Park Chaeyoung tinha 19 anos e estava no primeiro ano de sua faculdade em uma pequena cidade de Utah, era de uma família cristã, passou a vida inteira na igreja orando todos os dias para que seus pecados fossem perdoados e seus pais sentissem orgulh...
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Jisoo não havia trocado uma palavra comigo até agora.
Ela estava segurando minha mão desde que entramos no aeroporto — Jennie e Lisa do nosso lado enquanto Heeseung, Yves e Jiwoo iam comprar suas passagens —, nenhuma palavra desde que acordamos, nenhuma palavra desde que ela entrou na cozinha com os olhos um pouco vermelhos e as bochechas coradas, absolutamente nenhuma palavra deixou seus lábios quando nos deitamos na cama e eu comecei a chorar dizendo que a amava.
— Tem certeza de que querem ir? — Jennie perguntou, ela intercalava o olhar entre eu e Lisa, assentimos. — Eu e Jisoo podemos comprar passagens e ir também!
— É melhor vocês ficarem aqui — Digo, começando um carinho na mão de Jisoo e forçando um sorriso para Jennie. —, não quero que meu pai culpe mais pessoas, e Jisoo seria mais uma que ele... vocês sabem, ofenderia.
— Certo. — Jennie diz. —, acho que está na hora — ela continua e eu assinto, Lisa solta sua mão e vem para o meu lado, ela se inclina e deixa um selinho na mais baixa, me viro para Jisoo que está com a cabeça baixa.
— Preciso ir. — Digo, Jisoo está olhando para cada parte do meu rosto, como se tentasse o memorizar, e isso parecia mais do que deveria com uma despedida, Jisoo soltou minha mão apenas para agarrar meu corpo em um abraço, ela tinha o rosto no vão do meu pescoço e eu temia que ela começasse a chorar, eu não seria capaz de resistir a ela chorando, não por minha causa. — Eu te amo. — Falei e senti seus braços me abraçarem ainda mais, abri um sorriso tentando controlar as lágrimas quando levei minha mão até seu cabelo em uma carícia rápida.
Quando Jisoo se soltou, ela foi rapidamente para o lado de Jennie, ela tinha a cabeça baixa e parecia se recusar a me encarar novamente, não demorou muito para os outros chegarem ao meu lado e o de Lisa, Jiwoo segurou minha mão e entrou comigo no avião, lá dentro, com Lisa ao meu lado, eu me permiti chorar tudo o que eu podia novamente, da mesma forma que eu sabia que Jisoo estava fazendo no momento em que virei para embarcar no avião.
— Rosé? — Ouvi Lisa chamar junto com pequenos tapinhas em meu ombro, chorei até dormir, novamente. — Chegamos. — Ela tinha o rosto pálido, talvez tão pálido quanto o meu.
Assim que saímos do avião, eu consegui ver o corpo alto e em forma do meu pai, ele tinha o rosto serio e ao seu lado estava a senhora Manoban, parecia tão exausta quanto ele, talvez o fato de não terem mais poder sobre eu e Lisa os tenha deixado a noite toda acordados, por um minuto tudo o que eu senti foi culpa.
— Papai — Falei, abaixando a cabeça, Lisa também abaixou a sua quando ficou de frente para sua mãe, mas permaneceu em silêncio.
— Não me chame assim. — Foi a primeira coisa que ele disse, eu senti todo o meu corpo gelar e poderia jurar que iria cair para trás com a força que a frieza de sua frase. — Você não é minha filha, minha filha nunca...
— Não fale com ela assim — Escutei uma voz atrás de mim dizer, a voz de Jiwoo, um pouco mais grossa, diferente do que costumava ser, olhei para trás e ela estava de mãos dadas com Yves, Hee se encontrava atrás dela com o rosto fechado.
