❀ 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘯𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘪𝘭𝘰 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘮𝘢𝘵𝘵𝘩𝘦𝘸 𝘴𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰.
❀ 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘮𝘰: 𝘔𝘢𝘵𝘵 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘶𝘮𝘢 𝘢𝘭𝘮𝘢 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘦, 𝘢𝘵𝘦́ 𝘴𝘦 𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘦𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘷𝘰𝘤𝘦̂.
❀ 𝘈𝘷𝘪𝘴𝘰: 𝘤𝘪𝘵𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘶́𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘹𝘶𝘢𝘭 (𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘩𝘰𝘵).𓃗𓃗𓃗
Respiro fundo, olhando pela janela do carro. A estrada vazia na madrugada, com todas as lojas fechadas e sinais piscando em vermelho sem funcionar direito, o som baixo do rádio e dos pneus em contato com a rua me fizeram sentir mais ainda a sensação de que estava cometendo um erro.
Quando Matt me chamou, depois de duas semanas sem falar comigo, pra ir em sua casa, alegando estar sozinho e com saudades, meu coração não me permitiu negar a oportunidade de o ver novamente. Mas, era evidente, ele só me chamou por um motivo específico.
Estacionei em frente sua casa, saindo do meu carro e andando em passos lentos até a porta da frente, tocando o interfone e olhando pra baixo, um dos meus pés batendo incessantemente no chão em ansiedade.
Isso é um erro. Eu sei disso, e continuo voltando atrás. Isso é um erro, e eu sou apenas mais uma caindo em sua armadilha. Eu não sou a única, e isso é um erro.
Escuto a porta sendo destrancada e logo seu rosto aparece em meu campo de visão, um sorriso em seus olhos, me encarando de cima a baixo e dando um passo pro lado, indicando que eu entrasse, e assim o fiz.
Nos sentamos no sofá, sem nem nos cumprimentarmos, e ele logo quebra o silêncio.
-Senti sua falta. -Ele diz, quase em um sussurro.
Minha vontade era de revirar os olhos e o lembrar dos mil e um motivos do porquê essa frase não fazia sentido nenhum, mas infelizmente eu era fraca demais e me vi sentindo o quentinho no coração que eu sentia toda vez que ele me chamava.
-Eu também senti sua falta. -Respondo, com um sorriso fraco.
Ele chega mais perto, passando uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha e virando meu rosto na direção do dele.
-O que foi? -Ele pergunta, acariciando minha bochecha.
Matt conseguia deixar as coisas ainda mais difíceis quando ele me olhava com esses olhos, que pareciam tanto se importar comigo, mas ainda assim eram donos daquele que só me usava quando queria e me descartava se tivesse outras opções ou não estivesse mais afim.
-Nada. -Digo, simples, mexendo a cabeça em negação e tentando ao máximo parecer bem o suficiente pra que ele não insistisse.
Ele sorri, chegando mais perto e deixando um selinho longo e suave em meus lábios. Malditas borboletas, aparecendo nos piores momentos. O garoto se afasta apenas para encostar nossas testas juntas e segurar meu rosto com suas mãos.
-Eu sei que você não está bem, o que se passa nessa sua cabecinha linda?
Seu sorriso parecia genuíno e preocupado. Como ele conseguia fingir tão bem? Ele usava todas as minhas emoções contra mim e eu o deixava me machucar toda vez, sempre voltando por algumas horas de atenção e carinho.
-Não é nada demais. -Respondo, tentando engolir o choro e virando meu rosto para outra direção.
Eu sabia que seus olhos me focavam, curiosos. E eu também sabia que se olhasse demais eu acabaria falando mais do que devia e poderia acabar tudo por aqui, por menos que seja, ainda é algo, e eu queria me agarrar ao mínimo, por mais doloroso e patético que seja.
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❀ 𝙸𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜 • 𝚂𝚝𝚞𝚛𝚗𝚒𝚘𝚕𝚘 𝚃𝚛𝚒𝚙𝚕𝚎𝚝𝚜 ❀
Fanfiction𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰𝘴, 𝘧𝘰𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘪𝘨𝘦̂𝘮𝘦𝘰𝘴 𝘚𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮 𝘵𝘦𝘳 𝘦𝘹𝘤𝘦𝘴𝘴𝘰̃𝘦𝘴.