Park Chaeyoung tinha 19 anos e estava no primeiro ano de sua faculdade em uma pequena cidade de Utah, era de uma família cristã, passou a vida inteira na igreja orando todos os dias para que seus pecados fossem perdoados e seus pais sentissem orgulh...
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Tomar um banho e jogar na minha cama foi a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa, mamãe e papai ainda não haviam voltado da igreja e sabe-se lá que horas voltariam.
Inevitavelmente, é tudo inevitavelmente incapaz de ser compreendido agora. Não tenho certeza se é por Jisoo ser uma garota ou por ser minha primeira vez, primeira vez em que alguém coloca uma mão tão macia em meu pescoço, que embola meus fios de cabelo nos dedos ou me faz sorrir com idiotices sobre física
"Quanto tempo você acha que demora para alguém se apaixonar?"
Me lembro das palavras que Jisoo disse de forma melódica e mordo os lábios, como eu, Roseanne Park poderia saber alguma coisa sobre essa pergunta?
Faz pouco tempo que eu e ela nos conhecemos, pouco tempo entre mãos em coxas e acidentes na piscina, pouco tempo entre cadernos com cálculos de física e seu quarto, extremos poucos tempos.
E Jisoo não está apaixonada por mim.
É quase como um grande e vasto "sei lá", claro, é óbvio que eu não posso estar apaixonada. Não estou apaixonada, é necessário insistir nisso como uma grande descoberta de autodescobrimento, garotas são garotas na maioria das vezes, cabelos longos, cabelos curtos, olhos brilhantes e sorrisos na sua maioria honestos, só... não sei. Não sei o que está acontecendo comigo, não sei o que é esse tipo de sentimento que invade assim que fecho os olhos e penso nos fios de cabelo da franja de Jisoo que insistem em sempre cair perfeitamente em seu olho quando ela troca o lado de sua cabeça enquanto me beija
Me sentei na cama, passando a mão pelo meu rosto
Hormônios.
Isso tudo definitivamente tem envolvimento com os hormônios, isso é biológico, cientifico, talvez grande parte das garotas estejam apenas biologicamente... melhor, cientificamente confusas, é algo normal certo, meninas estão o tempo inteiro beijando suas melhores amigas para aprender a beijar, é quase como isso, uma urgência feminina.
— Rosé, querida — A voz de minha mãe ecoa em meu quarto, mais uma vez esqueci a porta aberta. — Tudo bem?
— Boa noite, mamãe — Falo tentando colocar um sorriso em meu rosto. — Tudo sim, precisa de algo?
— Tem certeza, você parece um pouco pálida — Apenas confirmei que estava tudo bem em um rápido aceno de cabeça, não existe um mundo onde eu poderia apenas dizer "oh mamãe, estou beijando uma aluna nova da faculdade, como sei se isso é apenas meus hormônios me implorando para ser tocada ou apenas uma paixão infundada?" — Certo, eu e seu pai comemos mais cedo, mas trouxemos pizza para o caso de você sentir fome. — Mamãe finalmente adentra o quarto e caminha até minha cama, me deixando um beijo de boa noite no topo da minha cabeça.
— Obrigada — Digo e mamãe sorri com o seu sorriso caloroso, um sorriso que ela me dá todas as noites. — Onde está meu pai?
— Oh querida — Ela diz, antes de fechar a porta. — Seu pai chegou tão cansado que apenas se jogou na cama, assim como você faz sempre que chega da faculdade — Mamãe abre outro sorriso que me faz sorrir junto. — Fico impressionada com a forma que vocês são tão parecidos. — Ela pisca de um olho e fecha a porta, solto um suspiro e me jogo novamente de costas na cama.
