mas o que eu poderia fazer?
Apesar de dizer tudo aquilo para ela, Rosé ainda parecia ser a pessoa menos superficial de todos que estão por aqui, talvez ela precise de um empurrãozinho para a fazer entender que tudo bem, que não é necessário agradar todo mundo, que ela pode ser quem é e isso é o que importa.
Nessa altura do campeonato, estou tão fascinada por Roseanne que tudo o que consigo pensar é que não me importo se ela gosta de garotos ou de garotas, tudo o que me importa é se ela poderia gostar de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My angel - chaesoo
FanfictionPark Chaeyoung tinha 19 anos e estava no primeiro ano de sua faculdade em uma pequena cidade de Utah, era de uma família cristã, passou a vida inteira na igreja orando todos os dias para que seus pecados fossem perdoados e seus pais sentissem orgulh...