Os meus olhos se passavam entre aquela foto para o rosto pálido do alfa Jorge. Com a sua reação após ouvir as minhas palavras só me fez ficar ainda mais confusa. Parecia que ele estava chocado com a situação. O que realmente estava acontecendo?
- Me diga! O que isso significa?! - essa era uma das perguntas que estava me remoendo por dentro. Tentei controlar a minha respiração acelerada, junto com o meu coração que estava prestes a sair pela boca.
- E-eu... - neste momento ele não conseguia forma sequer uma frase. Ele tenta novamente dizer algo, mas foi interrompida por Catarina que acabou entrando na sala.
- Tio, o que esta garota está fazendo aqui ainda? - perguntou com a sua voz nojenta. Mas eu apenas a ignorei completamente, a minha atenção estava apenas no homem da minha frente e a foto que estava na minha mão.
- Saia daqui Catarina! Tenho um assunto importante a falar com a Ana. - o tom da sua voz era muito sério, e nem um momento ele e em nenhum momento ele desviou o olhar na minha direção. Isso só fez que a Catarina ficasse mais irritada por não ter conseguido a sua atenção.
- Tio!! - ela protestou emburrada, mas nem isso fez com que ele se preocupasse com ela.
- Saía agora!! - sem ter uma segunda opção, a Catarina saiu bufando de raiva para fora da casa. Após disso, a casa ficou em completo silêncio. Eu queria a resposta, mas parecia que ele não estava disposto a dizer.
- Eu ainda estou esperando a resposta... - falei quebrando o silêncio, junto com a minha pouca paciência, o fazendo finalmente abrir a boca.
- E-eu vou te dizer Ana, m-mas primeiro sente-se que será melhor. - falou apontando para o sofá e começando a se aproximar. Entretanto, eu o impedi de se aproximar ainda mais, com um sinal com a mão.
- Eu não preciso disso, só quero que você me diga o que eu quero saber. Por que a sua falecida esposa seja tão parecida comigo? Eu sei que você sabe da resposta Jorge, então me diga, por favor! - a ansiedade e curiosidade já estava me consumindo. Na verdade, no fundo, eu já tinha uma ideia aproximada do que poderia ser, no entanto, eu estava com medo acreditar que essa seria a resposta.
- Eu vou te dizer, mas antes disso, quero que você entenda que a verdade sempre esteve bem na minha frente, porém só fui possível de vê-la recentemente através de uma pessoa. - falou parecendo nervoso pelo modo que evitava o seu olhar do meu.
- Eu não entendo, seja mais claro o que você quer dizer. - as perguntas só aumentavam e eu apenas queria que ele fosse direto em respondê-las.
- V-você Ana...você é... - a sua voz gagueja um pouco, mas apenas quando ele respirou fundo e esperar por alguns segundos, pode responder. - Você é minha filha Ana! Por isso você é tão parecida com a mulher da foto, porque você é a filha dela.
Por um momento eu queria rir por causa do nervosismo, mas o meu corpo enrijeceu completamente por causa das suas palavras e fiquei sem reação. Por um momento neguei a acreditar, mas o seu olhar demonstrava sinceridade. E isso foi como uma balde de água fria caísse sobre a minha cabeça.
- F-filha? - as minhas pernas de repente se tornou mole como gelatina e quase cai no chão. Cruzei os meus braços para ver se tremedeira no corpo parasse, mas nada adiantava. Como assim meu pai?
- Ana!! - exclamou Jorge parecendo preocupado e caminhando em minha direção. Estendeu os seus braços e tentou me segurar para não cair.
- FIQUE LONGE!!! - acabei explodindo e acabei gritando com ele. Coloco as minhas mãos no meu rosto, tentando recuperar o meu fôlego. Isso não pode ser verdade...
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Minha Loba
WerewolfMinha Loba (Atualizada) Depois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porém, tudo isso muda quando e...