Park Chaeyoung tinha 19 anos e estava no primeiro ano de sua faculdade em uma pequena cidade de Utah, era de uma família cristã, passou a vida inteira na igreja orando todos os dias para que seus pecados fossem perdoados e seus pais sentissem orgulh...
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Talvez fosse o calor do momento e a animação de finalmente ter escutado a voz de Jisoo que me fez esquecer de pegar o numero dela, e talvez isso fosse um erro porque agora eu e mamãe estamos em um carro alugado na Califórnia e já passou um pouco das 22h da noite.
— E então? — Escutei mamãe me perguntar com os olhos fixos no sinal em sua frente. — O que quer fazer agora?
— Temos quais opções? — Perguntei um pouco sem graça, mamãe soltou uma risada.
— Podemos ir até a casa de Jisoo ou para um hotel passar a noite — Mamãe olhou rapidamente para mim antes do sinal abrir e ela continuar o caminho.
— Gostaria de ver Jisoo... — Falei, e mamãe assentiu com a cabeça. — mas não tenho o endereço...
— Mande uma mensagem pedindo — Ela disse, e eu abri um sorriso nervoso.
— Não tenho o número de Jisoo — Falei rápido.
— Você não havia falado com ela mais cedo?
— Sim, mas pelo telefone de Lisa — Disse e mamãe soltou um suspiro.
— Então mande uma mensagem para Lisa pedindo o numero de Jisoo — Ela disse eu sorri, ligando meu celular e dando conta que também não havia salvado o número de Lisa.
— Mamãe... — Chamei, ouvindo um murmúrio em resposta. — Acontece que também não salvei o número de Lisa... — Disse de forma acanhada, mamãe não disse nada, ela apenas riu baixo enquanto negava com a cabeça.
— Vamos para um hotel passar a noite — Mamãe disse e eu assenti. —, amanhã cedo darei um jeito. — Mamãe parecia cansada, na verdade, olhando para ela agora, ela parecia cansada desde o dia que chegou de viagem.
— Obrigada, mamãe. — Falei, e ela me olhou surpresa enquanto fazia uma curva.
— Por? — Ela perguntou e eu apenas neguei com a cabeça.
— A senhora parece não descansar desde que chegou de viagem, mas mesmo assim está aqui comigo. — Falei, sentia os olhos de mamãe em mim enquanto ela manobrava o carro para estacionar em frente ao hotel. — Obrigada.
— Estou me divorciando do seu pai — Ela soltou, sem nem se importar.
— Desculpa. — Pedi, me perguntando se sou a culpada por isso, se acabei com o casamento da minha mãe.
— Isso não é sua culpa, querida — Ela disse, parte de mim já havia sentido que papai e mamãe não se tocavam ou se amavam como eu amo Jisoo. —, eu e seu pai nos tornamos desconhecidos, um para o outro. — Ela continua, sua voz não tem tanto sentimento quando ela finalmente levanta o freio de mão e me olha com um sorriso. — Eu amo você e seu pai ama a igreja, não posso dizer que também não a amava, mas nada nesse mundo faria eu machucar você da mesma forma que ele tentou e nada nesse mundo faria eu ficar com alguém que te machucaria, filha. — Senti meus olhos encherem de lágrimas, mas mamãe fez uma careta e abriu a porta do motorista e desceu enquanto resmungava que eu deveria parar de chorar por tudo, soltei uma risada e me coloquei atrás dela.
