👀 𝘔𝘢𝘺𝘣𝘦 𝘺𝘰𝘶 𝘭𝘪𝘬𝘦 𝘩𝘪𝘮 ➪ 𝘤𝘩𝘳𝘪𝘴 𝘴𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰

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❀ 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘯𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘪𝘭𝘰 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘤𝘩𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰𝘱𝘩𝘦𝘳 𝘴𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘰𝘭𝘰.
❀ 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘮𝘰: 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘰𝘥𝘪𝘰𝘶 𝘰 𝘊𝘩𝘳𝘪𝘴, 𝘮𝘢𝘴 𝘕𝘪𝘤𝘬 𝘵𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘥𝘦𝘪𝘢 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘥𝘰 𝘮𝘰𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘥𝘢 𝘪𝘮𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢̂𝘯𝘤𝘪𝘢.

𐂂𐂂𐂂

Eu não tenho palavras pra descrever algum motivo que me faça odiar Christopher Sturniolo, mas desde que eu o conheci esse é o único sentimento que conheço. Tudo que ele fala me irrita, a cada olhar que ele dá em minha direção eu sinto vontade de o socar, e a cada dia que eu me vejo sendo obrigada a passar perto dele já sinto que vai ser um péssimo dia.

Isso nunca passou despercebido, levando em conta que minha irritação sempre pareceu ser uma completa piada pra ele. E isso me deixa ainda mais irritada. Ele repete minhas frases em provocação, me cutuca sempre que estamos perto um do outro, puxa meu cabelo quando estou em sua frente, age como uma criança idiota.

Hoje é um dos dias em que eu sentia meu sangue borbulhar em meu corpo na tentativa falha de me manter calma o suficiente pra não cometer um crime de ódio. Matt e Nick são aceitáveis e eu até gosto de suas companhias, o que é estranho por eles serem todos irmãos, e não apenas isso, mas trigêmeos. Apesar de não ter problema nenhum com os dois, ir pra casa deles era um teste de ansiedade.

O único motivo de eu ter os conhecido e lidar com os três é a Madi, minha irmã mais nova. Ela é a melhor amiga dos irmãos e nós duas somos bem próximas, o que me leva a estar presente em maioria das suas saídas.

Sentada no sofá da sala dos trigêmeos enquanto me distraía com vídeos aleatórios no Tiktok, os gritos incessantes dos garotos no quarto de Nick ecoavam por toda a casa e me fazia sentir um pouco mal por não conseguir estar lá com eles. Mas, uma dor de cabeça e o estresse por hormônios não me permitia. Era melhor eu ficar na minha e evitar um desastre.

Não demorou muito pra que eu escutasse a porta abrindo e alguém descendo as escadas. Ao ver quem era, nem me dei o trabalho de falar um "oi". Minha atenção voltou ao celular e os únicos sons que eu escutava agora eram do vídeo de gato que apareceu em minha for you e de latinhas sendo mexidas na geladeira.

Achei que ele apenas passaria reto e voltaria pros irmãos, mas sua presença foi sentida por mim e levantei meu olhar pra o ver parado do meu lado me entregando uma latinha de refrigerante. Aceitei em silêncio e ele subiu as escadas de novo.

Abri a latinha e bebi alguns goles, quase imediatamente sentindo uma dor forte de cólica. Era só o que me faltava. Resolvi mandar mensagem pra Madi dizendo que estava pensando em ir embora, mas ao invés de receber uma resposta eu escutei todos saindo do quarto e vindo se sentar na sala pra ficar comigo.

-Tem certeza? -Madi me pergunta sentando do meu lado com um sorriso compreensivo.

-Acho que sim. -Sorrio de volta, sentindo mais uma pontada de dor.

-O que foi? -Ela me olha confusa pela careta que fiz.

-Aqueles dias. -Respondo sem muita enrolação, fechando os olhos e tentando não pensar em muita coisa.

-Eu tenho remédio.

Relutei sobre a ideia de tomar, mas acabei pegando o comprimido da mão de minha irmã e rapidamente recusei a proposta de Matt de me levar pra casa. Madi queria ficar e eu poderia muito bem pedir um uber, não precisava atrapalhar ninguém.

Permaneci de olhos fechados com a cabeça apoiada no sofá bebendo o resto do refrigerante em minha latinha enquanto o resto do pessoal conversava entre si. Não estava me importando com o volume das vozes até uma em específico começar a fazer minha cabeça doer mais ainda.

-Chris, tem como você calar a porra da boca? Eu não aguento mais escutar sua voz. -Digo, colocando minhas mãos em meu rosto.

-Não é porque você está naqueles dias que precisa ser tão chata. -O garoto responde.

Ele provavelmente quer levar um soco na cara. Meu olhar pra ele foi tão mortal que sua única reação foi levantar as mãos em rendição. Reviro os olhos e pego meu celular, o desbloqueando e pedindo um Uber pra casa. Falei que ia esperar na porta e me despedi de todo mundo, fazendo questão de mostrar o dedo do meio pra Chris antes de deixar a sala.

Acompanhei o trajeto do carro que esperava enquanto me mantinha apoiada na parede de fora da casa e logo escuto a porta se abrir, sorrindo ao ver que era Nick.

-Tudo bem? -Ele pergunta, se colocando ao meu lado.

-Não sei se bem é a palavra certa, mas vou ficar.

Sorrio de leve para o menino, recebendo um sorriso de volta.

-Eu vi um vídeo esses dias que falava que quando uma garota gosta de um cara ela o trata mal sem motivo.

A fala de Nick me pega de surpresa, me fazendo o olhar com uma careta confusa e um pouco irritada com a suposição.

-O que você quer dizer com isso?

Cruzo os braços e vejo o rosto do menino abrir uma feição provocativa.

-Quero dizer que não vejo motivo pra você tratar meu irmão mal.

Desvio o olhar, achando aquilo idiota demais pra ter que lidar nesse momento. Sinto meu celular vibrar e leio a notificação que dizia que meu motorista estava a poucos metros de distância.

-Eu trato ele assim porque ele é um idiota.

Desencosto da parede e descruzo meus braços, desbloqueando o celular pra ver onde o motorista estava.

-Ou talvez você gosta dele.

Olho pra Nick uma última vez, deixando claro que eu tinha achado essa observação a coisa mais estúpida que eu já tinha escutado. Encontrando o carro certo, começo a andar na direção do mesmo e no meio do caminho me viro falando um simples "tchau, Nick" pro garoto que não conseguiu segurar a risada e entrou na casa com um sorriso vitorioso.

❀  𝙸𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜 • 𝚂𝚝𝚞𝚛𝚗𝚒𝚘𝚕𝚘 𝚃𝚛𝚒𝚙𝚕𝚎𝚝𝚜 ❀Onde histórias criam vida. Descubra agora