💫 𝘮𝘪𝘯𝘦 ➪ 𝘤𝘩𝘳𝘪𝘴 𝘴𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰

1.6K 135 7
                                    

❀ 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘯𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘪𝘭𝘰 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘤𝘩𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰𝘱𝘩𝘦𝘳 𝘴𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰.
❀ 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘮𝘰: 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦 𝘊𝘩𝘳𝘪𝘴 𝘷𝘢̃𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘳 𝘰 𝘯𝘢𝘵𝘢𝘭 𝘦𝘮 𝘉𝘰𝘴𝘵𝘰𝘯 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘧𝘢𝘮𝘪́𝘭𝘪𝘢 𝘥𝘦𝘭𝘦, 𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘪𝘳𝘰̂𝘯𝘪𝘤𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤̧𝘢, 𝘦́ 𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘧𝘪𝘤𝘢 𝘯𝘦𝘳𝘷𝘰𝘴𝘰.

𐂂𐂂𐂂

Olho pela janela, a vista de uma paisagem com as ruas, calçadas e gramas todas pintadas de branco com neve, os flocos de gelo caindo lentamente do céu e as decorações de natal, dando um ar comemorativo à uma semana que definitivamente foi bem cansativa. Eu e Chris estávamos viajando pra passar o natal com sua família, em Boston, e seus irmãos tinham ido mais cedo.

-Vamos chegar atrasados. -Eu digo, pela terceira vez, voltando minha atenção pra Chris, que andava de um lado pro outro, conferindo cada detalhe pra ter certeza de que não estava esquecendo nada.

Era fofo o ver tão estressado e ansioso por algo que, na realidade, eu é quem deveria estar me sentindo assim. Eu já conhecia a família dele, mas nunca tínhamos passado o final de semana todo com eles, e por algum motivo, a ideia de mostrar sua casa de infância e me ver admirando suas fotos de bebê não era algo que o deixava muito tranquilo.

-Faltam 40 minutos. -Ele afirma, mais como se estivesse se lembrando do que me informando.

Eu sabia muito bem o horário, já faziam trinta minutos que eu estava sentada no pequeno sofá do meu apartamento encostado em uma longa janela que dava vista da minha rua, felizmente pacífica. Sorrio ao garoto, me levantando e pegando em suas mãos, o fazendo parar e olhar em meus olhos.

-Precisamos ir. -Falo, com uma voz calma, o puxando pra um abraço, tentando o acalmar.

Ele respira fundo, assentindo com a cabeça e pegando suas malas, fechando os zípers e as levando até meu carro. Ele as colocou no porta-malas, junto com as minhas. Enquanto isso, dei uma última conferida no apartamento e tranquei todas as janelas e portas, descendo pelas escadas, já que eu ficava no primeiro andar, e encontrando Chris encostado no carro, seus pés batendo incessantemente. Ando até ele e junto minhas mãos em suas bochechas, o puxando para um selinho longo, seguido de um abraço apertado.

-Não se preocupe tanto, sou eu quem vou ver seus pais, eu quem deveria estar nervosa. -Brinco, o fazendo rir um pouco.

-Eu sei, só não quero que você deixe de gostar de mim quando ver o quão imbecil eu era quando criança, tenho certeza que minha família toda vai fazer questão de te mostrar todas minhas partes vergonhosas.

Dou uma risada, mexendo a cabeça em negação e fazendo um pequeno carinho em sua pele, sentindo os pequenos pelos de barba crescendo.

-Você continua sendo meio imbecil às vezes e eu te amo mesmo assim. -O provoco.

Ele revira os olhos com um sorriso e me dá um último selinho antes de entrar dentro do carro. Eu faço o mesmo e dirijo até o aeroporto, deixando o veículo no estacionamento e pagando pelos dias que ele ficaria parado ali em antecedência. Pegamos nossas malas e andamos de mãos dadas até o portão de embarque, passando por todos os procedimentos e por fim nos sentando nas cadeiras do avião.

Era uma viagem longa, mas o suficiente pra que pudéssemos ter mais uma conversa sobre o final de semana e mais momentos de reafirmação de que estava e ficaria tudo bem. Nós dois dormimos o resto da viagem. Matt e Nick já nos esperavam no aeroporto, prontos pra nos levar até a casa de Boston deles, onde seus pais estavam terminando de arrumar tudo pra nossa chegada.

Eu, desde a primeira vez em que nos encontramos, gostei muito dos pais de Chris. Eles são amorosos e me fizeram sentir incluída. Era como se eu já fizesse parte da família mesmo antes de os conhecer, e isso era ótimo.

Passamos todo o trajeto conversando e fazendo piadas com Nick e Matt, e assim que o carro estacionou e nós saímos do veículo, Chris apertou minha mão com mais força, me fazendo apertar de volta e sorrir para ele. Entramos na casa e cumprimentamos os pais dele e seu irmão mais velho, fiz um carinho em Trevor, o cachorro, e deixamos as malas no quarto antigo de Chris.

Era véspera de natal, dia 24, e no momento eu ajudava Mary Lou a terminar o jantar, conversando com ela sobre momentos da infância e adolescência de Chris, e sobre algumas histórias que eu havia passado com ele ao longo dos meses em que estivemos juntos. A cada nova introdução de um momento, Chris intervinha e tentava impedir a mãe de continuar o expondo, apesar disso não ter a desmotivado.

Ao fim do jantar e já prontos para dormir, depois de termos colocado todos os papos em dia e eu ter, como Chris tinha imaginado, visto algumas fotos suas de quando ele era mais novo, nos sentamos em sua antiga cama, conversando sobre o dia.

-Você ainda gosta de mim mesmo eu tendo me pintado de verde pra ir em um show? -Ele pergunta, olhando em meus olhos enquanto eu ria lembrando da foto que sua mãe me mostrou de quando ele pintou seu corpo inteiro de verde pra ir em um show que ele queria.

-Chris, eu te amo. -Respondo, o fazendo sorrir.

-Ama? -Ele questiona, com um sorrisinho provocativo em seus lábios e suas mãos em meus quadris me puxando pra perto.

-Muito. Não importa o quão bobo você tenha sido quando criança e adolescente ou quão bobo você é agora. Eu te amo, independente, e sempre vou amar. Eu sou sua agora, lide com isso. -Dou uma risadinha, deixando um leve selar em seus lábios.

-É, eu sei, eu só gosto de escutar você falando. -Chris sorri vitorioso, colando nossos lábios mais uma vez. -Minha. -Ele repete, sorrindo contra minha boca e me fazendo rir suavemente.

❀  𝙸𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜 • 𝚂𝚝𝚞𝚛𝚗𝚒𝚘𝚕𝚘 𝚃𝚛𝚒𝚙𝚕𝚎𝚝𝚜 ❀Onde histórias criam vida. Descubra agora