Eu fui pega pela chuva antes mesmo de conseguir chegar na casa do alfa. O céu escuro e a brisa fria fez com que a floresta ficasse um pouco mais sombria, mas também havia um mistério que me fez pensar o que poderia acontecer se eu entrasse ainda mais e conhecer cada canto dela. Entretanto, deixei esse pensamento de lado e me transformei para chegar mais rápido na alcateia.
Demorei mais do que o esperado para chegar na alcateia por causa da chuva. Eu parei em frente da entrada antes que eu chamasse atenção de outras pessoas e me transformo de volta. Nesse momento, percebi que eu estava completamente encharcada, mas eu não acreditava que o alfa iria se importar com isso, por isso não dei muita atenção para a minha situação e segui em frente. As ruas estavam quase vazias, havia só algumas pessoas que usavam os guarda-chuvas para se protegerem da forte chuva. Eu não tinha nenhum guarda-chuva que pudesse usar, então não tinha como escapar da chuva. Se eu fosse uma humana comum, sem dúvidas eu ficaria doente. Felizmente eu era um lobisomem.
Cada vez que eu me aproximava da casa do alfa Jorge, um estranho sentimento de ansiedade crescia ainda mais no meu peito. Esta seria a primeira vez que eu iria ter uma conversa com ele sem a companhia da dona Sueli. Eu sabia que eu não precisaria ter vindo aqui para se encontrar com ele, sendo que a Sueli já me ajudou a explicar a situação, mas eu sentia precisar ter essa conversa com ele. Tenho pelo menos tentar falar tudo o que aconteceu e tentar um jeito de que ele não fique com tanto ódio de mim. Eu tenho que fazer isso pela dona Sueli e as crianças.
Entretanto, eu tenho a certeza que aquela cobra da Catarina inventou novamente um monte de coisas ruins para o meu lado. Provavelmente, toda essa confusão não teria acontecido se eu conseguisse me controlar e ignorar as suas provocações. Mas a verdade é que eu não me arrependo nenhum pouco por eu deixar aquela garota quase sem cabelos e hematomas que marcou o seu rosto todo. Eu só não poderia demonstrar isso para o alfa.
Assim, que parei em frente da porta da casa, fui impedida pelos guardas de entrar. Fiquei esperando embaixo da chuva para conseguir a permissão do lado de dentro. Nesse tempo todo eu me perguntava mentalmente, se aqueles guardas não se importavam de estarem debaixo daquela chuva o tempo todo. Um suspiro de alívio saiu da minha boca quando eu finalmente consegui entrar.
Quando entrei pelo corredor, a minha ansiedade tornou ainda mais forte. Então enquanto eu caminhava, comecei a observar cada detalhes que tinham pelo caminho para me distrair. Na última vez eu não tive a oportunidade de reparar nas coisas, mas agora eu estava encantada com os quadros que ficavam nas paredes e alguns vasos de flores que ficavam em algumas mesinhas. Eu nunca poderia imaginar que o alfa Jorge decorava a sua casa com vasos de flores. Tudo isso, deixava o ambiente um pouco mais confortável e tranquilo. Isso também me deixou mais relaxada.
Virei o corredor e acabei encontrando a sala de estar. A vontade de sentar naquele sofá, que parecia muito macio, era tentadora. Mas com o estado que eu estava, era impossível. Respirei fundo e começo a olhar ao redor para ver se eu achava as escadas que me levaria até ao escritório do alfa Jorge, porém os meus olhos pararam em algo que estava em cima de uma mesa, bem ao lado do sofá. Parecia ser porta-retrato, não era algo que me deixava tão interessada, mas desta vez algo diferente me tocou e como um ímã, vou andando naquela direção pronta para poder pegar o retrato, para tentar descobrir quem é a pessoa que estaria naquela foto. Contudo, quando eu pego o porta-retrato, acabei me assustando com uma voz atrás de mim:
- O que é isso?!
Viro-me rapidamente e encarei o alfa Jorge com as bochechas coradas. Eu me sentia como se estivesse sido pega no flagra, mesmo não tendo feito nada de errado.
- E-eu n-não iria... - tentei explicar algo que eu nem mesmo sabia como. Ele se aproximou parecendo bravo e parou somente quando ficou na minha frente.
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Minha Loba
WerewolfMinha Loba (Atualizada) Depois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porém, tudo isso muda quando e...