— Onde a Jennie está? — Rosé me perguntou assim que adentrou minha casa, ela usava uma saia preta rodada, junto com uma camisa branca solta e larga, a mesma jaqueta que ela havia me emprestado na festa lhe protegia do vento que soprava lá fora, seu cabelo estava solto e caia de forma ondulada e uma mochila lhe acompanhava, alças apoiadas nos dois ombros. Ela estava linda, sempre está.
— Ela decidiu dormir na casa de uma amiga hoje — Respondi, fechando a porta e juntando minhas mãos atrás do corpo. — Foi difícil convencer seus pais? — Perguntei e ela abriu um sorriso, negando.
— Não — Ela respondeu. — Decidi apenas avisar e sair antes de ter que dar alguma explicação — Rosé justificou, ela parecia feliz por aquilo, talvez seja um sentimento que apenas garotas com pais um pouco exigentes demais poderiam sentir. — Posso me sentar? — Ela aponta para o sofá e eu assinto freneticamente.
— Claro, por favor! — Falo, um pouco desesperada. — Você quer beber alguma coisa? — Pergunto e ela nega, sua mochila agora ocupa um lugar no chão, ao lado do sofá e sua mão está dando leve batidinhas no lugar ao seu lado, sorrio e me sento. — Já disse que você está linda hoje?
— Só na faculdade — Ela responde, juntando os lábios em uma expressão de decepção, apoiando o braço no encosto do sofá atrás de mim. — Esperava mais da minha namorada.
— Devo ser uma péssima namorada. — Digo e Rosé balança a cabeça, como se dissesse "é mas fazer o que, né?", solto uma risada.
— Pelo menos você tem um rostinho bonito — Levo minha mão até meu peito, como se tivesse me ofendido.
— Só isso? — Pergunto e Rosé finge pensar.
— E inteligente... — Ela fala, me aproximo.
— E que mais?
— Fofa... — O olhar de Rosé intercala entre meu lábios e minha boca, e não consigo segurar um sorriso enquanto faço o mesmo.
— Só?
— E... sabe? — Nego com a cabeça, seu rosto ganha uma coloração avermelhada.
— Diz o que pensou, Rosie — Peço. — Ou está envergonhada demais?
— Gostosa, amor. — Ela diz, sua mão indo para minha cintura. — Extremamente. — Meu peito sobe e desce, tento descobrir se é pelo elogio de Rosé ou pelo novo jeito de nos chamarmos.
Enquanto uma de suas mãos seguram minha cintura, a outra vai até meu pescoço e um carinho confortável começa a ser feito por seu dedão em minha bochecha, seus olhos saem de minha boca e fazem questão de observar cada parte do meu rosto.
A forma como Rosé me analisava me fazia pensar se eu estava bem o suficiente para a ocasião, talvez eu devesse ter me esforçado mais na hora de me arrumar ao invés de pegar a primeira camisa branca e larga que vi pela frente, talvez o azul claro da camisa social aberta por cima não fizesse o menor sentido que eu pensei que faria quando escolhi uma calça jeans clara, eu deveria ter lavado a cabeça, e não apenas soltar desse jeito desajeitado, mas parecia uma boa ideia antes... talvez até meus óculos de descanso estejam péssimos demais no meu rosto. Me pergunto se pedir para Rosé ficar na porta enquanto me arrumo novamente e recomeçamos seja uma péssima ideia.
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My angel - chaesoo
FanfictionPark Chaeyoung tinha 19 anos e estava no primeiro ano de sua faculdade em uma pequena cidade de Utah, era de uma família cristã, passou a vida inteira na igreja orando todos os dias para que seus pecados fossem perdoados e seus pais sentissem orgulh...