Capítulo 40 - Bônus Alfa Jorge/part 3

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Naquele momento, mesmo eu não estivesse entendendo nada do que estava acontecendo, eu ainda juntei a ela naquela batalha. Contudo, a minha ajuda quase não foi preciso. O poder que ela tinha era incrível e poderoso. Ela derrotava cada bruxa como se fossem um brinquedinho para ela brincar. Era assustador e ao mesmo tempo lindo. Não demorou muito para que aquelas malditas fossem derrotadas. Porém, algumas que sobreviveram, juraram que voltariam antes de escaparem.

Quando tudo terminou, Kinbble volta a sua forma humana. No entanto, seu olhar estava direcionado para todos os lados, exceto em minha direção. Entendendo o seu desconforto, me transformei de volta e corro até nela e a surpreendendo com um beijo. Com esse beijo, demostrei todos os meus sentimentos de alívio, alegria e medo, que transbordavam em meio peito. Durante toda aquela batalha, os meus pensamentos estavam prontos de explodir de tanta preocupação que eu tive em perdê-la. Mas vendo aquela cena e a sua incrível luta e percebi que eu não tinha tantos motivos para desesperar. Na verdade, fiquei muito emocionado e o único jeito para demonstrar isso era beijá-la. Quando separamos encostei a minha testa na sua e a abracei, me sentindo aliviado por ela estar comigo.

Por um momento, pensei em fazer algumas perguntas sobre como ela foi capaz de fazer tudo aquilo. No entanto, como se ela já soubesse o que veria a seguir, acabou mudando de assunto e me puxou na direção do abrigo, falando que nós precisamos que avisar os outros que tudo já estava resolvido. Eu a segui sem reclamar, eu sabia que ela não queria falar sobre esse assunto, então eu apenas dei um sorriso fraco, segurei na sua mão e a segui. Após desse dia, tudo começou a dar certo entre mim e a Kinbble. Apesar de todo o mistério que ainda existia em torno dela.

Alguns anos se passaram e tudo parecia perfeito. Eu e a Kinbble nos casamos e tivemos a nossa própria casa. Ainda não temos filhos, porém, neste ano planejamos em ter um. Um filho que poderá nos transformar em uma família completa. O meu amor por ela crescia a cada dia e eu sabia que com ela era o mesmo. Ela se tornou o meu mundo, a minha existência.

Eu e a Kinbble cuidamos da alcateia, o nosso lar. Todos do local gostavam dela. Sua bondade era destacável e sempre demonstrava o seu amor e os cuidados com todos. Sempre me deixando orgulhoso por tê-la. Em um dia, eu estava no meu escritório olhando para alguns documentos, até que ouço batidas na porta. Ainda um pouco distraído acabei mandando parar que entrassem e quando o seu cheiro chegou até em mim, como reflexo, um sorriso bobo saiu dos meus lábios. Olhei para ela sorrindo, mas logo o meu sorriso de desfez quando encontrei como seu semblante sério e preocupado, imediatamente me levanto da cadeira e vou até nela, perguntando o que tinha acontecido para ela ter ficado assim. Mas eu nuca imaginaria que a sua resposta fosse algo completamente mágico. Ela estava grávida. Rindo como um idiota, eu a abracei com a maior alegria. Contudo, depois de um momento, eu não consegui compreender o motivo para que ela não retribuísse aquele abraço.

- O que foi Kinbble? Você não está feliz? - perguntei logo após me afastar e olhei diretamente nos seus olhos.

- Claro que eu estou feliz, Jorge. - falou entre um suspiro. - Eu sempre desejei ser mãe. Ter uma grande família.

- Então o que tanto te preocupa, minha flor? - perguntei não entendo nada, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha.

- Eu acho que eu já esperei tempo demais para lhe contar, não é mesmo? - perguntou com um meio sorriso. Neste instante, nem foi necessário dizer mais nada, logo eu soube que ela queria dizer. - Eu preciso te contar antes que seja tarde de mais, Jorge. - ela respirou fundo e foi quando a verdade foi dita...

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Eu nunca tive uma verdadeira família. Eu vivia sozinha deste o momento que era apenas uma criança. Eu morava numa cabana abandonada em uma floresta, sem pais e nem irmãos. No entanto, uma mulher que vestia toda de preto, entrava naquela cabana e me trazia comida todos os dias. Mas era um momento rápido, logo em seguida ela ia embora de novo. Isso sempre se repetia e eu tinha muito medo dela. Por causa disso, eu nunca tive coragem de falar com ela. Apesar que, na ultima vez que falei com ela, acabei sendo ignorada. No começo eu sempre me perguntava o motivo para eu viver sozinha. Por que aquela mulher que vestia toda de preto não me levava com ela? Até que um dia que eu completei os meus doze anos, finalmente tomei coragem para falar com ela.

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