Quando ele deu aquele beijo na minha na minha testa, senti novamente aquela eletricidade passar por todo o meu corpo. Com essa sensação aos pouco eu vou me afastando dele, já que, fiquei um pouca estranha e sem graça com o que acabou de acontecer. Eu desviei do meu olhar do seu e fiquei encarando para os meus próprios pés, com as minhas bochechas queimando. Por causa desses sentimento, até esqueci um pouco das minhas dores. Eu parecia nem saber aonde colocar as minhas mãos ou como parar os meus pés inquietos. Respirei bem fundo e o olhei. Foi nesse momento, que eu vi que ele estava com a sua cabeça virada para o outro lado, mesmo assim deu para eu ver, pela a primeira vez, que as pontas das suas orelhas estavam um pouco avermelhadas. Percebendo que eu não fui a única em me sentir assim e vendo ele daquele jeito todo envergonhado, acabei não aguentando e acabei soltando uma gargalhada. Ele voltou a me olhar sério, mas logo o canto da sua boca se levantou formando um pequeno sorriso.
- Parece que os seus ferimentos já estão se curando. - falou ele com curiosidade e olhando para o meu rosto.
- É o que parecesse. - digo baixinho, sorrindo e tocando o meu próprio rosto com a mão. - As dores até passaram.
- Que bom. - sorriu com sinceridade e começou a chegar perto, muito perto. Eu fiquei o observando enquanto ele se aproximava e prendo a minha respiração. Até que senti a sua mão tocar na minha. - Confia nas minhas palavras, não precisa mais se preocupar pois eu vou te proteger. - nesse momento eu não tive mais nenhuma palavra a dizer, apenas concordei com a cabeça, me sentindo envergonhada.
- Eu agradeço pela a sua ajuda, mas agora eu preciso ir para a minha casa. - eu consegui dizer após de um momento de silêncio e retiro a minha mão na sua. Ele concordou e deu dois passos para trás sem deixar o sorriso no rosto.
- V-você vai p-poder ir na cachoeira amanhã? - perguntei gaguejando corando ainda mais. Olhei para qualquer lugar menos para o seu rosto, mas eu sentia que o seu sorriso aumentou.
- Eu estarei. - afirmou. - Neste horário pode ser? - perguntou e eu concordei com a cabeça novamente.
- Claro. - digo sorrindo e sentindo mil borboletas dançando na minha barriga. - Até mais Hector. - falei e me virei de costa, quase saindo correndo pelo o caminho de volta. Porém, ainda deu tempo de ouvir a sua voz rouca e suave:
- Até mais Ana...
Sem deixar meu sorriso no meu rosto, corro por todo o caminho de volta. Não demorou muito para que eu chegasse na cabana, mas no momento que fiquei em frente da porta, tive que parar porque tinha alguns problemas. Eu não estava com a minha mochila, além disso eu ainda tinha alguns machucados visíveis. Eu não sabia o que dizer para dona Sueli, com certeza ela ficará preocupada de novo. O jeito era evitar que eu me econtrasse com ela. Então, acabei entrando com pressa para dentro da casa e logo em seguida vou em direção do meu quarto. Mas quando passei pela sala, comecei achar estranho que tudo estava bastante silencioso. Normalmente era para ouvir as risadas das crianças, então eu parei os meus passos e fui em direção da cozinha. Lá dentro encontro um papel grudado na geladeira e o peguei. Vejo que era um recado da dona Sueli, dizendo que tinha saído com as crianças e voltava só mais tarde. Nesse momento, acabei soltando um grande suspiro de alivio.
Mais tranquila, deixo o papel no mesmo lugar e começo a subir as escadas e indo para quarto. Quando entrei percebi que eu estava muito suja. Havia muita terra e mato grudado em meu corpo. Assim, vou para o banheiro e tomo um banho rápido. Quando eu estava enrolada na toalha me olho no espelho e vejo que os meus machucados no rosto já estavam quase completamente curados, o que me fez abrir um grande sorriso.
Na verdade, uma parte desse sorriso foi por causa de uma lembrança que eu tive dele, mas logo balancei a minha cabeça para retirar aqueles pensamentos. Depois saio do banheiro e vou em direção do guarda-roupa. Procuro por uma roupa e pego uma blusa e um short. No momento em que acabei de colocar a minha roupa e de pentear o meu cabelo, vou até a janela e começo a olhar para a paisagem do lado de fora. Uma brisa chegou ao meu rosto e bagunçou um pouco os meus cabelos. Esse toque vento me faz ficar um pouco sonolenta, então eu saio de lá e me deito na cama. Aos pouco os meus olhos vão se fechando até que acabei dormindo.
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Minha Loba
WerewolfMinha Loba (Atualizada) Depois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porém, tudo isso muda quando e...